domingo, 29 de agosto de 2010

Voltámos às vitórias...


Voltámos às vitórias. E isso era fundamental, sem dúvida.
Não estou particularmente entusiasmado com o jogo, nem com a qualidade do futebol praticado, nem com as incidências da partida, como costumam dizer os entendidos nestas coisas do futebol. Não senhor, não estou...

Analisando mais friamente o jogo, ficam-me alguns amargos de boca.
Como é possível falhar tantos passes e perder tantas bolas na fase de construção ofensiva, transformando jogadas de ataque nossas em potenciais jogadas de perigo para a nossa equipa?
Como é possível que, nesta fase da época, os níveis físicos de alguns jogadores ainda estejam, como estão, tão distantes do desejável?
Como é que é possível ser-se displicente e falhar passes a cinco metros, ou fazer faltas absolutamente desnecessárias, propiciando, assim, eventuais situações de perigo para a nossa baliza?
No final da partida, ouvi as declarações do Jorge Jesus. Pareceu-me bastante consciente de que as coisas não estão nada bem. Fico mais descansado por ver que o responsável técnico máximo não vai mascarar a situação, e está consciente de que temos de ser muito melhores do que temos sido.

Do jogo de hoje fica-me a satisfação de ver uma atitude muito solidária e empenhada da nossa equipa, bem como uma muito maior concentração no jogo.
Fica-me, ainda, a satisfação de ver jogadores a subir, claramente, de forma (Aimar, Javi Garcia, Gaitán...), a mostrarem sempre uma atitude guerreira (David Luís, Maxi Pereira...) ou a aparecerem, finalmente, mais entregues ao Benfica (Luisão...).
Mas fica-me, sobretudo, uma tremenda satisfação em ver que Roberto foi recuperado para a equipa. Apesar de manter vivas as memórias de uns quantos deslizes e de algumas falhas clamorosas, com custos na factura, nunca me pareceu que fosse ele - ou, pelo menos, só ele... - a causa das nossas desgraças. Nas derrotas deste início de época, a equipa não esteve nada bem, mas, sobretudo, também não esteve concentrada, nem foi solidária.

Há que aproveitar muito bem as duas semanas que temos até ao jogo de Guimarães!...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O sol...



Há pessoas que transformam o Sol numa simples mancha amarela; mas há aqueles que fazem de uma simples mancha amarela o próprio Sol.
(Pablo Picasso)
O Benfica é, claramente, o meu Sol!...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Não acontece nada...


O meu mundo está literalmente parado...
A nação benfiquista está em suspenso, digerindo - uns melhor, outros pior... - a desfavorável situação actual do nosso futebol.
Os dirigentes e a equipa técnica estão remetidos ao silêncio, certamente lidando com a situação o melhor que podem.
A equipa trabalha à porta fechada.
Não há notícias que nos permitam perspectivar o futuro...

O meu mundo está sombrio, tristonho. Sem sol...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O raio dos chineses, pá...



Recebi hoje um ficheiro PowerPoint, intitulado Grandes Pensadores, que vinha anexo a um e-mail enviado por um amigo, e que se referia a citações atribuídas a algumas personalidades.

De entre ela, uma, identificada como sendo um provérbio chinês, tocou-me intensamente. Dizia o seguinte:
Ama-me quando eu menos merecer, pois é quando eu mais preciso
... O raio dos chineses, pá...

Amo-te, Benfica!!!!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

António Feio era benfiquista...

(António Feio, no relvado da Luz, ladeado pelo Carlos Lisboa e pelo Toni,
na apresentação da equipa aos sócios, na época passada)

O dia passou-se arrastadamente, à sombra da desilusão do jogo de ontem.
Nem a praia soube bem, nem o convívio com a família e os amigos fez desaparecer o semblante sombrio, fruto da tristeza do desaire da Madeira. É fatal. Sempre que o Benfica não ganha, o mundo perde cor, torna-se cinzento...
Às tantas, uma catadupa de imagens foi sucedendo na minha mente e, sem saber bem como, nem porquê, dei comigo a pensar que o António Feio era benfiquista. E, até, um benfiquista com presença mais ou menos assídua no estádio...
Num assomo incontido, recordo a mensagem (recordar aqui) que gravou para a ante-estreia e para a promoção do filme Contraluz, de Fernando Fragata, e retenho uma parte marcante do seu sentido discurso: "... aproveitem a vida, e ajudem-se uns aos outros..."

Aproveitar a vida, vivê-la com intensidade, é, também, no meu caso, viver a plenitude da minha paixão pelo Benfica. As paixões, como tudo na vida, têm momentos mais e menos fulgurantes. E, quando as coisas correm menos bem do que gostaríamos, temos que alimentar a paixão, manter acesa a chama. Por isso, o "ajudem-se uns aos outros...", do António Feio, acaba por se encaixar indubitavelmente neste puzzle que é a vida, desafiando a nossa capacidade de sermos solidários e de, em suma, fazer de todos um - E Pluribus Unum...
Nem mais. Justamente o lema do clube que nos enche o coração.
Obrigado, António Feio.
Só gostaria de poder ter a força que sempre tiveste ao longo da tua (curta) vida, mesmo quando a doença te debilitou fisicamente, e de manter a determinação, a boa disposição, o sentido de humor e o sorriso nos lábios que ficará, para sempre, como a tua imagem de marca. Terá, mesmo, sido isso que a morte encontrou no teu rosto, quando te levou do convívio - mas não da memória... - dos vivos.
Até sempre, António Feio. E muito obrigado, pela lição, pelo exemplo...

domingo, 22 de agosto de 2010

Que desilusão...

Não me lembro, nos últimos tempo, de nenhuma outra situação em que o Benfica tenha perdido quatro jogos consecutivos. Nem mesmo quando não tínhamos dinheiro para mandar cantar um cego, quando a nossa equipa era de qualidade paupérrima e andávamos posicionados pelo sexto lugar da classificação...
Infelizmente, lá bem no fundo, temia que este descalabro pudesse acontecer. A pré-época não deu as melhores indicações, e vejo os jogadores, técnicos e dirigentes, com uma atitude bem diferente da do ano passado. Menos aguerridos, pouco alegres, tensos e, mesmo, alguns deles, com ar contrafeito. Alguém tem que tomar as rédeas da situação. Não sei quem, porque não tenho relações internas que me permitam dar palpites. Mas que é urgente fazer algo, lá isso é.

Tinha escrito ontem que, esta noite, não esperava outra coisa que não fosse um jogo que honrasse a história do clube, que dignificasse o Manto Sagrado e que orgulhasse os benfiquistas. E, sinceramente, nos primeiros momentos até parecia que isso ia acontecer. Porém, por volta dos vinte minutos de jogo, já eu não tinha grandes expectativas acerca do mesmo. Poderia, até acontecer a vitória, mas começava a ficar claro que seria sempre um jogo pobrezinho.
E porquê? Porque se começavam a falhar muitos passes no meio campo, dando quase invariavelmente origem a jogadas de contra-ataque e permitndo ao adversário jogar mais no nosso meio campo. Porque se começava a ver que Cardozo ia estar a léguas do que seria desejável. Porque Gaitán, mau grado algum virtuosismo, também era praticamente ineficaz. Porque Roberto voltava a confirmar as indicações de grande insegurança e de falhas inadmissíveis. Porque Javi Garcia não se mostrava capaz de dominar a nossa área de defesa avançada. Porque Maxi Pereira e Rúben se atropelavam continuamente, sem perceberem onde deveria estar cada um, fosse a atacar, fosse a defender. Porque muitos jogadores se permitiam fazer faltas desnecessárias, especialmente nas imediações da nossa zona defensiva, acumulando alguns punições disciplinares e dando ocasião a lances de bola parada sempre potencialmente perigosos, atendendo ao conhecido facto de os nossos jogadores (todos, especialmente os defesas e Roberto...) chegarem quase sempre mais tarde do que os outros à bola. Enfim, porque se confirmavam as más indicações deixadas na pré-época. É verdade que aconteceu uma perdida incrível de Gaitán, de baliza aberta, e mais um ou outro lance de perigo, mas nada de realmente significativo.
Depois, na segunda parte, aconteceram duas fífias monumentais do Roberto e surgiu um Benfica sem capacidade de reagir à desvantagem. A excepção foi, como tem sido habitual, Fábio Coentrão e, a espaços, David Luís. Pela negativa destaco, em primeiríssimo plano, Roberto, bem como Cardozo, que esteve muitíssimo longe do expectável. Aliás, a equipa esteve quase toda muito desinspirada e complicativa, como aconteceu com Saviola (falhou imensos passes...), Aimar (sem conseguir pegar no jogo...), Rúben Amorim (que andou sempre perdido em campo, especialmente enquanto dividiu o corredor direito com Maxi Pereira...) ou Javi Garcia (falhas a defender, ausência a atacar...).
Jorge Jesus também não esteve ao melhor nível, embora eu possa imaginar o que lhe terá passado pela cabeça ao longo do jogo, com as incidências que se foram sucedendo. Parece-me que a equipa inicial dispensava, claramente, ou o Rúben Amorim ou o Maxi Pereira. Jogar com os dois é duplicar. Fez falta um flanqueador. E se Gaitán poderia jogar à direita (em minha opinião foi desse lado que esteve melhor), então poderia ter jogado o Aimar sobre a esquerda e entrar o C. Martins para o miolo, ou apostar no Wedon (rapido e com boa técnica) bem colado à lateral, mantendo Aimar no meio. A cereja no topo do bolo foi a entrada de Nuno Gomes!...
Já agora, abro um parêntesis para deixar uma sugestão: dêem oportunidade ao Mantorras de ir fazendo uns minutos. É que, sinceramente, ele é muito mais eficaz do que, por exemplo, o Nuno Gomes.

Enfim, foi uma desilusão muito grande. E como vai doer até esquecer...

PS - A propósito, também me doeu particularmente ver, no fim do jogo, alguns sorrisos de jogadores da nossa equipa. Decididamente, não sentem o Benfica nem com a décima parte da intensidade com que eu o sinto...

sábado, 21 de agosto de 2010

Este início de época vai mal...

Depois de uma pré-época com altos e baixos, eis que a entrada na época oficial não podia ter sido pior.
A programação da pré-época pareceu-me bastante desajustada, com compromissos muito em cima uns dos outros.
E, para mim, não há jogos a feijões. Todas as vezes que o Benfica entra em campo, seja para jogar com quem for, é para ganhar. Obrigatoriamente. Treinos, e afins, é à pora fechada, ou, se quiserem, dentro de portas. Quando o espectáculo é público, independentemente de quem quer que seja o adversário, ou das condições em que ocorra, só pode haver um supremo objectivo: ganhar. E, se possível, jogar bem e dominar completamente. O resto, para mim, é conversa!!!
Por isso, considero que a pré-época foi bem pouco positiva, para o que eram as obrigações do Benfica. As derrotas com o Sion e com o Tottenham, o empate com o Groningen, ou mesmo a vitória pouco convincente, sofrida e tangencial, com o Mónaco, na apresentação oficial aos sócios, deixaram-me alguns amargos de boca. O caso particular da derrota com o Tottenham ainda doeu mais, porque significou uma derrota em casa, a perda de um troféu e, quanto a mim, uma desfeita ao Rei Eusébio, em honra de quem jogávamos a partida.
Por outro lado, a época oficial começou com duas derrotas, qualquer delas com equipas ao nosso inteiro alcance. Para isso bastava que tivessse havido mais entrega, acerto, garra e atitude dos jogadores, e que não tivessem existido erros de casting e invenções tácticas, a nível técnico.
No Benfica, não pode haver lugar a descompressão, a desconcentrações, e não é permitido, sequer, ousar pensar em viver das glórias mais recentes. O Benfica, pelo menos para mim, é abnegação e devoção constantes.É luta e vitória incessantes.
Olhando a nossa história, vemos que o Benfica nem sempre teve melhores jogadores e melhores equipas do que os nossos adversários. Mas teve, sempre, muito mais garra, entrega e sede de vitória do que todos os outros juntos.
Por isso é o Benfica. Por isso é diferente. Por isso é o maior clube do mundo!!!

PS - Com o Nacional, na Madeira, não espero outra coisa que não seja um jogo que honre a história do clube, que dignifique o Manto Sagrado e que orgulhe os benfiquistas...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A minha pátria é o Benfica!...



Fernando Pessoa escreveu, num momento que considero absolutamente magistral, que a sua Pátria era a língua portuguesa. Não posso deixar de concordar com o poeta, reconhecendo que a língua portuguesa tem feito muito mais por Portugal - e por todos nós... - do que muitos outros pretensos protagonistas.
Mas, que não me levem a mal a franqueza: a minha Pátria é, simplesmente, o Benfica!!!
A minha Pátria é do tamanho do mundo...
Haverá outra forma mais bonita de ser cidadão do mundo do que ser benfiquista?...