sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Somos a Memória e a Responsabilidade...


Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos.
Sem memória não existimos, sem responsabilidade talvez não mereçamos existir.
                                                                      José Saramago

domingo, 12 de dezembro de 2010

Tanto sofrimento, tanta ansiedade, tanta precipitação...


Acabei de chegar da Catedral.
Estou extenuado. Não do regresso a casa, mas do cansaço que me provocou assistir ao jogo desta noite. Foi um sofrimento profundo assistir à ansiedade que a equipa revela, à precipitação que os jogadores evidenciam no desenvolvimento das jogadas, enfim... decididamente, foi um exercício impróprio para cardíacos.
Apesar disso, hoje houve mais nervo, mais entrega ao jogo, mais querer, embora a equipa esteja, mesmo, muito longe daquilo que pode, deve e tem de produzir.
O resultado é justo - quanto a mim peca por escasso... - mas a exibição deixa-me com um indisfarsável amargo de boca. Vencer o Braga por 2-0 não é mau. Mas o Braga que esteve hoje na Luz não foi um adversário difícil. Pelo contrário, esteve bem aquém daquele que nos visitou para o campeonato. A nossa defesa deu e sobrou para as (muito) poucas situações de apuro criadas. Mas a construção ofensiva ficou a anos-luz do que reamente tem que ser. Cardozo esteve apagadíssimo. Saviola foi também perdulário e, não fosse o golo apontado, poderíamos dizer que totalmente ineficaz. Aimar apareceu quase apenas no lance do 2º golo, que apontou. Enfim... foi mais uma exibição em que prevaleceu a precipitação, o atabalhoamento e a pouca eficácia, reincidentemente vistos esta época. E onde esteve sempre presente o sofrimento do costume, claro...
É verdade que o mau momento deixa os jogadores ansiosos e em crise de confiança. Mas dá que pensar como é que profissionais com a experiência, a classe e a qualidade, inquestionáveis, dos nossos jogadores, falham passes a cinco metros, chegam quase sempre mais tarde à bola, fazem faltas desnecessárias em zonas proibidas, falham execuções técnicas simples e ocasiões de golo incríveis.
Há que inverter a situação, urgentemente, sob pena de se hipotecar em absoluto o que resta da época. E nós, sócios e adeptos, temos de assumir um papel decisivo nessa inversão, porque, tal como devemos apoiar de forma apaixonada, também devemos ser exigentes e vigilantes para que ninguém se deixe adormecer. O facto é que as mais recentes manifestações de desagrado tiveram alguma consequência, vendo-se hoje uma atitude já mais consentânea com o que seria natural acontecer.

De positivo, tenho que referir a postura de Jorge Jesus, quer na antevisão ao jogo, quer depois do mesmo, nomeadamente ao dar o peito às balas e assumir as responsabilidades pelo menos bom momento da equipa, inclusivamente assumindo que o facto de alguns jogadores não estarem a corresponder ao esperado é culpa sua, por ser ele quem os treina durante a semana e quem decide pô-los a jogar, em detrimento de outros.
Também tem que se considerar positivo o facto de ter ficado provado que temos uma alternativa real, de qualidade, para a nossa baliza. Júlio César esteve absolutamente impecável.
Por último, registo ainda como altamente positivo o apoio que foi dado à equipa durante todo o jogo, mau grado a exibição ter ficado muito aquém do desejado, e de ter sido uma vitória altamente sofrida.

Será que as coisas podem começar, realmente, a mudar?...
Vamos lá, todos, cumprir o lema: E pluribus unum!!!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Vergonhoso!!!.......



Absolutamente vergonhoso!!!.............

Aquele conjunto de fulanos que hoje, no relvado da Luz, representando as cores do Glorioso (ainda bem que não jogaram como o Manto Sagrado tradicional, vermelho...),  se entreteve, positivamente, a passear durante noventa minutos, desrespeitando, sem qualquer tipo de pudor, o clube e os seus adeptos, escreveu um dos mais negros episódios da nossa história.
O jogo com o Schalke 04 - onde se jogava, para além do prestígio da instituição, o acesso à fase seguinte da Liga Europa e quase um milhão de euros, pelo menos... -  foi jogado sem qualquer vontade, sem garra, sem entrega. Foi um longuíssimo bocejo, proporcionado por um conjunto de auto-assumidas vedetas, arrogantes e vaidosas, birrentas, malandras e nada profissionais. Um vómito autêntico, para quem, como eu, sou capaz de rasgar as entranhas pelo meu querido clube.
Voltei à Catedral depois de lá ter estado no jogo com o Olhanense, do qual saí completamente prostrado pela mediocridade do nosso futebol e pela total ausência de atitude da equipa. Hoje, foi ainda pior. Mesmo muito pior do que eu poderia ter imaginado!
Aqueles infelizes que hoje nos envergonharam - inclusivamente no pós-jogo, às câmaras da televisão, exibindo semblantes descomprometidos e até sorridentes... - não tiveram qualquer consideração por muitos benfiquistas sofridos que hoje foram ao estádio com um enorme esforço financeiro, cada vez mais penoso nesta época particular de crise!
Tenham vergonha, mercenários!!!
Deixem-me, por uma vez, com a maior das sinceridades, dizer-vos o que me vai na alma:

          Vão p'rá real puta que vos pariu!!!

Vocês, decididamente, não merecem o Benfica, nem os benfiquistas!!!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Da paixão...



          Investe-se maior paixão para obter o que se não tem,
          do que para conservar o que já se tem...

                                                                                               (Stendhal)

Continua a ser penosa a caminhada da nossa equipa de futebol sénior na presente época desportiva...
É verdade que, depois da derrota de Tel-Aviv, os últimos jogos realizados para o campeonato se saldaram por duas (justas) vitórias. Mas ambas se verificaram sobre adversários fracos (Beira-Mar, fora, e Olhanense, na Luz), e resultaram de exibições pobres e descoloridas, as quais voltaram a deixar a descoberto uma equipa sem chama, apática, a jogar a passo e a cometer muitos erros, especialmente no meio campo defensivo e, em particular, ao nível da defesa.

É preciso voltar a sentir uma infinita paixão pelo clube, ser determinado nos propósitos e abnegado na disputa de toda e cada uma das contendas desta empresa. Só assim foi possível conseguir-se os sucessos da passada época desportiva. E só assim os conseguiremos repetir, no presente e no futuro.

Stendhal disse (escreveu...) que se investe maior paixão para obter o que não se tem, do que para conservar o que já se tem.
Cabe-nos a nós - a todos nós, benfiquistas... - sermos sempre e cada vez mais ambiciosos. Como se o muito que já temos fosse apenas uma parte ínfima do que queremos, decididamente, vir a ter.
Temos de ser exigentes, tomando sempre o infinito como meta. Investindo toda a paixão que nutrimos pelo Benfica, claro...

Que seja assim amanhã, com o Schalke 04, no próximo fim-de-semana, com o Braga, e em todos os outros desafios que enfrentaremos no futuro.
Vamos viver o Benfica com desmedida paixão...