quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Vitória, mas... (II)


Em noite europeia, recepção ao Celtic de Glasgow, exibição muito agradável e vitória (2-1) bem merecida.
Mas...
Mas lá tivémos de voltar a passar por alguns sobressaltos, na recta final da partida, depois de inúmeras ocasiões de golo não concretizadas - e de algumas excepcionais defesas do guardião adversário, diga-se, em abono da verdade... - e de sofrermos um golo que não se pode admitir. Muito menos a este nível.
O jogo era uma final, pois só a vitória interessava. De facto, e embora continuemos a ter vida muito difícil (para não dizer outra coisa...), apenas uma vitória nos deixaria ainda em condições de lutar pelo apuramento... em Barcelona. Depois de termos desperdiçado a oportunidade de trazer uma vitória de Glasgow - porque somos muito melhores que os escoceses! - e de Moscovo - onde a relva artificial serviu para justificarmos a nossa miserável exibição! - e de termos jogado mais que encolhidos na recepção ao Barcelona, não tínhamos alternativa senão vencer o jogo da passada 3ª feira.
E a equipa, desta vez, teve atitude e ambição!
Começámos o jogo com uma postura muito determinada e encostámos o Celtic à sua área. Jogámos de forma pressionante e, naturalmente, porque somos melhores e eles são, como sempre disse, técnica, e mesmo taticamente, muito fracos, acabámos por marcar, por Ola John, que apareceu no centro da área a aproveitar uma bola que sobrou da luta entre Cardozo e os centrais escoceses.
Continuámos a jogar bem e em velocidade, e podíamos ter marcado por mais de uma vez, sendo a mais flagrante o remate de Cardozo, de pé esquerdo, já dentro da área do Celtic, isolado por Salvio, de que resultou a bola a sair à malha lateral da baliza adversária.
Não marcámos e, quase de seguida, na sequência de um canto, o Celtic empatou. A bola cruzou a pequena área, com Artur e os centrais a verem-na passar e a deixarem que, ao segundo poste, aparecesse Samaras a cabecear de cima para baixo, fazendo o empate. É certo que existe obstrução a Artur, mas este não pode deixar de resolver o lance, porque, como muito bem sabemos, até nas competições internacionais, os árbitros são sempre muito comedidos quando se trata de julgar lances em que somos claramente lesados. Neste lance, é curioso (e sintomático!...) que os únicos dois jogadores escoceses nas imediações da nossa baliza eram Samaras e Hooper (que fez o bloqueio a Artur...)!
A propósito de arbitragem, Enzo Pérez levou, literalmente, uma cotovelada de um adversário, na sequência da qual ficou estendido no chão, a sangrar abundantemente, com o lábio inferior rasgado de cima abaixo... e o escocês nem amarelo levou!!!
Depois do golo, o Celtic perturbou um pouco o nosso jogo, mas o final da primeira parte trouxe de novo a carga do Benfica sobre as linhas recuadas do Celtic. Ola John e Salvio, ambos por duas vezes, e André Almeida, remataram à baliza adversária, embora sem resultado.
O intervalo chegou, com um resultado bastante injusto, tendo em conta o jogo jogado.
 
 
A segunda parte foi totalmente do Benfica, com um futebol rápido e envolvente, a toda a largura do campo e utilizando as faixas laterais.
As oportunidades de golo seguiam-se umas às outras, com o Celtic a não comseguir sair do seu reduto defensivo.
Assim de memória, Lima rematou para golo mas a bola foi rechaçada sobre a linha de baliza por Mathews, e Enzo Pérez, Luisão, Matic e Lima, de novo, tiveram boas ocasiões para marcar, antes de aparecer o segundo golo.
Finalmente, à passagem do minuto 70, surgiu o golo. Na sequência de um canto, Luisão ganhou a bola de cabeça a um defesa escocês, esta sobrou para Garay que, sobre a direita, encheu o pé e fez um remate indefensável para o guardião adversário.
Pouco depois, Salvio rematou forte, levando a bola a embater, com estrondo, na barra da baliza de Forster. O jogo poderia ter ficado resolvido...
À passagem do minuto 80, Cardozo cobrou um livre em posição frontal, ligeiramente descaído para a direita do nosso ataque, e o guardião adversário correspondeu com mais uma espectacular defesa para canto. E outra vez Cardozo, minutos depois, a rematar forte, novamente para uma extraordinária defesa de Forster.
Até ao fim do jogo, também Gaitán rematou à baliza adversária, mas o remate passou por cima da baliza.
Como não fizémos o terceiro golo, acabámos por sofrer um valente susto quando, no último minuto do tempo de compensação, Watt rematou cruzado, procurando o golo que daria o empate aos escoceses.
É preciso ser mais eficaz e sentenciar os jogos em tempo útil, para não ficarmos à mercê de algum golpe contrário que nos derrube e confine o resultado!
 

Quanto à prestação da equipa, em termos individuais, gostei do André Almeida, que jogou no lugar de Maxi Pereira, tanto a defesa direito, como, depois da saída de Matic, a trinco. Melgarejo esteve em muito bom nível. Artur e os centrais ficam ligados ao golo sofrido (muito consentido!...), embora também estejam ligados ao golo que nos deu a vitória, sendo a assistência de Luisão e o golo de Garay.
Matic voltou a estar em muito bom plano, e Salvio e Ola John, nas alas, e Cardozo e Lima, no miolo do ataque, também estiveram bem. Enzo Pérez esteve mais discreto, mas a verdade é que foi tacticamente esclarecido e muito útil à equipa.
Gaitán e Maxi Pereira, que substituíram Lima e Matic, respectivamente, ao minuto 75 e 80, estiveram abaixo do que podem e sabem. E Jardel, que rendeu Salvio antes do minuto 90, quase não teve quase tempo para tocar na bola...
 
Em suma, uma exibição agradável, uma vitória justa mas que peca por (muito!) escassa.
... E mais uma sessão de massagem cardíaca, na parte final do jogo!

Vitória, mas... (I)



Na passada 6ª feira, em jogo para a Taça de Portugal, vitória (0-2) sobre o Moreirense, em Moreira de Cónegos.
Vitória natural, mas...
Mas, apesar do inequívoco domínio e controle do jogo, praticamente durante toda a partida, acabou por ser mais um jogo apenas resolvido sobre a hora, e com a tradicional fase de algum aperto.
Com 0-0 ao intervalo, com o Moreirense a jogar ferrolhado sobre a sua defesa, depois de uma primeira parte jogada a uma velocidade abaixo da recomendável e com a bola a percorrer muito os terrenos do centro, adivinhava-se uma tarefa complicada na segunda parte. E, de facto, assim foi.
Apesar disso, o primeiro golo aconteceu à passagem do minuto 60, num pontapé de ressaca de Matic, dentro da grande área, descaído para a esquerda do nosso ataque, com a bola a tabelar num defesa adversário antes de entrar na baliza. E o golo da tranquilidade só apareceu já no período de compensação, este, sim, depois de uma bonita jogada de Gaitán, sobre a esquerda, com este a endossar a Cardozo que, sobre o bico da pequena área, apenas teve de encostar o pé e fazer o golo. Terá sido a melhor jogada do encontro...
Pelo meio ficaram os habituais disparates, incompreensíveis em jogadores do nível dos que vestem o manto sagrado, com passes despropositados e perdas de bola inconcebíveis, e com uma permissividade e uma passividade assustadoras e desesperantes. A equipa pôs-se a jeito e as coisas não correram mal porque não calhou... e porque o adversário era realmente muito fraquinho.
O jogo marcou o regresso de Luisão, depois do castigo de 2 meses, na sequência do incidente com a florzinha alemã, em Dusseldorf, tendo o nosso capitão estado globalmente bem.
 
 
Matic e Jardel - mais um jogo de muito bom nível, sem complicar e a ser muito eficaz... - estiveram bastante bem. Paulo Lopes, na baliza, esteve impecável. André Almeida cumpriu, e Luisinho teve um jogo com altos e baixos, e ia comprometendo em dois ou três lances. Bruno César e Rodrigo fizeram um jogo para esquecer (ou para não esquecer!...). Gaitán esteve muito irregular e Nolito está uma sombra do que já foi, tendo-se apagado gradualmente, ao longo do jogo, até ser substituído por Ola John, na entrada para o último quarto de hora de jogo. Lima, que voltou a fazer um jogo de grande entrega e muita mobilidade, já havia dado o seu lugar a Cardozo, um minuto antes. Cardozo fez um jogo regular... e marcou um golo!
Para deixar o quadro pintado com as cores do costume, mais dois habituées: um apagão no estádio - muito comum quando jogamos no norte!... - e um filho da puta de apito (Duarte Gomes) que voltou a fazer vista grossa a uma falta grosseira (carga pelas costas, e fora de tempo...) de um defesa moreirense, dentro da sua grande área, sobre Bruno César. E este ainda viu a cartolina amarela, supostamente por simulação...
Só com sangue se resolve esta situação!!!...
 
 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Parca vitória, pobre futebol...



Vitória tangencial (1-0) e muito sofrida, em Vila do Conde, ao início da noite do passado domingo...
 
Um resultado que nos deu três pontos, é verdade, mas que voltou a confirmar as deficiências do nosso actual futebol. E esse facto deixa-me bastante apreensivo para o futuro mais imediato, onde nos espera uma série de jogos de alguma dificuldade e de grande importância para a definição da nossa época desportiva. A começar com a eliminatória da Taça de Portugal, já na próxima 6ª feira, e compreendendo, também, as duas últimas jornadas da Champions e os compromissos imediatos do campeonato, que podem ser complicados... se não jogarmos um futebol diferente. Para melhor, obviamente!
 
No jogo do passado domingo, voltámos a jogar um futebol lento, muito pouco flanqueado, com perdas de bola exasperantes e absolutamente inadmissíveis, tanto na saída para o ataque, como no último terço do terreno, junto da área adversária.
Sálvio, Ola John, Enzo Perez, e até mesmo Lima, perderam, em conjunto, incontáveis lances na transição para o ataque, por insistirem em jogadas individuais e complicarem o que teria de ser feito de forma fácil e colectiva. Sálvio, então, fez-me desesperar continuamente, tantas e tão evitáveis foram as situações em que não fez o que devia. E foi assim durante toda a partida, começando logo nos primeiros minutos de jogo. Um autêntico desespero!!!
É verdade que a equipa parecia querer tomar conta do jogo, mas jogava sempre de forma pouco consistente, sem grande objectividade e com baixa intensidade competitiva.
O primeiro remate com algum perigo só apareceu depois de cumprido o primeiro quarto de hora, por intermédio de Lima, que fez a bola passar perto do poste de Oblak. Perto dos 25 minutos, Cardozo rematou cruzado, à entrada da área, e a bola foi embater no poste direito da baliza dos vilacondenses. Por essa altura, a qualidade de jogo era, então, um pouco melhor. Matic, ainda antes da meia hora, teve uma boa oportunidade, cabeceando na zona central da grande área, de cima para baixo, mas permitiu a defesa de Oblak. Um pouco antes do minuto 40 da 1ª parte, Cardozo recebeu bem um centro de Matic e, à meia volta, rematou forte, de pé esquerdo, para Oblak voltar a negar o golo. E uns minutos depois, Ola John, sobre a esquerda do nosso ataque, rematou forte e cruzado, para mais uma boa defesa de Oblak. Entretanto, já no período de compensação da 1ª parte, Sálvio faz um lançamento lateral longo, Jardel cabeceou para trás e, na pequena área, apareceu Lima a rematar, decidido, para o fundo das redes do Rio Ave.
O intervalo chegou pouco depois, com o resultado a favorecer-nos.
A 2ª parte trouxe um Rio Ave mais atrevido e, também, um Benfica ainda menos esclarecido e eficaz. Foi do Rio Ave a primeira ocasião de perigo, com Garay a falhar a intervenção, na pequena área, e João Tomás a fazer o mesmo, em frente a Artur. Foi preciso esperar para lá dos primeiros 10 minutos da etapa complementar para ver um remate do Benfica, com Cardozo a chutar fraco e para as mãos de Oblak. Á passagem do minuto 60, uma boa jogada do nosso ataque, resultou num remate perigoso de Cardozo, que levou a bola a passar a rasar o poste da baliza vilacondense. E quase que por aí se ficou o nosso futebol, com muitas jogadas confusas e inconsequentes, e mais um ou outro remate à baliza adversária, sem qualquer perigo.
Valeu, globalmente, a nossa organização defensiva, que nos foi pondo a salvo das investidas adversárias, mau grado uma ou outra falha, em especial junto às linhas laterais, que nos causaram algum sobressalto.
 
 
Individualmente, destaque para a exibição de Cardozo e Lima, sempre muito lutadores, e de Ola John, na frente de ataque.
Matic esteve pendular e foi resolvendo alguns problemas defensivos e, a espaços, ajudando no ataque. Enzo Perez esteve bastante abaixo do nível que já mostrou, o mesmo acontecendo com Bruno César, que o substituíu à meia hora da primeira parte, por lesão do argentino. Também Gaitán, que rendeu Sálvio pouco depois do minuto 60, fez um jogo muito pobre, à semelhança do substituído Sálvio.
Na defesa, Jardel esteve bem, tal como Garay que, contudo, falhou algumas vezes, uma das quais poderia ter dado a João Tomás o golo do Rio Ave. Na esquerda, Melgarejo esteve regular, mas perdeu alguns lances, em especial na 2ª parte. À direita jogou André Almeida e, depois dos 83 minutos, Miguel Vitor, tendo aquele ocupado um lugar no meio campo, quando Lima foi substituído. André Almeida esteve relativamente certo a defender, mas foi muito pouco incisivo na manobra ofensiva. Miguel Vitor, por seu turno, não teve exibição que mereça elogios, tendo até algumas falhas que poderiam ter tido consequências diferentes. O seu lugar não é na lateral direita, decididamente. Alguém poderá explicar isso a Jorge Jesus?...
Por fim, Artur. Artur esteve impecável... embora não me agrade nada vê-lo andar longe da sua área de acção.
 
Os momentos finais da partida trouxeram alguns sobressaltos defensivos. Em suma, como em tantos outros jogos, pusémo-nos a jeito e... acabámos com o credo na boca!
Decididamente, o Benfica tem que jogar muito mais do que o que tem feito, e resolver os jogos em tempo útil, para se precaver de surpresas desagradáveis. É que, como costuma dizer a vox populi brasileira, "um dia a casa cai"...

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Vitória, mas...


 
... mas com uma exibição embrulhada, muito pouco homogénea, com falta de consistência, bastantes desperdícios e muitos equívocos e desacertos.
Para a história, vai ficar o resultado de 2-0 frente aos russos do Spartak de Moscovo. Não vão perdurar na memória, nem na generalidade dos registos, as incidências reais da partida. E ainda bem, porque o jogo não nos pode deixar muito orgulhosos do que a equipa (não) fez...
 
A primeira parte foi bastante fraca, com o Benfica a revelar sempre muita falta de objectividade e muito pouca eficácia, nomeadamente nas tarefas ofensivas. Pouca criatividade, um futebol muito lateralizado e um ritmo que permitia ao adversário arrumar-se bem em campo e tentar o contra-ataque, a juntar a jogadores pouco esclarecidos e complicativos, nomeadamente os alas, Sálvio e Ola John, justificaram o nulo ao intervalo.
Também Rodrigo, na frente de ataque, esteve particularmente desinspirado, enquanto Enzo Pérez andou quase sempre desaparecido do jogo.
Além disso, não faltaram as (já habituais...) decisões da arbitragem em prejuízo do Benfica, por parte de um árbitro fraco - o alemão (...dassssseeee!!!) Floren Mayer - que esteve (muito) mal auxiliado pelos árbitros assistentes e pelos árbitros de baliza. Logo aos 2 minutos de jogo, Garay é escandalosamente puxado pela camisola, quando tentava cabecear uma bola na área adversária; toda a gente viu essa acção, menos o árbitro. E aos 36 minutos, Lima, desmarcado em profundidade, foi empurrado pelas costas, bem dentro da grande área russa, com o árbitro a nada assinalar, e com o auxiliar e o árbitro de baliza daquele lado a fecharem os olhos à evidência. Pelo meio ainda houve uns fora-de-jogo mal tirados, facto do qual também os russos se podem queixar. O mais penalizador, porém, foi um fora-de-jogo (mal) assinalado a Rodrigo, já no final da 1ª parte, em que o jogador ficaria em situação bastante vantajosa.
A etapa inicial ficou, também, marcada por um considerável número de remates à baliza dos russos, quase todos executados de forma deficiente e sem direcção, bem como pelo total - repito, total... - desaproveitamento das situações de bola parada (cantos, livres, lançamentos laterais...).
(Para piorar as coisas, os coxos [tecnicamente falando...] do Celtic estavam a vencer o Barcelona por 1-0...)
 
 
O jogo estava a chamar por Cardozo, e Jorge Jesus fez o que qualquer mortal faria: tirou Rodrigo e meteu Cardozo.
Alguns jogadores vieram, também, transfigurados para a 2ª parte. Um deles foi Ola John, que se passou a colar mais à linha e a partir decidido no um-contra-um. Sálvio também regressou menos complicativo, embora tenha sido, globalmente, um dos menos esclarecidos e produtivos dos nossos jogadores.
Mas o homem do jogo foi mesmo Cardozo. Marcou um golo de grande classe, aos 51 minutos, desmarcando-se e recebendo, de pé direito, um passe a rasgar a defesa, de Ola Jonh, e rematando de imediato, do bico da pequena área, para o fundo da baliza dos russos. O árbitro, incrivelmente, anulou o golo, por suposto fora-de-jogo...
Mas aos 56 minutos Cardozo havia, mesmo, de marcar, de cabeça, na pequena área, com um remate como mandam as regras, de cima para baixo, após assistência de Melgarejo, desmarcado por Ola Jonh.
E aos 69 minutos voltou a marcar, de pé esquerdo, a rematar de primeira, na zona frontal da baliza, após assistência, da esquerda, de... Ola John!
Cardozo veio, realmente, revolucionar o jogo de ataque da equipa, beneficiando bastante da companhia de Lima que, muito mais móvel, arrasta consigo a defesa adversária.
E foi, ainda, Cardozo que, depois de receber um passe, de costas para a baliza russa, depois de se ter voltado, driblado o seu marcador directo e ter entrado na área adversária, foi rasteirado, por tràs, quando ia isolado para a baliza e se preparava para rematar. O árbitro assinalou o penalty (como não podia deixar de fazer...) e expulsou o central russo. Cardozo marcou o penalty... e acertou na trave! Foi pena. Cardozo não o merecia...
A jogar contra dez, e a vencer por 2-0, o jogo estava praticamente decidido.
Então, o nosso futebol voltou a decair, e a equipa voltou a cometer erros e a jogar sem grande acutilância. Mesmo assim, foram surgindo algumas situações de perigo, com os remates a saírem perto, mas sempre ao lado. A situação mais escandalosa foi uma perdida de Cardozo quando, descaído sobre a meia-direita, só com o guardião Rebrov pela frente, rematou rasteiro para o poste mais distante, e a bola, caprichosamente, saíu ligeiramente ao lado.
 
Das prestações individuais, devem referir-se Cardozo, sem dúvida, e Ola John, pela 2ª parte que fez. A defesa esteve bem e, como habitualmente, Melgarejo e Maxi Pereira apoiaram bem o ataque. Lima esteve, como tem acontecido, muito lutador e pautou a sua acção por uma grande mobilidade na frente de ataque. André Almeida esteve sempre muito activo, e Enzo Pérez, na 2ª parte, conferiu alguma consistência e qualidade ao nosso jogo interior. Artur esteve muito seguro, e fez três boas defesas, na sequência de contra-ataques russos, em alturas chave do jogo.
Rodrigo e, em especial, Sálvio, estiveram bastante aquém do que a equipa necessitava. Sálvio foi especialmente irritante, porque nunca decidiu bem as jogadas, foi sempre complicativo, perdulário, e esteve inúmeras vezes ausente do seu posicionamento, permitindo a ocorrência de situações de perigo para a equipa. Bruno César, que rendeu Lima aos 74 minutos, e André Gomes, que substituíu Maxi Pereira aos 82 minutos, não trouzeram nada de novo ao jogo, tendo estado abaixo do que se esperava.
 
 
A nós próprios, ficámos a dever mais dois ou três golos.
O árbitro alemão, Mark Floren Mayer (um nome a lembrar...), ficou-nos a dever um golo, já marcado, e... dois penaltys!
 
(O pior da noite foi a derrota do Barcelona em Glasgow, por 2-1, contra um adversário que joga um futebol apenas físico e que, em minha opinião, é a pior equipa do grupo. O que aconteceu nos dois jogos que disputaram com o Barcelona, não foi sorte; foi, objectivamente, um inaceitável abuso da felicidade própria e do extremo azar dos catalães!...
De qualquer forma, esses jogos provaram que todos os resultados são possíveis. Quando se joga com garra e entrega total... que é uma coisa que não se pode dizer dos jogos que já disputámos nesta edição da Champions!)

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Correspondam!!!...


 
Amanhã... há noite europeia na Luz.
 
Num grupo aparentemente acessível, com o Celtic e o Spartak de Moscovo, além do (teoricamente) inacessível Barcelona, a prestação do Benfica tem sido má demais...
Um empate em Glasgow, frente a uma equipa que é, realmente, muito pobre e limitada, em termos técnicos, foi um mau início de competição.
Mau início que teve prolongamento na jornada seguinte, em casa, onde a derrota com o Barcelona aconteceu muito por omissão nossa.
Por último, na viagem a Moscovo, mais uma miserável exibição, sem garra e sem chama, que se saldou por mais uma derrota, pela diferença mínima, face a uma equipa que jogou com muito pulmão para compensar o seu notório défice técnico.
 
Nesta edição da Champions, nunca jogámos como devíamos, à Benfica...
Será diferente amanhã?
Correspondam, s.f.f.!!!
A camisola que vestem não merece outra coisa que não seja uma entrega total. E os sócios e adeptos merecem, no mínimo, que joguem com a mesma intensidade com que eles próprios vivem o Benfica...

domingo, 4 de novembro de 2012

Foram uns calões!!!...

 
Vitória (3-0) sobre o Guimarães, na Luz...
Aparentemente, um bom resultado.
Contudo, a verdade é que os jogadores não fizeram um jogo à Benfica. Pelo contrário: jogaram sempre a passo, muitas vezes para trás, complicaram o que era simples, e nem sequer se pode dizer que tenham tido grande oposição do adversário.
O Guimarães esteve sempre muito encolhido no seu meio-campo, não criou perigo algum - à execpção de um remate, a meio da primeira parte, que Artur defendeu muito bem... - e defendeu sempre com todos atrás da linha da bola, colocando o autocarro à frente da baliza.
Mesmo por isso, impunha-se que a equipa jogasse rápido, que fosse criativa e empenhada, objectiva e eficaz. Porém, foi tudo menos isso!!!
Foram precisos 37 minutos para marcar um golo a uma defesa fraquinha (embora numerosa...), muito fraquinha, mesmo. E só voltámos a marcar, de penalty, no reinício da segunda parte, também por Cardozo.
Lima marcou aos 67 minutos, e por aí ficámos.
 
 
 
Pelo meio, uma exibição que me irritou profundamente, com vários jogadores a terem uma atitude que me envergonha enquanto benfiquista, porque não suaram a camisola, jogaram sempre a passo - devagar, devagarinho e parados... - e não respeitaram os sócios, nem os mais de 30.000 que estiveram no estádio.
Destaques pela positiva, apenas para Cardozo e Lima, pelos golos que marcaram, e para Ola John, porque foi empenhado e assistiu para dois dos três golos.
 
 
 
A defesa cumpriu, globalmente, embora o adversário tenha sido praticamente inofensivo. Prova disso é o facto de apenas terem feito 4 remates em toda a partida, a culminar 12 jogadas de ataque. Ainda assim, Luisinho foi o elemento mais fraco, tendo comprometido por duas ou três vezes, a meio da primeira parte. (Jorge Jesus tem uma quota parte de responsabilidade, pelo incentivo que foram as suas palavras no final do jogo anterior, em Barcelos...)
Pela negativa, destaque maior para Salvio, que me fez desesperar, tal foi a baixa intensidade com que se entregou ao jogo, a nula objectividade e a extrema complicação com que nos brindou, sempre que a bola lhe chegou aos pés. Também Carlos Martins, e depois André Gomes, estiveram a um nível miserável. No caso de André Gomes, a chamada à equipa principal está claramente a fazer-lhe mal. Esteve perdulário, infantilmente altivo e soberbo, e foi displicente vezes sem conta, daí resultando uma enormidade de perdas de bola e a morte de muitas jogadas. Agravou a paupérrima exibição com uma falta desnecessária a meio-campo (entrada, dura, de pé em riste, que culminou com uma pisadela no pé do adversário...), na sequência da qual o árbitro lhe mostrou, prontamente, o cartão vermelho. Se não lhe derem nas orelhas, urgentemente, vai-se perder como jogador...
Nem sequer o facto de poderem continuar no primeiro lugar da classificação, embora com o mesmo número de pontos, se marcassem mais um golo (para fazerem o desempate por goal-average), os fez correr mais um pouco...
Calões do c.....!!!
O Benfica exige mais do que o que deram...
Haja vergonha!!!...
 
PS - O boi preto fez o que pôde, como é habitual. Deixou por marcar dois penaltys que, em outros recintos, seriam de imediato marcados. Não expulsou o defesa que puxou Salvio no lance em que se viu obrigado a marcar o penalty, logo a abrir a segunda parte. E expulsou, com um excesso de zelo evidente, André Gomes. Os do costume devem ficar-lhe agradecidos...