terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Sim... e NÃO!!!



Jogo em Braga, contra o braga...
Assim mesmo, contra o braga (com letra minúscula, obviamente...)!
 
O título dado ao post - Sim... e NÂO!!! - foi o que me ocorreu, face ao jogo em si: Sim, pela atitude e (relativa...) eficácia da equipa, na 1ª parte; NÃO!!!, pela paupérrima 2ª parte, e pela inqualificável postura adoptada pela equipa, colectiva e individualmente...
 
A vitória (2-1) foi, mesmo, o melhor do jogo.
O resto, foi uma preocupante evolução, regressiva, que nos deve deixar, a todos, consternados e revoltados. É que, pura e simplesmente, na 2ª parte, não estivémos em campo! Quando estavam reunidas as condições para  fazermos um jogo autoritário e competente - porque estávamos confortáveis e tínhamos mais valor e condições para, a qualquer momento, matarmos o jogo - eis que nos deixámos enredar por uma equipa que nos é notoriamente inferior, e que jogou desfalcada de alguns dos seus habituais titulares. Miserável, é o mínimo que se pode dizer...
E acabámos por nos expor ao risco, nomeadamente depois de termos sofrido o golo, já perto do minuto 80...
 
Na primeira parte, fomos eficazes. Marcámos logo aos 5 minutos, por Sálvio, na recarga a um seu primeiro remate. E voltámos a marcar aos 35, por Lima, depois de um passe, de trivela, de Gaitán, em jogada perfeita de contra-ataque. E, apesar de termos tido sempre o jogo controlado, pouco mais fizémos. A verdade, no entanto, é que o adversário não teve qualquer ocasião de golo, e nunca importunou verdadeiramente o nosso sector mais recuado...
 
 
A 2ª parte foi para esquecer. Completamente! Ou para não esquecer, conforme se queira...
O Benfica deixou de ser eficaz, reduziu drasticamente a velocidade de jogo e a pressão sobre a bola. Ou seja, deixou de estar em campo...
Depois do adversário ter chegado ao golo, após uma falha imperdoável de Jardel, que deixou a bola passar-lhe sobre a cabeça, a equipa perturbou-se de forma nítida. Totalmente escusado, se não nos tivéssemos reduzido ao papel de apenas assistir ao jogo...
Uma atitude a rever, urgentemente.
Independentemente de se jogar melhor, ou pior, não tem sido hábito a equipa sumir-se, assim, do jogo. Por isso o facto é, ainda, mais preocupante.
A época vai a meio, ainda não ganhámos nada e, se repetirmos a dose, seguramente nada ganharemos!...
 
 
Em termos individuais, Gaitán esteve globalmente bem. Sálvio também não esteve mal, e Lima, apesar de incomodado pelos adeptos do clube corrupto, versão norte de palermo, que o assobiavam sempre que tocava na bola, esteve muito interventivo e batalhador, como lhe é habitual.
Enzo Pérez esteve bem tacticamente, mas cada vez me deixa mais a desejar, pela excessiva forma sul-americana como está em jogo, ou seja, sempre embrulhado em situações conflituosas, sempre no chão, sempre a complicar o que é fácil, enfim...
Destaco, ainda, Luisão, que foi importante na missão defensiva. E Matic, que foi uma peça fulcral, tanto a defender como a preparar - e a participar... - na manobra ofensiva.
Dos restantes, pouco há a dizer. Inclusivamente dos que, ao longo da partida, foram lançados no jogo: André Almeida (para render Ola John, aos 65 m.), Urreta (para o lugar de Gaitán, aos 85 m.) e Kardec (para o lugar de Lima, ao minuto 90), trouxeram pouco ao jogo...
 
Amanhã, joga-se, no norte, a 1ª mão da meia-final da Taça de Portugal.
O adversário é o Paços de Ferreira, equipa que corre e disputa o jogo, de princípio ao fim.
E nós? Como vamos ser?...
Sejam Benfica!!!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Meia parte de avanço... e a outra meia em marcha lenta


 
O jogo da passada 2ª feira, com o Moreirense, a contar para a última jornada da 1ª volta da Liga, foi mais um teste à nossa capacidadede sofrimento.
Uma vitória (2-0), que poderia ter tido uma expressão maior, acabou por ser algo complicada, por culpa própria.
A nossa primeira parte foi má demais para ser verdade. A equipa jogou sempre a passo, sem alma, à espera que o jogo se resolvesse por si. De resto, muitos passes falhados, pouca objectividade e acutilância, e, deste modo, o jogo foi-se arrastando para o intervalo... à medida das aspirações do adversário. Adversário que queria mais do que o Benfica, mas que, obviamente, podia muito menos.
É verdade que o estado do relvado, algo pesado e um pouco maltratado, em nada ajudava. Mas a nossa falta de querer foi ainda mais decisiva.
Irrita-me, profundamente, este tipo de postura. E se, a jogar com um adversário limitado isso não tem repercussões, com um adversário mais apetrechado as coisas complicam-se significativamente. E muitas vezes sem hipótese de recuperação...
 
Apesar de tudo, e depois do Moreirense ter ameaçado logo no primeiro lance do jogo, pelo argelino Ghilas, a verdade é que o Benfica foi construindo algumas ocasiões em que poderia ter feito o golo. Cardozo (7 e 21 min.), Matic (12), Lima (16), Luisão (32, de cabeça) e Gaitán e Salvio, na mesma jogada, já em período de compensação no final da 1ª parte, poderiam ter marcado. A ocasião de Gaitán foi a mais flagrante: depois de ter entrado na área pela esquerda, driblado dois defesas e atirado para o poste mais distante, a bola sobrou para Salvio que, de angulo apertado, rematou e acertou no poste esquerdo da baliza de Ricardo. E, aos remates de Cardozo e Lima, opôs-se muito bem o guardião moreirense, em duas ocasiões, com defesas de recurso, para canto.
 
Na 2ª parte, a equipa entrou bem mais determinada.
Logo aos 2 minutos de jogo, Matic colocou a bola na baliza do Moreirense, na sequência de um canto, marcado da direita do nosso ataque. O jogador estava, porém, ligeiramente adiantado e, por isso, o golo não foi validado. (Se fosse com outros, até poderia estar dois metros para lá da defesa...).
Mas, logo no lance seguinte, Salvio recuperou a bola no nosso meio campo ofensivo, arrastou consigo três adversários, fintou-os e, à saída de Ricardo, atirou colocado, com um remate cruzado, para o poste mais distante. Estava feito o 1-0... e em boa altura!
Pouco depois dos 50 minutos poderia ter aparecido o 2-0, quando Cardozo cabeceou para uma defesa apertada do guardião adversário e Salvio, em posição frontal, em cima da linha da pequena área, fez a recarga, fazendo a bola subir muito.
Daí em diante, o ritmo voltou a baixar, ao mesmo tempo que a chuva aparecia com mais intensidade.
Apesar do ritmo agora mais frouxo, ainda houve ocasião para João Capela não marcar uma grande penalidade a nosso favor, numa jogada em que a bola, rematada para a baliza, sofre um ressalto e encontra a mão do central do Moreirense. Não se pode dizer que seja uma falta claramente indiscutível. Mas é indiscutível que, se fosse na nossa grande área, era assinalado penalty, de imediato...
Pouco depois Rodrigo substituíu Cardozo e Ola John rendeu Gaitán, mas o jogo não sofreu grande alteração. Talvez um pouco mais de rapidez no armar das jogadas, mas nada de significativo.
No entanto, foi Ola John quem, pouco depois dos 70 minutos, desmarcou Lima, que se adiantou à defesa e, à saída de Ricardo, fez-lhe um chapéu com as medidas certas e dilatou a vantagem no marcador. Lima que acabou por ser substituído, ao minuto 85, por André Almeida.
 
 
Daí até final, Rodrigo (76 min.) ainda tentou a sua sorte, mas a bola saíu ao lado. Aos 90 minutos, Maxi Pereira sacou um bom cruzamento, mas os nossos homens mais adiantados chegaram atrasados. E já no último minuto do período de compensação, Matic teve uma excelente ocasião, mas a bola acabou por sair ao lado da baliza de Ricardo.
 
Jogaram de início: Artur; Maxi, Jardel, Luisão e Melgarejo; Matic, Enzo Pérez, Salvio e Gaitán; Lima e Cardozo.
Para mim, o melhor em campo foi Salvio, embora perca sempre alguns lances. Lima também esteve bastante bem. Aliás, como tem sido habitual. As restantes exibições foram medianas, a meu ver. O centro da defesa esteve à altura e Melgarejo, apesar de um começo muito titubeante, acabou por cumprir. Enzo Pérez está em baixo, tal como Cardozo, que se está a apagar progressivamente. É preciso muito mais!!!
A exibição soube a pouco. E, sobretudo, fica a preocupação pelo facto da equipa facilitar em demasia, cometer muitos erros, individuais e colectivos, e não ter o killer instinct que nos poderia valer a consumação das vitórias sem termos que passar por sobressaltos. Não foi o caso do jogo de Moreira de Cónegos mas, convenhamos, o adversário era bem modesto...
O pior é quando os adversários são mais consistentes e coreáceos na sua acção...
 
Sábado há mais. E o adversário, que é duro de roer, costuma enraivecer-se e espumar pela boca quando joga contra o Benfica.
A mando do patrão, sem dúvida, mas também porque se habituou a cuspir no prato onde lhe temos servido imerecidas iguarias...
Filhos da puta!!!
 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Fácil... e difícil!!!


Fácil!!!
Acabou por ser fácil...
O jogo com a Académica, detentora da Taça de Portugal, depois de ter batido na final o Sporting, parecia poder ser de alguma dificuldade. Afinal, acabou por se traduzir numa vitória (4-0) inquestionável, tornada fácil pelo modo sério e determinado como a equipa abordou o jogo.
Foram 4-0, com 3-0 ao intervalo, mas podiam ter sido, sem qualquer tipo de exagero, sete ou oito...
O primeiro golo apareceu logo aos 5 minutos, por Ola John, que rematou à entrada da área, descaído sobre a esquerda do nosso ataque, após passe atrasado de Lima, desde as imediações do poste direito da baliza da Académica. Mas, antes disso, logo aos 2 minutos, Cardozo poderia ter marcado, também a passe de Lima; valeu o defesa João Dias a desviar o remate pela linha de fundo, quando a bola já entrava na baliza.
Aos 8 minutos, foi o próprio Lima quem fez o 2-0, acorrendo a um passe de Matic que, depois de um bom trabalho na linha final, na esquerda do nosso ataque, serviu a bola para o bico da pequena área, para ser encaminhada para o fundo das redes.
O jogo continuou a ter sentido único, embora a Académico tentasse fazer pela vida.
(Contudo, foi nesta fase da partida que ocorreu aquilo que me impeliu a usar, no título do post, o termo difícil. Adiante se perceberá melhor...)
Pouco antes da meia hora de jogo, Lima foi solicitado sobre a direita do nosso ataque, desmarcou-se, adiantou-se à defesa adversária e, à saída de Peiser, fez um remate em arco, não dando hipóteses ao guardião academista, que bem se esticou para desviar a bola, mas acabou por vê-la morrer no fundo da baliza.
E antes do final da 1ª parte, o mesmo Lima, no eixo do nosso ataque, acorreu a um passe do nosso meio-campo e, de cabeça, desviou para a direita do ataque, isolando Cardozo. Este, à saída de Peiser, não conseguiu desviar a bola, permitindo uma defesa de recurso, com a bola a sair rechaçada para a linha de fundo.
Na 2ª parte o jogo conheceu uma toada mais contida, com a Académica a tentar reduzir a desvantagem e o Benfica a controlar.
Pouco depois do primeiro quarto de hora, Gaitán e Carlos Martins entraram para os lugares de Ola John e Cardozo, e o jogo ganhou alguma vivacidade.
Cerca dos 70 minutos, Sálvio envolveu-se numa triangulação na zona central do terreno e, depois de receber a bola, rumou à grande área da Académica, driblando três adversários e, à saída de Peiser, rematou em arco, para o fundo das redes. Um belo golo, numa fase em que o jogo voltava a estar mais animado.
À entrada do último quarto de hora, Jesus fez entrar Kardec para o lugar de Lima, que recebeu uma grande, e justificada, ovação. Kardec que, pouco depois dos 80 minutos, já dentro da área, e ligeiramente descaído sobre a direita, teve uma excelente ocasião para ampliar o marcador, acabando a bola por sair a rasar o poste esquerdo da baliza de Peiser.
E, nas jogadas imediatas, foram Enzo Pérez e Nico Gaitán que tiveram o golo nos pés, mas acabaram por não conseguir concretizar. No caso de Enzo Pérez, o remate acabou por ser desviado pelo guarda-redes adversário pela linha final. Com Gaitán, este, descaído para a esquerda do nosso ataque, à entrada da pequena área, apenas com Peiser pela frente, desviou a bola do guardião adversário, mas esta foi, caprichosamente, sair ligeiramente ao lado do poste esquerdo da baliza da Académica.
 
 
Lima foi, sem dúvida, o homem do jogo. Marcou por duas vezes, assistiu Ola John para o primeiro golo, assistiu Cardozo para o que poderia (deveria...) ter sido um belo golo, e esteve sempre muito interventivo, fosse a sair a jogar, fosse a fechar, quando a equipa não tinha a bola.
Sálvio, Ola Jonh e Matic, também estiveram bem, embora com intermitências na sua produção. Na defesa, Jardel, Luisão e André Almeida estiveram geralmente bem, tal como Artur que, neste jogo, ao contrário dos dois anteriores, não comprometeu, e acabou, até, por fazer uma defesa mais apertada, a um remate de longe. Melgarejo está numa fase menos boa, e começa a revelar uma intranquilidade que estava arredada há muito tempo.
Enzo Pérez e Cardozo, que têm estado mais ou menos regulares, fizeram um jogo muito abaixo das suas reais possibilidades. Enzo Pérez está a voltar a uma fase em que apareceu a jogar um futebol quezilento, muito ao estilo sul-americano...
Gaitán, Carlos Martins e Kardec, suplentes utilizados, cumpriram o seu papel. Carlos Martins está ainda (muito...) longe do que pode fazer. Gaitán e Kardec ficam marcados pelas falhas de que foram protagonistas.
 
 
Agora, o... difícil!
De facto, é-me muito difícil entender porque é que, uma equipa como o Benfica, com o jogo praticamente resolvido, jogadores como Enzo Pérez, Melgarejo, Matic, Ola Jonh, Salvio... cometem erros tão primários como sejam: ao sair a jogar, entregar a bola ao adversário (!) que está a 5 metros de si; ao ser destinatário de um passe, ficar parado, deixando o adversário chegar (sempre!...) primeiro à bola; ou, em situação de condução da bola, optar (quase invariavelmente...) por passes de risco, desnecessariamente, ou por jogadas individuais que (quase sempre!...) acabam em perda de bola...
Também me é muito difícil aceitar que, numa equipa como o Benfica, jogadas e situações potencialmente vantajosas para a equipa, sejam transformadas em situações de risco, ou se perca a situação de vantagem. De facto, têm sido inúmeras as vezes em que uma jogada de contra-ataque, um canto a nosso favor, um livre ou uma reposição de linha lateral, originam uma jogada em que a equipa se movimenta em direcção... à baliza contrária!!!
 
Jorge Jesus, mesmo com a equipa a vencer por 2-0, estava desesperado com certas coisas que iam acontecendo no jogo. E tinha razões para isso.
Eu também!
É preciso ser (muito) mais consistente e, sobretudo, constante.
 
Este discurso pode parecer um contra-senso depois de uma inequívoca vitória por 4-0. Mas é justificado. E legítimo. E acautelado...
Vamos a ver se corrigimos isso já amanhã (hoje), com o Moreirense.
(E é bom não esquecer que já lá estivémos quase a perder, esta época, e só trouxemos o empate, conseguido a muito custo, já sobre o final da partida...)
 
Sejam Benfica!!!
 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O empate... foi uma derrota!


O empate (2-2) com aquela equipazita regional-provinciana, assumidamente corrupta, foi, realmente... uma derrota!
 
Derrota... porque temos, de longe, um futebol de muito maior qualidade - como demonstrámos por diversas vezes esta época... - e, no domingo, não fizémos valer isso.
Derrota... porque perdemos uma oportunidade, real, de dar um golpe no adversário que mais perto temos na classificação.
Derrota... porque permitimos que esse bando de deserdados da qualidade futebolística saísse da Luz a pensar que valem alguma coisa...
 
Foi um empate-derrota por (muita) culpa própria.
Padecemos dos mesmos males que já nos haviam afligido em ocasiões anteriores: muitas desconcentrações, individuais e colectivas; inúmeros, e inadmissíveis erros, técnicos e tácticos, decorrentes de uma postura de alguma sobranceria e assumpção de um super-virtuosismo que, objectivamente, muitos dos nossos não têm; grande fragilidade de músculo no meio campo; défice claro na contabilidade que decorre da opção de ter laterias muito subidos, mas que atacam pouco, e mal, e comprometem nas tarefas defensivas, por repetidas ausências e falhas de posicionamento e falência física.
O resultado de tudo isso foi que, aos 8 minutos Garay ofereceu um golo, falhando o corte fácil de uma bola atirada para o interior da área, de um livre sobre a direita da nossa defesa.
E se é verdade que Matic, 2 minutos depois, de pé direito, sem deixar a bola cair no chão, repôs a igualdade no marcador, com um tiro imparável, desferido quase do limite da grande área adversária, lá voltou a aparecer mais um brinde nosso. Desta vez foi, mais uma vez, Artur a oferecer o golo ao adversário quando, aos 15 minutos, se permitiu sair a jogar com os pés, sobre a direita da nossa área, permitindo que um gajo que parece ter vindo do Biafra lhe roubasse a bola e voltasse a colocar-nos em desvantagem.
Embora 2 minutos depois Gaitán tivesse voltado a fazer o empate, a verdade é que estivémos sempre muito aquém do que podíamos e devíamos - porque tínhamos condições para isso e era essa a nossa obrigação!... - ter feito.
 
 
 
A verdade é que o adversário não contabilizou uma única oportunidade real de golo, em todo o jogo. O nosso jogo, apesar de muito mastigado, lento e eivado de erros e equívocos, individuais e colectivos, ainda deu para ameaçar a baliza adversária, em especial na 2ª parte, contabilizando-se uma boa meia dúzia de remates perigosos. Já dentro do último quarto de hora da partida, Cardozo, isolado, rematou forte e em jeito, mas o primeiro guarda-redes adversário (dois dois ou três com que aquela equipazeca costuma jogar, em cada jogo...) - um fulano com um certo ar de guia de camelos egípcio!... - esticou-se todo e tocou a bola com a ponta dos dedos, fazendo-a, caprichosamente, ir ao poste direito da sua baliza e sair pela linha final.
 
Como escrevia um dos pasquins da nossa comunicação social desportiva - sim, porque "A Bola" também é um verdadeiro pasquim!!!... - a diferença esteve na baliza: enquanto o nosso guarda-redes ofereceu um golo, o outro roubou-nos um!
 
Individualmente, só quero destacar Matic, que fez um grande jogo. Muitas vezes esteve sózinho - sim, é verdade!... - no nosso meio campo, e mesmo assim foi dando para as encomendas.
O resto da equipa esteve entre o medícore e o miserável, com especial relevo para toda a defesa e para o miolo. Enzo Pérez, então, fez-me desesperar, tal foi o nível - miserável, mesmo!!! - do seu jogo.
Pior do que Enzo Pérez só mesmo Artur. Pelo segundo jogo, consecutivo, e em replay de outras situações anteriores - uma das quais nos custou 3 pontos contra o mesmo adversário, neste mesmo palco, no ano passado... - o rapaz fez merda! E da grossa! Está, claramente, na altura de se sentar no banco. Aí, ao menos, pode pensar na seleção brasileira sem nos prejudicar. Só me apetece gritar: Vai p'ró caralho!!!
É verdade que não custou oito milhões e meio. Mas está a ficar muito parecido com Roberto...
Tenho saudades de ver um guarda-redes a sério - tipo Bento, ou Preud'home... - na baliza do Benfica. Nesta altura, Paulo Lopes está para Artur, como os dois referidos estão para Roberto...
 
PS - Amanhã temos Taça de Portugal, com a Académica, em Coimbra. Vamos ter Benfica? Ou vamos ter o remake do jogo com aquela mesma equipa para a Taça da Liga?...

sábado, 12 de janeiro de 2013

Poupanças, incúrias e outras maldições...


Vitória (3-2) complicada, por culpa própria, sobre a Académica, em mais um jogo da Taça da Liga...
Muita poupança, muita gente a querer armar em Maradona e a jogar sempre da maneira mais complicada e arriscada possível, erros grosseiros - individuais e colectivos... - e uma continuada fatalidade de, contra o Benfica, os avançados e os guarda-redes adversários serem muito eficazes, iam provocando a nossa primeira derrota no futebol doméstico... que nos deixaria fora das meias-finais da Taça da Liga!
Com uma equipa repleta de muitas segundas (terceiras e quartas...) escolhas - Paulo Lopes; Maxi Pereira, Jardel, Roderick e Luisinho; André Gomes, Ola John, Bruno César e Nolito; Aimar e Lima - o Benfica até entrou a jogar de forma agradável, trocando bem a bola e procurando o golo.
O domínio intensificou-se a partir do quarto de hora de jogo, e Ola John, Nolito, Aimar e André Gomes, tiveram boas ocasiões para inaugurar o marcador, o que, no entanto, só veio a acontecer ao minuto 40, quando Lima, isolado por Bruno César, fintou Peiser e, de pé esquerdo, descaído sobre esse lado, fez o 1-0.
 
Mas, nessa altura o Benfica também já acumulara alguns erros, daqueles que nos parecem impossíveis de cometer...
Eram passes de risco, na zona defensiva, executados de forma absolutamente despropositada e gratuita, passes falhados a distâncias curtas (5 a 10 metros), endossos de bola para onde passava pela cabeça que iriam estar companheiros de equipa (mas que na realidade não estavam!...), enfim... situações incríveis, e inaceitáveis, numa equipa como o Benfica.
E, no último minuto da 1ª parte, Bruno César, no nosso meio campo defensivo, tocou, muito mal, a bola para trás, para Jardel, que, muito lento, se deixou antecipar por Makelele e este, depois de um sprint até à nossa área, chutou para o lado mais distante, deixando Paulo Lopes sem nada poder fazer, empatando a partida.
Se a primeira parte acabou mal, a segunda não começou melhor. É que, logo aos 5 minutos da etapa complementar, Saleiro ganhou uma bola na direita do ataque da Académica, em resultado de mais uma série de maus passes e equívocos do nosso meio-campo e defesa, caminhou em direcção à baliza e rematou para o fundo das redes, sem que fosse mínimamente eficaz a pressão dos nossos defesas. Naquela altura, estávamos fora da competição...
Logo depois, entraram Carlos Martins e Kardec, para os lugares de Bruno César e Aimar. Diga-se que Bruno César fez um jogo muito fraco (e ofereceu, a meias com Jardel) o primeiro golo da Académica. E Aimar, pura e simplesmente, esteve sempre muito ausente do jogo e, quando interveio, só fez misérias, falhando passes, perdendo inúmeras vezes a bola, reclamando por tudo e por nada, e não participando, de todo, nas tarefas defensivas. Ou seja, quase se pode dizer que jogámos com 10 durante quase uma hora de jogo!
Kardec entrou bem no jogo e, quatro minutos depois de ter entrado, empatou a partida. Ola John cruzou desde a direita do nosso ataque e Kardec apareceu, ao poste mais distante, a cabecear para restabelecer o empate. E cerca de 5 minutos mais tarde, o mesmo Kardec recebe, e devolve, um passe de Lima que, na zona frontal da baliza, atira para o 3-2.
Cinco minutos depois a Académica fica reduzida a 10 jogadores, por ter sido mostrado o 2º amarelo, e respectivo vermelho, a Ferreira. Makelele também deveria ter sido expulso, por agressão a Sálvio - até lhe partiu um dente!... - mas o boi preto resolveu mostrar apenas cartão amarelo. O costume!!!
Sálvio, que tinha entrado para o lugar de Nolito, logo depois do 2-2, também não trouxe nada de muito positivo à equipa...
Até ao final do encontro, voltámos a ter um futebol mais lento do que o devia acontecer, embora, mesmo assim, Ola John, Lima (por duas vezes, e em ambas no resultado de excelentes jogadas individuais...) e Carlos Martins, tenham tido ocasião para ampliar a vantagem.
No último minuto do tempo regulamentar, Keita embrulhou-se com Carlos Martins dentro da área da Académica e, ao levantarem-se, armou o punho para agredir o nosso jogador. O árbitro foi, a correr, abraçar o defesa negro. Sem comentários...
Sem jogar bem - longe disso!... - o Benfica controlou o jogo, com mais evidência depois da remontada, e justificava, claramente, uma maior diferença no marcador.
 
Individualmente, Lima foi o homem do jogo. André Gomes também não esteve mal, embora tenha de passar a resolver de forma mais prática as jogadas em que intervém. Kardec veio dar mais acutilância e velocidade ao ataque, e pode ter ganho o seu espaço no grupo de trabalho. Paulo Lopes, tal com Roderick esteve sóbrio e não comprometeu. O mesmo não se pode dizer de Bruno César e de Jardel. As restantes exibições individuais, foram todas sobre o fraco, umas mais do que outras...
É preciso fazer muito mais, e muito melhor, senão... um dia a casa cai!
 
E, atenção, porque vem aí uma série de jogos muita complicada!...
 

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Do bom ao mau... e vice-versa!


 
Depois do miserável jogo em Moreira de Cónegos, voltámos a jogar na Luz.
Um jogo com uma equipa que podia complicar a tarefa do Benfica, já que o Desportivo das Aves está a fazer uma boa campanha na 2ª Liga...
Mas, afinal, acabou por ser bem mais fácil do que o previsto...
Uma vitória por 6-0, numa exibição que teve momentos de muito bom nível... e outros de inacreditável desacerto!
Apesar de tudo, a história do jogo foi a dos golos. A vitória começou a desenhar-se aos 5 minutos, com um golo de Rodrigo, a passe de Gaitán.
Depois veio um hat-trick de Cardozo, com golos aos 18, 22 e 32 minutos. O primeiro, na sequência de uma intercepção de um passe de um defesa do Aves para o seu guarda-redes. E os outros dois, a passes de Rodrigo, que esteve bem na frente de ataque.
Na 2ª parte, e apesar do ritmo ter amainado um pouco, o Benfica marcou por mais duas vezes.
Aos 57 minutos, Rodrigo recebeu um passe de Maxi Pereira e, depois de ter tirado o defesa adversário do caminho, com um belo trabalho individual, rematou de pé esquerdo para o fundo das redes do Aves. E aos 73 minutos, depois de ter sido derrubado na área adversária e de ter sido assinalada grande penalidade, Lima converteu o castigo máximo, fixando o resultado final em 6-0.
Pelo meio, porém, ficaram mais uma mão cheia de ocasiões desperdiçadas (Sim! Poderia ter sido um resultado histórico!...), bem como uns quantos erros e opções muito discutíveis, incompreensíveis numa equipa como o Benfica...
Não se podem admitir tantos passes extraviados e tanto atabalhoamento como o que aconteceu no meio-campo ofensivo e na zona de finalização. Jogadores como Nolito, Bruno César, e mesmo Rodrigo e Gaitán, têm de ser mais eficazes e discernir bem na conclusão das jogadas, em vez de insistir no lance individual, quando deviam optar pelo colectivo, e vice-versa...
E, no meio-campo defensivo, e na zona do miolo, os nossos jogadores tem de deixar de ser complicativos e de insistir nos lances individuais de condução da bola, em dribles e por entre os adversários, na sequência dos quais inúmeras vezes perdem a bola e permitem o contra-golpe adversário.
É incrível como o Desportivo das Aves, apesar de ter sido dominado ao longo do jogo, ainda conseguiu criar duas ou três ocasiões em que podia ter concretizado facilmente...
 
 
Num jogo onde alinharam, de início, Artur, Maxi Pereira, Jardel, Garay e Luisinho, André Gomes, Bruno César, Gaitán e Nolito, Cardozo e Rodrigo, também jogaram Matic (substituíu Jardel, ao intervalo, por lesão deste), Lima (desde os 60 minutos, no lugar de Cardozo) e Sálvio (desde os 75 minutos, no lugar de Rodrigo).
Pelos golos que marcou, Cardozo tem que merecer referência. Mas Rodrigo, que também marcou por duas vezes e assistiu Cardozo em outros dois golos, terá sido o homem do jogo. Mau grado o que (também) falhou...
 
 


 
No passado domingo, o Benfica voltou a jogar para a Liga.
Na Amoreira, com o Estoril, o jogo afigurava-se bem mais difícil. O Estoril está bem no campeonato, vinha fazendo boas exibições e conseguindo bons resultados, e estava motivado pelos últimos resultados, de entre os quais um empate (2-2) com o aquele clubezeco regional da palermo portuguesa, cedido já mesmo em período de compensação...
 
Apesar de algum equilíbrio na fase inicial da partida, a vitória final (3-1) justifica-se inteiramente, e não sofre qualquer contestação.
A partir dos 20 minutos de jogo, o Benfica assumiu, com naturalidade, o controle do jogo. No entanto, a pouca velocidade do nosso meio campo e a exibição mais complicativa de alguns dos nossos jogadores, aliada à boa organização defensiva do Estoril, foram protelando o inaugurar do marcador. A primeira grande ocasião de golo surgiu por essa altura, com Cardozo a falhar a emenda, à boca da baliza, na sequência de um cruzamento da esquerda, de Rodrigo.
O Estoril ia ripostando, e a nossa defesa, em especial Jardel, também comprometia em algumas ocasiões. Passes de risco, desnecessários, maus passes para os nossos jogadores do meio-campo, e alguma passividade na abordagem dos lances, iam provocando alguns sobressaltos. Como aos 32 minutos, quando Luís Leal ganhou o lance a Jardel (muito lento e preso de movimentos...) e rematou, sobre a esquerda, já perto da pequena área, para uma defesa, a dois tempos, de Artur.
O jogo, no entanto, continuava a ser dominado por nós. Melgarejo por muito pouco não marcou, aos 36 minutos, com Wagner a desviar com a ponta dos dedos, levando a bola a sair pela linha final. E, na sequência desse lance, Cardozo apontou o canto (?!?!), do lado direito do nosso ataque, e Gaitán acorreu à bola, perto do bico da pequena área, para, de calcanhar, com o pé esquerdo, fazer a bola descrever um arco e entrar na baliza estorilista pelo seu canto superior direito. Um golo do outro mundo, a premiar quem mais tinha feito por marcar, mesmo que nem sempre o tivesse feito como devia.
E antes do final da primeira parte, poderia ter surgido o segundo golo, quando Rodrigo rematou cruzado, da direita do nosso ataque, fazendo a bola passar por debaixo do guardião Wagner, sendo esta rechaçada já sobre a linha de golo por um defesa canarinho.
Na 2ª parte, o jogo manteve o mesmo sentido e, à medida que o tempo ia passando, acentuava-se o nosso domínio. Até que aos 60 minutos, Gaitán, com um passe magistral, efectuado da esquerda do nosso ataque, coloca a bola no peito de Lima (que entrara ao intervalo, para o lugar de Rodrigo) e este, amortecendo para o seu pé direito, sem deixar a bola cair no chão, fuzilou autenticamente o guardião estorilista, fazendo o 2-0.
Já antes Sálvio tinha recebido a bola à entrada da área, na sequência de um canto, e rematado para uma espectacular defesa de Wagner.
E o mesmo Sálvio, à passagem do minuto 66, num remate acrobático, no interior da área, quase em posição frontal, atirou a bola com estrondo ao poste da baliza do Estoril, ressaltando esta para lá da linha de golo e voltando a sair. Estava feito o 3-0, num lance que foi muito rápido, mas não deixou qualquer margem de dúvida quanto ao facto da bola ter estado, completa e inequivocamente, dentro da baliza adversária. Aliás, nem sequer houve protestos...
Daí até final, o Benfica controlou sempre o jogo.
Ou melhor, quase até ao final.
É que, no último minuto de jogo, na sequência de uma livre marcado na direita do nosso meio campo defensivo, a bola foi cruzada por alto para a zona de jurisdição de Artur e este, parecendo ter o lance controlado, fez-se à bola. Mas deixou-a ressaltar para a frente, para a cabeça de uma adversário que, meio surpreendido, a cabeceou para a nossa baliza. Um frango daqueles à moda antiga! À Quim, pode dizer-se assim...
E o pior é que, no recomeço da partida, já em período de compensação, num cruzamento desde a esquerda da nossa defesa, a bola cruzou toda a largura do campo, atravessando a nossa pequena área, pela frente de Artur, sem que este a recolhesse. Incrível!!! Valeu que o avançado adversário também chegou atrasado à bola...
 
 
A equipa inicial foi a seguinte: Artur; André Almeida, Jardel, Garay e Melgarejo; Matic, Sálvio, Enzo Pérez e Gaitán; Cardozo e Rodrigo. Ao intervalo, saíu Rodrigo e entrou Lima. No decurso da 2ª parte, Ola John redndeu Gaitán (70 min.) e Aimar substituíu Cardozo (75 min.).
Tem que se destacar, pela positiva, Gaitán, não só pelo golo que marcou, mas também pela assistência a Lima para o 2-0, e pelo que jogou e fez a equipa jogar. Garay também esteve, globalmente, bem, tal como Melgarejo. Lima marcou um grande golo, e foi sempre muito interventivo. Sálvio esteve a um bom nível, mas foi muito inconstante. Enzo Pérez começou menos bem, mas acabou a um nível muito satisfatório. Matic e André Almeida não estiveram ao nível do que já fizeram, mas não comprometeram. Cardozo esteve menos bem, tal como Rodrigo. Jardel esteve claramente aquém do que a equipa precisava, comprometendo em alguns lances. Ola John ficou muito aquém do que pode e sabe. Atacou sem chama e defendeu mal e sem consistência.
Aimar, que regressou à competição, entrou com o jogo muito facilitado, já resolvido, e ficou aquém daquilo que se esperava. É verdade que vem de uma paragem prolongada. Mas, talvez por isso mesmo, devia ter sido mais codicioso...
Por fim, Artur. Apesar das boas exibições que já fez, não me está a inspirar confiança nenhuma. Tem cometido falhas mais vezes do que o que devia, algumas das quais inexplicáveis. De entre essas, contam-se algumas situações em que não sai à bola, outras em que deixa a bola passar incólume na sua zona de jurisdição, outras ainda em que se faz tarde aos lances, enfim...
Estamos em vésperas de um clássico e não me esqueço que, no ano passado, a culpa do golo que fez a diferença no resultado final foi sua. Por não ter apanhado uma bola aérea, na pequena área...
Artur está, talvez, instalado na sua área de conforto (como agora se costuma dizer...). É preciso que alguém lhe abane o trono!
É que, no Benfica, Rei é apenas o Eusébio. E à posteriori, claro...