quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Vitória fácil... que não me descansa


Foi uma vitória fácil, robusta (5-0) e convincente, em Setúbal... mas que não me deixa descansado, quanto ao futuro.
Não porque tenhamos jogado desde o minuto 8 com mais um elemento (expulsão de Amoreirinha, por entrada violenta sobre Melgarejo, numa situação em que Jorge Sousa, inexplicavalmente, resolveu cumprir com o que manda a lei...), nem porque não tenhamos produzido o suficiente para justificar esse resultado, mas porque não vejo a equipa a ser tão consistente e esclarecida quanto se necessita...
 
Entrámos a jogar com o seguinte onze: Artur; Maxi Pereira, Luisão, Garay e Melgarejo; Javi Garcia, Witsel, Salvio e Enzo Pérez; Rodrigo e Cardozo.
No banco ficaram Paulo Lopes, Miguel Vitor, Carlos Martins, Aimar, Nolito, Bruno César e Saviola. Ola John fora convocado, mas ficou fora do banco. Gaitán nem foi convocado.
... Ou seja, J. Jesus insistiu nos dois avançados, num 4X4X2 que não tem dado resultados positivos, deixando a equipa fragilizada no miolo e, ao mesmo tempo, sem um 10 que paute devidamente o jogo. Claro que é ele o treinador, mas eu sou adepto e, acima de tudo, sou capaz de perceber quando as coisas não correm bem.
No domingo, mesmo depois de termos ficado em superioridade numérica e de, aos 13 minutos, termos inaugurado o marcador, viu-se um Setúbal (a jogar com dez!...) em superioridade no miolo do terreno e, por via disso, a ganhar alguns lances e a acercar-se com frequência - embora sem grande perigo... - da nossa baliza. É verdade que o melhor que conseguiu foi um remate de meia-distância que deu um pouco mais de trabalho a Artur e uma série de pontapés-de-canto sem resultados significativos (felizmente...), mas fica a inconsistência do nosso miolo defensivo, entregues a Javi Garcia e Witsel que, em inferioridade numérica naquela zona do terreno, não só tinham dificuldade em se opôr às acometidas do adversário, como não tinham espaço para construir e/ou lançar jogadas ofensivas.
É certo que Enzo Pérez, na esquerda, e Salvio, na direita, iam fletindo para o interior e libertando espaço para as subidas de Maxi Pereira e Melgarejo, mas a verdade é que o seu posicionamento não ajudava a que as jogadas pelas alas fluíssem facilmente, antes congestionando os espaços laterias. E claro que, se apanhados em contra-pé, os nossos laterais não tinham como recuperar e se opôr aos adversários, que apanhavam todo o corredor livre para progedirem. Sinceramente, não consigo entender a insistência num sistema que já provou que comporta demasiados riscos e não proporciona vantagens significativas. Mas isto sou eu, que até nem sou mestre da táctica...
 
 
A história do jogo, em especial depois do 2-0, foi quase a história dos golos que se foram acumulando, ficando outros mais por marcar...
Depois do 1-0, aos 13 minutos - que teve a especial participação de Melgarejo que, desmarcado na esquerda por Enzo Pérez, entrou pela esquerda e já dentro da grande área do Setúbal cruzou, com conta, peso e medida para o coração da área, onde apareceu Rodrigo a enpurrar para o fundo das redes sadinas... - o Benfica passou por um período de alguma permissividade defensiva, embora fosse insistindo no ataque.
Foi nesse período que se começou a evidenciar Salvio...
Aos 22 minutos fez uma jogada de belo recorte, que culminou com um forte remate, a proporcionar ao guardião setubalense uma apertada defesa para canto.
À passagem dos 30 minutos, Rodrigo entrou pela direita do nosso ataque e cruzou para a cabeça de Cardozo, que rematou à queima, para uma defesa de recurso do guarda-redes do Setúbal. A bola foi rechaçada sobre a direita do nosso ataque, onde apareceu Salvio a fazer a recarga, levando a bola para o fundo da baliza, apesar da oposição de um defesa do Vitória de Setúbal.
E no último minutos da primeira parte, Salvio (outra vez...) foi lançado pela direita, cruzou para o interior da grande área, onde apareceu Enzo Pérez a fazer o 3-0...
 A segunda parte iniciou-se em toada calma, com o adversário a dar mostras de não ter argumentos para inverter a situação. Apesar do domínio do Benfica, o jogo estava adormecido e pouco interessante.
Só aos 53 minutos surgiu um lance de mais entusiasmo, com um bom remate de Cardozo, e uma excelente defesa do guardião sadino para canto. Na sequência deste, e numa insistência de cruzamentos para a área do Setúbal, apareceu Rodrigo a rematar para o fundo das redes, embora parecesse estar em fora-de-jogo. Que Jorge Sousa desde logo se adiantou a assinalar, claro!...
Aos 56 minutos, saíram Javi Garcia e Cardozo, e entraram Carlos Martins e Nolito. Não percebi bem o que pretendia J. Jesus. Porém, o que é facto é que ficámos apenas com um homem na frente (Rodrigo) e povoámos mais o miolo do terreno, vendo-se, de imediato, os frutos dessa situação.
Logo de imediato, Melgarejo desce pela esquerda, cruza atrasado para o miolo da área do Setúbal, onde aparece Rodrigo a encostar e a meter a bola na baliza dos sadinos. Melgarejo, porém, terá deixado a bola ultrapassar a linha final e, por isso, não foi validado o golo...
Aos 65 minutos, saíu Enzo Pérez e entrou para o seu lugar Pablo Aimar.
E, na primeira vez que tocou na bola, Aimar, de cabeça, sobre a meia-lua da grande área do Setúbal, fez um passe atrasado para Nolito que, de primeira, rematou, enchendo o pé, fazendo a bola anichar-se no fundo da baliza do Vitória. Era o 4-0, que já se adivinhava há algum tempo.
 
 
Aos 68 minutos, foi mal assinalado um fora-de-jogo ao Rodrigo, que se desmarcava pela esquerda e cruzou para Witsel, estando este sozinho frente ao guarda-redes adversário, em boa posição para fazer o golo.
Aos 74 minutos Salvio desmarca-se e fica sozinho frente ao guarda-redes, que sai a fazer a mancha e evita o golo. Na recarga, Rodrigo, de cabeça, leva a bola a passar ligeiramente sobre o travessão da baliza sadina.
Aos 78 minutos, Carlos Martins desfere um soberbo remate de meia-distância, levando a bola a passar ligeiramente sobre a barra. Aliás, parece que o guarda-redes ainda desvia o esférico, mas não foi assinalado o respectivo pontapé-de-canto...
Aos 80 minutos, espectacular jogada de ataque, com a intervenção de Carlos Martins, Nolito e Aimar, com este a isolar Rodrigo, com um passe de primeira, e este, à saida do gaurdião adversário, a fazer-lhe um chapéu perfeito e a aumentar a vantagem para 5-0.
Dois minutos mais tarde, numa das poucas idas do Setúbal à nossa área, na sequência de um cruzamento da esquerda do ataque sadino, Luisão tenta o corte, com o pé direito, e a bola sai na direcção da nossa baliza. Artur, atento e com bons reflexos, salva o golo...
Aos 84 minutos, numa jogada envolvente sobre a esquerda do nosso ataque, aparece Melgarejo a cruzar para a cabeça de Salvio, que tenta colocar a bola ao poste mais distante. O guarda-redes do Setúbal estica-se todo, toca na bola e desvia-a ligeiramente, indo esta caprichosamente embater no poste e ficar à disposição de um defesa, que alivia de qualquer maneira, cedendo um canto.
Os últimos momentos de jogo decorreram com algum ritmo, com o Benfica a asfixiar o adversário, que já não conseguia sair das imediações da sua grande área. Surgiram, então, inúmeras jogadas que poderiam ter resultado em golo, mas este teimou em não voltar a aparecer...
 
Na retina fica a melhoria, significativa, registada após a mudança táctica operada a meio da segunda parte...
Só eu é que vi isso?
Ou J. Jesus também se apercebeu?...
 
 

domingo, 26 de agosto de 2012

¿Por qué no te callas, hombre?



Alguém tem de, definitivamente, calar Jorge Jesus!!!
(Alguém, entenda-se, é a direcção, claro...)
A função de um treinador é, unica e exclusivamente, treinar e orientar a equipa.
Tudo o mais, não é, pura e simplesmente, da sua conta!!!
Ainda para mais, quando J. Jesus abre a boca é só para dizer asneiras...
 
O site de A Bola noticia, este sábado, que J. Jesus declarou:
"Não vamos contratar um lateral esquerdo só por contratar. Se o alvo não for conseguido, temos soluções dentro do clube."
Com J. Jesus como treinador já se contrataram, especificamente para a lateral esquerda, Jorge Ribeiro, Fábio Faria, Carole, Emerson, Capdevilla e Luisinho. Além de nessa posição também já terem jogado César Peixoto, Jardel, Fábio Coentrão, Luís Martins e Melgarejo...
Das duas, uma: ou até aqui se andou a contratar só por contratar (uma vez que não se acertou em nenhuma das contratações), ou não se soube mesmo contratar...
 
¿Por qué no te callas, hombre?

domingo, 19 de agosto de 2012

Inaceitável!!!...


Benfica, 2 - braga, 2...
(Estádio da Luz, jornada 1 da Liga)

Inaceitável!!!
... Com um plantel riquíssimo - e caro, como nunca!... - recheado de muitas e variadas soluções, e escolhido ao gosto do treinador, é inaceitável o resultado desta noite, na Luz. Tal como é inaceitável a exibição!...

Contra um adversário que (parece-me bem...) se vai ver e desejar para andar, este ano, nos lugares da frente, fomos de uma qualidade e ineficácia confrangedoras. Nem mesmo quando ficámos a jogar contra 10 (expulsão do central Douglão, ao minuto 70) fomos capazes de fazer coisa que se visse.
Fomos, mais uma vez, medíocres...
Porra!!! Estamos a jogar em casa, com mais de 55 mil nas bancadas, gastámos mais de 20 milhões em reforços, deixámos no banco e/ou fora da convocatória gente como Carlos Martins, Gáitan, Aimar, Ola John, Enzo Pérez, Nolito, etc..., e não conseguimos vencer - ou, sequer, mandar no jogo!... - contra uma equipa que fez uma pré-época miserável, perdendo com adversários de ínfima dimensão futebolística!...
Temos um grupo que se mantém estável desde há vários anos, um treinador que vai para a 4ª época à frente da equipa, óptimas condições de trabalho... e não conseguimos ver resultados disso?!?...

O jogo foi todo muito embrulhado e complicativo...
Nunca fomos capazes de mandar no jogo. A equipa esteve confusa, precipitada e falhou lances em barda, tanto a defender como a atacar. O adversário jogou como quis, criou perigo e só não marcou porque foi incompetente...
Só perto da meia hora o jogo ficou mais equilibrado, embora nunca tenhamos criado perigo real. Pouco. Muito pouco... para tantos recursos!!!
Do adversário, porém, também não houve grande mérito, nem especial acerto. Na verdade, só estiveram realmente bem foi a simular e tentar cavar faltas e cartões aos jogadores do Benfica...
Neste particular, estiveram muito activos o rabeta do Mossoró (que nome do c......!!!) e o filho-de-puta do Rúben Amorim (que é atleta do Benfica e se diz benfiquista!!!...), que fez filmes até dizer chega e conseguiu mesmo arrancar um cartão ao Maxi. Nogento, no mínimo. No próximo ano, quando acabar a cedência ao braga e voltar ao Benfica, era encaminhado, de imediato, para a equipa B e, de preferência, para o banco!!!...
Logo no início da 2ª parte, aos 48 minutos, Salvio marcou, na sequência de um cruzamento da direita, de Rodrigo. Pensei que o mais difícil estava feito. Enganei-me.
Logo depois, aos 55 minutos, Melgarejo foi capaz de meter a cabeça onde podia ter posto os pés, para tentar desviar um cruzamento da direita da nossa defesa, e fez autogolo. Pouco depois, aos 62 minutos, Melgarejo acorre a um lance do seu lado da defesa, tem a bola controlada mas, sem que haja qualquer explicação, alivia a bola para a entrada da nossa grande área, onde um adversário aparece a recolhê-la e a metê-la na pequena área, para o rabeta do Mossoró contornar Artur e fazer o golo. Culpas para Melgarejo, obviamente, mas também para os centrais e para o guarda-redes. Aliás, Artur esteve particularmente mal em mais do que uma situação - numa delas, na primeira parte, meteu a bola num atacante adversário, estando este praticamente isolado... - e não acrescentou rigorosamente nada à equipa, não tendo nenhuma acção especialmente meritória.
J. Jesus, à sua maneira, também ajudou à festa. Substituíu Bruno César por Nolito (64 min.), e Salvio e Rodrigo por Enzo Pérez e Aimar (68 min.). Como é habitual, as substituições não produziram quaisquer resultados. Aliás, tem mesmo que se estranhar que, com a equipa a perder, o treinador tire um avançado jovem e fisicamente possante, para colocar um jogador que praticamente não fez pré-época e tem estado lesionado. A saída de Salvio também pareceu ser de cabo-de-esquadra, até porque este estava a ser um dos melhores da equipa...
Contudo, o empate apareceu ao minuto 70, por Cardozo, na conversão de uma grande penalidade, a castigar mão de Douglão. O central foi expulso, mas esse facto não foi minimamente aproveitado.
O futebol do Benfica andou sempre muito a rondar a mediocridade, sem progressão nem eficácia, fosse a atacar, fosse a defender.
Ao minuto 82, a bola foi mandada em arco, da esquerda do nosso ataque, para a pequena área do braga, tendo Cardozo saltado com o guarda-redes adversário. A verdade é que não houve contacto faltoso, mas o guarda-redes não agarrou a bola, que escapou para o corpo de um defesa e entrou na baliza. Artur Soares Dias não teve qualquer dificuldade em marcar falta ao atacante, claro...
O que mais me lixa é ouvir J. Jesus dizer, no fim da partida, que tinha gostado da arbitragem! Foda-se!!! Cala-te, c......!!! Não queres criticar, não critiques. Mas não elogies. Ainda por cima, a arbitragem foi, naturalmente, tendenciosa...


Por falar em J. Jesus, quero registar que, às 19:48 horas, quando foi conhecida a equipa inicial (Artur, Maxi, Luisão, Garay, Melgarejo, Javi Garcia, Witsel, Salvio, Bruno César, Rodrigo e Cardozo) eu fiquei com a firme certeza que vamos continuar a ter um treinador que inventa demais, que continua a ser desmesuradamente casmurro, e que os défices da equipa só vão ser corrigidos quando ele... for substituído!!!
Quando da divulgação da equipa não pude deixar de (certamente como muitos benfiquistas...) me perguntar: E Carlos Martins? Nem ele, nem Aimar? E Enzo Pérez? Nem ele, nem Gaitán, nem Nolito?...
Prevejo que vamos andar a época toda a bater no Melgarejo. Como foi com Emerson, no ano passado. Mas a realidade é que temos dois laterais com muitas deficiências a defender, obrigados a fazer toda a sua ala sem que isso represente qualquer mais-valia prática e, ao mesmo tempo, deixando, na prática, as tarefas defensivas entregues a dois centrais que derivam para as laterais e ao trinco (habitualmente Javi Garcia). Este esquema não resultou, ou, pelo menos, não resultou ainda. Nem me parece que resulte nunca...
Se a crença e o firme propósito de defender as nossas idéias são uma virtude que deve ser preservada, a casmurrice e a ortodoxia excessiva, e não recompensada, são atitudes de comprovada burrice!!!...

Estamos no 1º jogo oficial. Eu sei.
Mas tenho a certeza que este ano vamos voltar a fazer uma época miserável... e a não ganhar nada. Pelo menos com J. Jesus...

sábado, 18 de agosto de 2012

Registo para memória futura...




Nos últimos dias, muitos foram os que se deliciaram a opinar acerca do episódio de Dusseldorf, que envolveu Luisão e o actor-árbitro alemão...

Foram especialmente incisivas as intervenções dos jornaleiros (sem ofensa para os verdadeiros...) avençados dos me(r)dia, da comunicação social mafiosa, bem como de adeptos convenientemente desmemorados e de algumas figurinhas (que se julgam) de referência dos adversários mais directos, desde dirigentes a jogadores.
O chefe da camorra da Palermo portuguesa, entre bufas e sonhados espasmos amorosos por brasileiras menores de idade, também se atreveu, embora a medo, de qualificar de vergonha o episódio do jogo com o Fortuna Dusseldorf.
... Como se aquele pedaço de merda putrefacta pudesse falar de vergonha sem fazer a própria mãe corar de vergonha...

Hoje, na inauguração da Casa do Benfica da Batalha, Luís Filipe Vieira teve ocasião de, para registo e memória futura, deixar um recado à altura, que reproduzo abaixo, socorrendo-me da notícia inserta na versão on-line de um jornal desportivo:
«Para aqueles que falaram de vergonha, é bom que façam um pequeno exercício de memória. Vergonha é ser condenado por corrupção desportiva. Vergonha para o país foi saber-se que houve quem corrompesse árbitros com prostitutas e outros esquemas. Vergonha foi todos sabermos o que se passou, quando e como se passou, mas a justiça portuguesa ter preferido ignorar os factos. Vergonha é recordar a imagem de árbitros como José Pratas e outros a fugirem de campo de jogadores e adeptos. Vergonha é agredir jornalistas por terem opinião. Vergonha é intimidar pessoas do próprio Clube apenas porque pensam de forma diferente. Vergonha é ameaçar ou agredir jogadores apenas porque estes não querem renovar ou ser emprestados. Vergonha é ter ordenados em atraso e fazer de conta que não se passa nada! Vergonha é saber que algumas pessoas gozam de total impunidade em Portugal».


Parece-me que estou a imaginar alguns benfiquistas - daqueles que se fartaram de lamentar que a atitude de Luisão foi uma vergonha e que o Benfica estava desgraçado por causa dele... - a pedir a demissão de LFV por ter tido a ousadia de colocar em risco o bom nome do Benfica...

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Rodrigo Mora: empréstimo, porquê?...


Não compreendo este novo empréstimo de Rodrigo Mora...
O jogador fez uma pré-época de muito bom nível.
Na pré-época, rendeu mais que Saviola, por exemplo. E no ano passado, fez uma boa época, na Argentina, com golos e boas exibições.
Quanto a mim, seria uma excelente alternativa para o nosso ataque. Móvel, rápido, com bom sentido de baliza e de processos práticos e directos, é mais maduro do que o Nélson Oliveira e do que o próprio Rodrigo, e mais eficaz que Saviola ou Kardec.
Com Nélson Oliveira emprestado (e bem, quanto a mim...), com Saviola a mostrar-se cada vez menos opção, Kardec a não confirmar o que se esperaria dele, e Rodrigo a dar mostrar de alguma imaturidade (fruto da sua juventude...) e muita irregularidade, Mora parecia-me o elemento certo para ser a alternativa no ataque...


Não percebo esta opção de Jorge Jesus, em especial depois das belíssimas indicações desta pré-época, com boas exibições e vários golos marcados nos jogos e, até, um hat-trick (Gil Vicente)...

sábado, 11 de agosto de 2012

Benfica B - mais sofrimento...


Começou hoje a 2ª liga, onde vai competir a equipa B.

Esta tarde, na Luz, recebemos o braga B (sim, com letra minúscula, para dar a devida dimensão desse clubezeco porco, à semelhança do vizinho mais a sul...).
Recebemos... e não vencemos. Emapte a 2, que me sabe (como sempre que não se ganha...) a derrota.

A equipa alinhou com: Mika; João Cancelo, Carole, Fábio Cardoso (J. Mário, aos 84 m.) e Luís Martins; Hélder Costa (André Gomes, aos 72 m.), André Almeida, Luciano (C. Costa, aos 72 m.) e Ivan Cavaleiro; Miguel Rosa e Djaniny.
Marcador: 0-1 (37 m., Aníbal); 1-1 (38 m., Luís Martins); 1-2 (63 m., Luciano, na própria baliza); 2-2 (91 m., André Gomes)

Existe alguma qualidade na equipa, mas o resultado é muito insípido.
No fundo, a equipa não joga como equipa. E uma equipa não é o somatório das suas partes.
Prevalece a qualidade individual e a atitude de alguns atletas, mas é evidente uma qualidade global e uma atitude colectiva muito aquém do exigível.
O primeiro golo do braga B foi apontado na sequência de um livre, marcado para o miolo da grande área, onde apareceu sózinho, sem marcação nem oposição, um jogador adversário. Falta de qualidade e atitude colectiva, claro está...
O segundo golo do adversário (autogolo de Luciano) surge de um cruzamento da esquerda da nossa defesa, onde a bola foi colocada num contra-golpe, com o nosso lateral avançado, sem que tenha havido a necessária compensação. Falta de qualidade e atitude colectiva, como se vê...
Os nossos golos (ambos de belo efeito...) surgiram de remates de ressaca, na sequência de acções de ataque falhadas. Qualidade e atitude individual, obviamente...

Sinceramente, para mim, que respiro cada uma das incidências do Benfica, a equipa B vai ser um adicional de sofrimento...
Fica a possibilidade de vir a valer a pena, fazendo despontar, eventualmente, jovens como Ivan Cavaleiro, Miguel Rosa, Hélder Costa, André Gomes ou Luís Martins.
A ver vamos...


PS - O boi de preto, Marco "Semilha" Ferreira, está-se a treinar para quando tiver de apitar jogos da primeira equipa do Benfica: apitou a tudo que pudesse ser contra o Benfica... e evitou apitar tudo o que fosse a favor!...

Que grande merda!!!...


Que grande merda, sem dúvida!!!
Ou melhor, que grandes merdas, no plural...
Grande merda, o jogo; ou, mais propriamente, o jogo que (não) fizémos...
Grande merda, o árbitro, durante todo o tempo em que esteve a pé...
Grande merda, o episódio que antecedeu o fim do encontro, aos 39 minutos da primeira parte...

O jogo com o Fortuna de Dusseldorf, já por si, não prenunciava nada de bom. Porque se trata de uma equipa alemã, porque não tem valor reconhecido nem história significativa, porque tem um historial social e desportivo algo truculento e titubeante, enfim... se não fosse por outras coisas, seria, pelo menos, porque eu detesto profundamente os alemães!

Apresentámos uma equipa que não lembraria a ninguém... a não ser a J. Jesus.
Para último teste de pré-época, devo dizer que fiquei bastente preocupado com a equipa inicial: Artur; Maxi, Luisão, Garay e Melgarejo; Javi Garcia; Enzo Pérez, Carlos Martins e Ola John; Saviola e Cardozo.
Se, na defesa, não haverá muita volta a dar (incluindo Javi à frente desta...), já no meio campo e no ataque seria de esperar algo diferente do que o que foi apresentado. Enzo Pérez?!? Ola John?!? Saviola?!?...
Se for esta a equipa base, a nossa luta pela liderança vai ser muito curta...
E Witsel? Já está no Real Madrid? Então porque não jogou? Salvio veio para ser suplente? Ou não precisa de minutos? Bruno César? Nolito? Rodrigo?...
Aos 20 minutos de jogo, já me tinha saturado de ver tanta monotonia e mediocridade. Jogava-se a passo e falhavam-se passes em barda. Ola John, aos 23 min., falhou o endosso a Carlos Martins, a 5 metros dele, metendo a bola nos pés de um alemão, que nem sequer o estava a pressionar!!!...
O Benfica era invariavelmente apanhado em contra-pé, na sequência de erros técnicos, e atitudinais, individuais e colectivos.
Por essa altura, Saviola (tem quase 31 anos!...), à saída da nossa grande área, teve o desplante de tentar fintar um adversário e, como seria de esperar, perdeu a bola. Este lançou-a para o flanco direito do seu ataque, de onde saíu cruzamento para a nossa pequena área, onde apareceu, à vontade, um adversário a tentar marcar, de calcanhar. Por sorte, falhou uma conclusão que até era fácil...
Pouco depois foi Maxi Pereira a criar uma situação de apuro, perdendo a bola para um alemão que, de imediato, lançou em profundidade. Artur teve que sair da área, para salvar, a pontapé...
O mesmo Artur, aos 30 minutos, defendeu, para cima, um excelente remate de Voronin, sobre a direita da nossa defesa, onde teve tempo e espaço para tudo.
O Benfica limitava-se a ver jogar. Não percebo o que quer J. Jesus. Percebe-se que espera que Maxi Pereira e Melgarejo subam nas alas. E eles sobem. Só que não têm acção, porque a bola não lhes chega aos pés. Como Javi Garcia descia para o centro da defesa, abrindo Luisão na direita e Garay na esquerda, ficava o miolo entregue apenas a C. Martins, sem o mínimo de hipóteses de suster os adversários, permitindo-lhes jogar à vontade. Pérez e Ola John não estavam em lado nenhum, Cardozo estava plantado lá na frente e Saviola não sabia onde havia de estar...
Era isto, apenas isto, o Benfica desta tarde, em Dusseldorf.
A única nota positiva foi um cabeceamento de Garay, na sequência de um livre de C. Martins, com a bola a passar muito perto do poste esquerdo da baliza alemã.

Aos 37 min., Javi Garcia entra em falta sobre um adversário. O árbitro, supostamente por palavras, mostra o cartão amarelo. Uso a expressão supostamente, porque a falta não era, nem pouco mais ou menos, para cartão. No minuto 39, de novo Javi entra a uma bola endossada a um adversário, impele a bola em sentido contrário àquele em que ela vinha (portanto, claramente, joga na bola...), mas acaba por derrubar o adversário, na sequência da jogada, porque entrou pelas suas costas. O árbitro, sem que nada o jutificasse, leva a mão ao bolso e tira o cartão amarelo, aparentemente para o exibir ao espanhol.
Maxi Pereira e Carlos Martins, que estão por perto, dirigem-se ao árbitro alemão, contestando o que parece que seria a sua opção. Este empurra Maxi com o cotovelo e, entretanto, Luisão vem em sua direcção, colocando-se à frente de Maxi e C. Martins, opondo o seu peito à marcha do árbitro. Este, num movimento absolutamente inaudito, projecta os seus braços na direcção de Luisão e, acto contínuo, naturalmente, cai de costas no relvado, ficando, aparentemente, inanimado. Digo aparentemente, porque deu toda a sensação que estava a simular...
O desmaio dura muito pouco tempo: não mais de um minuto. Levanta-se e, de imediato, rodeando-se dos seus auxiliares, dirige-se para as cabines... de onde nunca mais saíu.


Passados cerca de 15 minutos, o treinador do Fortuna Dusseldorf regressou ao campo, com a indicação de que não haveria mais jogo, porque o árbitro se recusava a continuar a apitar.
Já tenho muitos anos de futebol, e de vida. Mas nunca vi nada parecido com isto!!!...

O Benfica regressou aos balneários, num clima de grande incredulidade.
Apesar de não haver qualquer justificação para o teatro que o árbitro alemão fez, vamos a ver se o incidente não origina nenhum dissabor.
As coisas já estão suficientemente más, por si só. Não precisamos de mais nada, obrigado...
O que mais chateia é que fico com a sensação de que podíamos ter evitado esta situação...


PS - Este árbitro, num jogo do CRAC, mesmo num dos tempos mais recentes - não era preciso ser no tempo do João Pinto, do André e do Paulinho Santos... - não aguentava 5 minutos em campo. Ou, então, tinha que fazer previamente um estágio com o José Pratas e treinar muito atletismo...

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Na linha do que é habitual...


O jogo de hoje, com a equipa campeã italiana, a Juventus, disputado em Genéve, foi na linha do que tem sido habitual...
Habitual nesta fase preparatória da época. E habitual, também, relativamente aos últimos tempos do nosso futebol.
Por isso me custa muito engolir esta ideia de que a equipa está a crescer.
Não está nada! Está estagnada, isso sim, sem apresentar melhorias significativas, em nenhum dos sectores.

Realmente, a equipa defende miseravelmente, seja contra o Gil Vicente, seja contra a equipa dos amigos do Figo, contra o PSV ou a Juventus. Tanto faz!!!
E, no ataque, não se vê nenhum acréscimo de qualidade ou eficácia, por mais extremos, avançados ou médios que se comprem!!!
Depois do jogo desta tarde, fiquei ainda mais preocupado com o futuro imediato do nosso futebol...

A Juventus apresentou-se na sua máxima força, ou quase - ao contrário do que teimavam em dizer uns quantos antis, preocupados com o que o Benfica pudesse fazer de bom... - apresentando de início cinco titulares da selecção italiana, de entre os quais o enorme Andrea Pilro, para mim o melhor playmaker do último Europeu.
Do nosso lado, surpreendeu-me a titularidade de Gaitán e Enzo Pérez, nas alas, bem como o facto do ataque ser entregue a Michel.
A primeira parte foi monótona, muito por culpa do espartilho táctico dos italianos, mas também pela falta de criatividade e velocidade do nosso jogo ofensivo. A Juventus pouco incomodou o nosso sector defensivo, embora apresentasse um meio-campo de cinco elementos, muito consistente e esclarecido.
Sem fazermos um bom jogo - longe disso... - ainda conseguimos criar uma ou outra situação e, como tem sido hábito, malbaratámos os lances de bola parada de que dispusémos - fossem livres ou cantos...- sem que deles tivéssemos tirado qualquer vantagem. Pelo contrário: esses lances eram facilmente transformados em jogadas de contra-ataque adversário, deixando-nos em posição de apuro.
De assinalar a lesão de Gaitán, logo aos cinco minutos de jogo, que obrigou à entrada de Bruno César para o seu lugar. A propósito, parece-me que Gaitán vai ter uma época miserável, um pouco à semelhança da anterior. É um jogador mandrião, desmotivado, que se esconde muito durante o jogo e aparece apenas a espaços, e a quem as coisas saem muito inconstantes, seja em termos de quantidade, seja de qualidade. Por isso, em minha opinião, nesta altura está a mais na equipa. Só espero que J. Jesus tenha o discernimento suficiente de lhe dar os minutos de banco que se impõem...

A segunda parte foi um pouco melhor, de um lado e de outro. O jogo recomeçou, praticamente, com um penalty a favor da Juventus. O nosso meio campo perdeu uma (mais uma, de muitas!!!...) bolas na saída para o ataque, e o miolo italiano meteu-a na frente de ataque, no ponta-de-lança. Artur saíu e falhou o pontapé na bola e Maxi Pereira não resistiu a dar um ligeiro toque nas costas do avançado italiano (que também estava a ser estorvado por um dos nossos centrais...) e este deixou-se cair. Penalty, por sinal muito mal marcado, e Artur a conseguir, sem grande esforço, defender, redimindo-se, de certa forma, do erro cometido.
Depois deste lance, e agora com Cardozo, Mora e Nolito em campo (entraram para os lugares de Michel, ao intervalo, e Carlos Martins e Nolito, aos 56 minutos), o Benfica passou a ser mais acutilante e, aos poucos, foi encostando a Juventus às cordas.
Mora podia ter marcado, naquela que foi a melhor oportunidade de todo o encontro, depois de uma boa jogada - individual, na sua parte final... - sobre o flanco esquerdo do nosso ataque, que culminou com um remate efectuado já sobre a linha de pequena área adversária.
Quase aos setenta minutos, entrou Ola John para o lugar de Bruno César e, dez minutos depois, foi a vez de entrar Luisinho para o lugar de Melgarejo. Se Cardozo e Mora estiveram relativamente bem, Nolito e Luisinho estiveram apenas medianos - este, até, acabou por comprometer no lance que deu o empate à Juventus, no último minuto do prolongamento, embora tivesse estado bem no cruzamento que deu o golo, de cabeça, a Cardozo... - e Ola John esteve bastante abaixo do aceitável. É verdade que é novo, precisa de se adaptar ao nosso futebol e às suas exigências, mas começo a achar que, por oito milhões de euros, tem que se render muito mais do que aquilo que se tem visto. Durante o jogo de hoje, dei por mim a pensar se ali não haverá muito de Djaló e, mesmo, de Balboa...

O nosso golo surgiu num cabeceamento irrepreensível de Cardozo, de cima para baixo, como mandam as regras, que apareceu ao segundo poste a corresponder a um cruzamento de Luisinho, na esquerda do nosso atque. Aos 88 minutos, o resultado tinha, necessariamente, de estar feito!!!...
Contudo, aos 92 minutos, ou seja, no último minutos do tempo de compensação dado pelo árbitro, eis que o ala direito da Juventus cruza para a nossa área, depois de passar com alguma facilidade e sem ser perturbado pelo Luisinho, e, ao segundo poste, sozinho, com Maxi Pereira a ficar-se nas covas, apareceu a encostar o pé um atacante italiano (Krasic).
Não é possível ser-se campeão, ou ganhar o que quer que seja, com este tipo de postura e de desatenção...

Mais do que triste, estou mesmo é muito preocupado.
E a época ainda não começou...