quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Foi-se...



Foi-se... sem honra e sem glória!

O empate (1-1) caseiro de ontem, com o eterno rival, veio, infelizmente, confirmar o que há muito se esperava: o adeus à possibilidade, real, de vencer a única competição que restava, ou seja, o campeonato.
Na prática, não nos aproximámos dos viscondes falidos, que continuam com mais 3 pontos que nós, e deixámos fugir para uma distância de 5 pontos os assumidamente corruptos lá do norte...
É verdade que, teórica e matematicamente, está tudo em aberto, porque ainda há 54 (!) pontos em disputa. Mas também é verdade que, a jogar como jogamos, vamos perder muitos mais pontos e, sobretudo, vamos perder muitos mais que os nossos rivais, que têm sabido, usando todas as formas possíveis, honestas ou não, ser mais eficazes do que nós.
E também é verdade que, nesta altura, já somos o único candidato ao título que não depende só de si para ser campeão...
Somando isso à miserável época que temos feito, ao paupérrimo futebol que temos jogado, à provada incapacidade da nossa equipa técnica e ao completo desnorte e despropósito da nossa direcção e da SAD, não ficarão muitas dúvidas quanto ao que nos espera no restante da época.

Se tivéssemos vencido o jogo de ontem - como se impunha, por diversas ordens de razão!... - estaríamos com os mesmos pontos do verdes e continuaríamos a três pontos dos azuis enegrecidos. E embora isso não mudasse o essencial da nossa realidade, poderia trazer um outro entusiasmo para o que falta do campeonato. A não vitória veio dar a machadada final, apesar de os poderes instituídos insistirem, de forma desesperada, no facto de ainda faltarem disputar muitos jogos.

O jogo de ontem foi mais do mesmo: uma defesa a meter água por todos os lados, um ataque excessivamente rendilhado e totalmente inofensivo, um adversário a aproveitar os nossos erros e fragilidades, e uma arbitragem (árbitro e VAR) a provarem que não há justiça divina. É que, se houvesse, teriam morrido fulminados no acto das suas aleivosidades!
Sofremos um golo inenarrável, aos 18 minutos, na sequência de um fora-de-jogo que nem o árbitro quis ver, nem o vídeo-árbitro quis apontar, com o Grimaldo - mais uma vez!... - a ser incompetente a defender, deixando o adversário (tão baixo quanto ele...) cabecear para a baliza, em plena pequena área.
Fomos escandalosamente complicativos na acção ofensiva e totalmente ineficazes e perdulários na hora de concretizar. E se não fosse o boi de preto (Hugo Miguel) ser "forçado" a marcar um penalty claríssimo - depois de ter feito vista grossa, grossíssima, a outros três!... - o prejuízo ainda seria maior. Valeu, também, que desta vez Jonas converteu o penalty...

Quando o jogo acabou, os adeptos cantaram em apoio à equipa e pediram o "37", o pentacampeonato...
Noutras eras, quando o Benfica e os benfiquistas não se contentavam com empates em casa (mesmo contra os rivais directos...), nem comiam qualquer futebol que lhes servissem, e quando se revoltavam por não estarem em primeiro - e muito mais por estar em terceiro, a cinco pontos do primeiro e a três do segundo!... - o veredicto do Tribunal da Luz seria necessariamente outro.
Mas os benfiquistas de hoje, ou pelo menos um grande número de ditos benfiquistas, parecem-se cada vez mais com os sapos verdes, e já se contentam com empates e terceiros lugares...
Que miséria!!!
Lamentável...

sábado, 30 de dezembro de 2017

Um desempenho inacreditável!...



A despedida da edição deste ano da Taça da Liga aconteceu na noite de 29 de Dezembro, no Bonfim, e foi mais uma mancha negra que vai ficar indelevelmente gravada na história do Sport Lisboa e Benfica...
Um empate (2-2, depois de termos estado a perder ao intervalo, por 2-0...) com o último classificado do nosso campeonato. Setúbal que, à custa do nosso miserável desempenho nesta fase de grupos - empates, na Luz, com Braga e Portimonense, e esta noite em Setúbal... - ficou apurado para a final-four da competição. Inacreditável!

O nosso desempenho esta época está a ser absolutamente catastrófico...

Até esta data, fizemos 34 jogos. Vencemos 16 (47,1%), empatámos 6 (17,6%) e perdemos 12 (35,3%)!!!
Não me lembro de um cenário tão miserável quanto este. Nem sequer no tempo do Quique Flores, ou do Manuel José, quando recebemos um contentor de jogadores importados do Bessa...

Se estabelecermos um comparativo com os nossos adversários, vamos ficar estarrecidos.
E nem vale a pena fazer comparações com os nossos dois adversários mais directos, porque aí o cenário é realmente deprimente.
Mas, comparando com aqueles que nos estão imediatamente abaixo na tabela classificativa, também coramos de vergonha. E de raiva!...

O Braga, entre competições europeias e nacionais, realizou 31 jogos; ganhou 18 (58,1%), empatou 6 (19,3%) e perdeu 7 (22,6%).
O Marítimo, também com as competições da UEFA e nacionais, disputou 26 jogos, vencendo 13 (50%), empatando 8 (30,8%) e perdendo 5 (19,2%).
O Rio Ave, só com competições nacionais, fez 21 jogos; venceu 11 (52,4%), empatou 4 (19,0%) e perdeu 6 (28,6%).

Ou seja... temos a mais baixa percentagem de vitórias (47,1%) e mais elevada percentagem de derrotas (35,3%), comparando com os 4º, 5º e 6º classificados do nosso campeonato!!!...
Incrível! Inadmissível! Ultrajante!!!

Se, a esta realidade, acrescentarmos a vergonhosa campanha na CL, e consequente eliminação das provas da UEFA, depois de termos sido cabeça-de-série na fase de grupos, a recente eliminação na Taça de Portugal, o já esperado não apuramento para a final-four da Taça da Liga, e o deprimente futebol que praticamos, aliado a uma comprovadíssima inconsequência da equipa, então teremos uma dimensão mais fiel do momento actual do nosso futebol...

Não sei onde iremos parar...
Embora tenha uma fundada suspeição acerca daquilo que nos espera nos próximos dias...
O que te fizeram, Benfica?...

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Rebentou...



Rebentou... Rebentou!!!


O que as evidências prenunciavam há muito - e os factos vieram demonstrando, à saciedade, nos últimos tempos... - acabou mesmo por se materializar: esta é uma das épocas mais desastrosas de sempre do futebol do Benfica.



Depois de uma fase de grupos da Champions League com 0 (!) pontos - e apenas um golo marcado, para dezasseis sofridos! - e do consequente afastamento também da Liga Europa, depois de uma eliminação na Taça de Portugal, e de um miserável campeonato, hoje terá sido o adeus também à Taça da Liga, depois do empate caseiro frente ao Portimonense...

A vencer por 2-0 ao intervalo, a equipa fez mais uma exibição vergonhosa, à imagem de (muitas) outras recentes, e foi incapaz, pasme-se, de evitar o empate com um adversário de um nível futebolístico muito, muito, muito baixo!



Uma equipa que joga um futebol miserável, frouxo, inconsequente e incapaz, em que os jogadores se permitem jogar a passo, não disputar os lances com a intensidade que o seu estatuto de profissionais exige, que se tomam por superdotados e se permitem os toques de calcanhar e os desenhos artísticos dos movimentos, acabando sempre por fazer asneira, perder a bola e possibilitar o sucesso aos adversários, não pode merecer o respeito dos sócios e adeptos de um clube como o Benfica!

Se a isso juntarmos um treinador incapaz de pôr ordem na casa e de pôr a equipa a jogar, temos o cenário perfeito para o desastre.
Desastre que, mais do que eminente era certo, só não vendo quem não queria...



Jogou Svilar na baliza, e esteve péssimo em todos os aspectos do jogo, É verdade que a defesa, e a equipa em geral, são um pesadelo enorme nas tarefas defensivas, mas o belga também não fez o que seria normal um guarda redes comum fazer, em nenhum dos golos. Ou muito me engano, ou vamos ter mais um "flop" a acrescentar à nossa já longa galeria...

Os laterais - hoje, de novo, André Almeida e Grimaldo - foram miseráveis a defender, e quase não se viram a atacar. Já não consigo mais aturar a idiotice do espanhol, que se acha com um estatuto de vedeta e, no fundo, rende muito menos do que Eliseu, por exemplo.
Os centrais que Rui Vitória escalou para o jogo eram os que eu esperava, atendendo aos disponíveis. E ambos desiludiram, profundamente. Lisandro porque, naquele estilo de argentino sem miolos, faz uma certa e de seguida comete meia dúzia de asneiras, normalmente com efeitos marcantes. Foi assim em ambos os golos do adversário, ambos na sequência de lances de bola parada, em que nem sequer incomodou quem estava nas proximidades, fosse atrás, fosse à frente. Tal como Rúben Dias, aliás...
Os médios foram de uma mediocridade assustadora. Como, aliás, tem sido hábito. A defender, pura e simplesmente não existem, porque nunca chegam primeiro às bolas divididas, nunca antecipam as jogadas, nunca põem o pé de forma assertiva e decidida, e nunca acompanham nem incomodam os adversários. Hoje foram Samaris, Pizzi e Krovinovic, com Sálvio e Zivkovick nas laterais, e mais tarde Diogo Gonçalves e Keaton Parks - este o menos mau de todos... - mas o resultado foi o mesmo que nos anteriores desafios, ou seja, bolas estupidamente endossadas aos adversários, muito apego à bola e subsequente, e invariável, perda da mesma, decisões paupérrimas e muito jogo para trás e para os lados, enfim... uma coisa absolutamente confrangedora!
Na frente, o treinador continua a insistir em ter apenas uma unidade que, mesmo tendo a qualidade de Jonas, fica muito aquém do que uma equipa como o Benfica necessariamente terá de ter.



Esta equipa, e este futebol, estão cada vez mais à imagem do que é Rui Vitória: muita parra e (muiiiiiito!...) pouca uva. São toquinhos para trás e para o lado, um rodopios à volta de si mesmos e, por vezes, dos adversários, umas coreografias muito amaricadas, mas uma falta de eficácia exibicional e de resultados que é arrepiante, mesmo a jogar contra um qualquer Portimonense... na Luz!




A vitória, gorda, do passado domingo, em Tondela - que, apesar de tudo, teve muito do mau que hoje voltámos a ter... - foi, afinal, uma regra para confirmar a excepção, depois de uma eliminação da Taça de Portugal que teve o condão de nos envergonhar a todos e que, ao que parece, também envergonhou um pouco os jogadores. Pena que esse sentimento tenha sido de pouca dura...


Cada vez está mais difícil alimentar a paixão!...
Está na hora de os sócios exigirem uma profunda vassourada, de cima a baixo. Da direcção aos jogadores, passando por todos os sectores que, por incompetência ou omissão, estão a ofender profunda e marcadamente, a nação benfiquista!

Tal como há três anos, já me estragaram o Natal...


PS - Se fosse eu a gerir os destinos do clube, os meninos este ano tinham feriado no dia de Natal. E já seria mais do que merecem...

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Pelas pontas...


Este espaço está fechado desde há dois anos.

De então para cá, muito aconteceu.
Hoje, estamos pelas pontas...

Depois de um tetracampeonato, de boas campanhas europeias, de vencer taças da Liga e de Portugal, eis que tudo se inverteu. Bem, na verdade, o nosso futebol, mau grado essas conquistas, não foi, nesse período, inequivocamente correspondente ao volume de títulos conquistados.
Na verdade, o que mudou, essencialmente, foi que agora os resultados desapareceram, mau grado a qualidade do nosso futebol também ter piorado um pouco...

Quer dizer, um pouco talvez seja favor.
De facto, estamos fora das competições europeias, depois de termos feito... zero pontos, um golo marcado e catorze sofridos, tendo saído do pote um e ficado num grupo com Manchester United, Basileia e CSKA. Inacreditável!!!
Ah... e acabámos de ser eliminados nos oitavos de final da Taça de Portugal, depois de termos perdido com o Rio Ave (3-2, após prolongamento)...

Luís Filipe Vieira desbaratou a equipa campeã do ano passado, reincidindo nesse tipo de postura.
Vendeu Edersson, Lindelof e Nélson Semedo. Entretanto, já antes foram despachados Enzo Pérez, Gaitán, Talisca, Bernardo Silva e Gonçalo Guedes, ... .
Vieira está, agora, voltado para a universidade do Benfica e para a rádio Benfica, de entre outras coisas. Não enfraquecer a equipa de futebol - no fundo o "core business" do Benfica - é que está quieto...

Depois deste início de época desastroso - 12 derrotas, 4 empates, 14 vitórias, entre particulares e oficiais, nacionais e internacionais - com a equipa a jogar o que joga, com um grupo enfraquecido, e com os adeptos a darem claros sinais de impaciência, e aproximando-se desafios complicados, e decisivos, para as únicas duas competições que nos restam (Taça da Liga e Campeonato - Tondela [f], Portimonense [TL, c], Setúbal [TL, f] e Sporting [c]) num curto espaço de 3 semanas, isto deverá, mesmo, estar pelas pontas...

Há paixão!
Haja coração...

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O que te fizeram, Benfica?...


Fez-me bem o tempo que estive ausente no estrangeiro...
 
... Quer dizer: continuei a sofrer pelo Benfica, a festejar os êxitos e a desesperar com os insucessos. Mas, o distanciamento físico obrigou-me a uma postura de maior passividade quanto ao dia-a-dia da equipa...
Estes quase sete meses ajudaram a serenar um envolvimento emotivo que vinha em crescendo... e me perturbava o quotidiano!
 
Retornado ao lar, volta a intensidade na relação com o Benfica...
E, agora, com bastos motivos de preocupação!
 
Depois de um final de época positivo, com a conquista do bi-campeonato e da Taça da Liga, eis que tudo se precipita.
 
O treinador muda-se para o outro lado da Segunda Circular, cuspindo no prato em que comeu durante seis anos, e desrespeitando o clube que lhe deu projecção mundial... e títulos!
(É verdade que sempre defendi que o lugar dos porcos é na pocilga - http://diariodebenfiquista.blogspot.pt/2014_03_01_archive.html - junto dos seus pares, sejam eles azuis, verdes, amarelos ou castanhos e, por isso, não me aborreceu por aí além a saída. Ou seja, não foi o facto em si, mas o modo como aconteceu...)
Um dos capitães de equipa, com tanto tempo de futebol fora do seu Uruguai natal como de Benfica, muda-se para a pocilga das Antas, depois de andar a engonhar durante todo o final de época e, depois, durante a Copa América.
 
Em simultâneo, o Benfica anuncia a contratação de Rui Vitória como treinador da equipa de futebol...
 
O presidente anuncia que a altura é de conter custos e reduzir o orçamento, declara uma aposta forte na formação, e desbarata - quer dizer, continua a desbaratar!... - a equipa campeã, vendendo os mais cobiçados e valiosos ao preço da uva mijona! Atletas da formação incluídos, pois claro!
Ao mesmo tempo, a estrutura directiva agenda uma participação na Champions Cup Europa/América, a troco de 3.5 milhões de euros, que ocupa 17 dias da pré-época, obrigando a viagens longas e continuadas e a jogar em ambientes difíceis, em termos de temperatura e altitude.
A cereja no topo do bolo é a disputa da Eusébio Cup longe de casa, mais propriamente no México, frente a uma equipa insignificante no panorama futebolístico mundial!
 
O resultado de todas estas incidências não podia ser pior: pré-época sem uma única vitória, jogadores a arrastarem-se pelos estádios sem chama e sem vigor, e mais uma derrota na Eusébio Cup, por 0-3, frente a esse colosso mundial que é o Monterey, a quem saiu a sorte grande e todas as terminações e prémios menores...
Foda-se!!!
 
E hoje, mais um desastre: jogo absolutamente miserável, e Supertaça perdida (0-1) para os viscondes falidos, agora liderados por essa avantesma execrável que é Jorge Fernando!!!
Foda-se! Foda-se! Foda-se!!!!!!!!!!!!!
 
Que te fizeram, Benfica?...

domingo, 21 de dezembro de 2014

INACREDITÁVEL...



... É o mínimo que se pode dizer da situação actual do nosso futebol!

É incontestável que, independentemente de tudo o que possa condicionar o presente, existe um passado que também o conforma, condiciona e acomoda, e que perspectiva um futuro com identidade.
Contudo, no Benfica as coisas mudam drasticamente de um dia para o outro, com pessoas, sistemas e redes relacionais a baralharem-se e a contradizerem-se, sem qualquer continuidade lógica ou congruência, passando de um extremo ao outro sem qualquer tipo de racionalidade.
E... não! Não há qualquer exagero nesta constatação! É mesmo assim que as coisas se passam! Basta olhar à volta...


No passado domingo, na pocilga dos corruptos de Contumil, sem fazer uma exibição de encher o olho, fomos uma equipa consistente, solidária, corajosa e, sobretudo, muito inteligente. Resultado: vencemos por 2-0, sem espinhas! Não fomos quem mais atacou, nem quem mais rematou; mas fomos quem melhor defendeu, quem foi mais disciplinado tacticamente, e quem foi mais eficaz na concretização.

Na 5ª feira, numa partida crucial para a nossa época desportiva, em especial depois de estarmos fora das competições europeias, não fomos nada do que tínhamos sido no jogo anterior. Contra a sucursal B dos corruptos, sita à cidade dos arcebispos, até estivemos a ganhar por 1-0, ao intervalo, mas depois só fizemos merda! Sofremos dois golos em dez minutos, por erros que nem o Freixo-de-Espada-à-Cinta comete - André Almeida deixou a bola passar por entre as pernas ao aliviar um cruzamento, na sequência de um canto, e um gajo gordo como um texugo conseguiu fazer um slalom de 50 metros, desde o seu meio campo, serpenteando entre a ala e o meio do campo, sem que ninguém o travasse, e ainda conseguiu rematar para fazer o golo!!!... - e daí até ao fim do jogo foi um espectáculo horripilante de precipitação e ineficácia, ao mesmo tempo que um infeliz vindo lá do frio da Rússia aproveitou para fazer, na baliza dos corruptozinhos, o jogo da vida dele... e de toda a sua família!
Ah... e ficámos fora da Taça de Portugal, pouco tempo depois de terem ido às malvas a Champions e a Liga Europa!

Hoje, recebemos o último classificado da Liga, ainda sem vitórias, de novo no nosso estádio, e voltámos a ser inovadores: desta vez, não fomos só uma merda a defender; fomos, também, a atacar!
Ganhámos ao Gil Vicente por 1-0, com um golo marcado pelo Gaitán depois de Maxi Pereira ter mandado a bola ao poste, numa jogada em que estava fora-de-jogo.
Não criámos nenhuma ocasião de golo digna desse nome, demos as costumeiras fífias e espaços na defesa - valeu a inépcia dos gilistas... - jogámos sempre devagar, devagarinho e parados, e muito cedo deixámos de disputar a partida com a garra e a determinação que se impunha.
Vão-se foder!!!


Uma dúvida me tem assaltado nos últimos tempos, a qual me é recordada sempre que ouço Jorge Jesus, e mesmo diversos comentadores - nossos e da concorrência... - referirem-se à onda de lesões e indisponibilidades que temos encontrado nos últimos tempos: será que, mesmo com esses défices temporários, os nossos adversários têm melhores recursos do que nós?
Será que corruptos B e Gil Vicente têm mais soluções à disposição do que o Benfica?
Não me venham com merdas! Não é disso que se trata; trata-se, antes, de uma questão de atitude e de estrutura mental que não existe no Benfica actual, e cuja cultura se perdeu há muito e não se quer recuperar!!!
O Benfica nem sempre teve melhores plantéis, mas, mesmo quando os adversários eram superiores, todos os que jogavam deixavam a pele em campo!
E, sim, naquela altura jogava-se quase sempre a meio da semana também, inclusivamente até se agendavam particulares e digressões, imagine-se!
Hoje, as inúmeras prima-donna que nos enchem o balneário ficam muito cansadas quando têm de jogar mais do que uma vez por semana, lesionam-se demais - às vezes até por conveniência... - e não raramente estão em campo a pedir para serem substituídas!
Vão-se foder!!!


Deram-me cabo de qualquer resquício de espírito natalício que esta puta de vida ainda tivesse deixado incólume...
Para vocês, um Bom Natal.
Sinceramente.
... O meu já era...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Um triste adeus...



Já com o futuro resolvido, no que concerne às competições internacionais, o Benfica fez ontem na Luz o último jogo desta temporada europeia...

Estiveram pouco mais de 17 mil espectadores na Luz.
E eu também não fui lá...
Mais do que frustrante, é penoso ver-mo-nos fora das provas da UEFA tão precocemente. Para mais quando, objectivamente, tínhamos obrigação de estar apurados. Para a Liga dos Campeões, entenda-se. No fim, nem para a Champions, nem para a Liga Europa.
Miserável. Inconcebível. Incomportável, quer desportiva, quer financeiramente.
Quem não perdeu qualquer jogo com a equipa que se classificou em 1.º lugar do grupo, tinha necessariamente que ter-se classificado para a fase seguinte...

Vi o jogo pela televisão, tentando nem sequer o ver...

Numa equipa de segundas linhas - apenas alinhou um dos habituais titulares, precisamente André Almeida... - a entrada em jogo foi insegura, mas aos poucos a equipa foi-se recompondo. A ponto de ter sido claramente superior aos alemães, a partir dos 10 minutos iniciais.
E se Lima não tem falhado, escandalosamente, o golo, aos 11 minutos, em pleno coração da grande área, só com o guarda-redes pela frente - ainda por cima deitado no chão, depois de uma defesa incompleta... - o jogo teria ido para o intervalo com uma menor injustiça, tal a preponderância do Benfica.
Com Pizzi a comandar o jogo, distribuindo para as alas onde Ola John e Bébé estiveram muito activos, e com uma defesa segura - quer na zona central, com César e Lisandro, quer nas laterais, com André Almeida e Benito, as nossas reservas iam dando para o Leverkusen. Pena que, na frente, embora batalhadores, nem Lima nem Derley tenham logrado acertar na finalização...

Na segunda parte o jogo foi mais equilibrado, com os alemães a acertarem melhor nas marcações e, aqui e ali, a tentarem chegar com mais perigo à nossa baliza.


De positivo, assinala-se o contributo de muitos jovens, alguns dos quais portugueses, tendo feito exibições agradáveis Pizzi, João Teixeira e mesmo Nélson Oliveira, para além de André Almeida. Bébé esteve relativamente bem na primeira parte, mas muito trapalhão na segunda.

Também positivas foram as exibições de César, Lisandro Lopez, Cristante e Ola John. Benito esteve melhor do que nas últimas partidas em que interveio - embora pior fosse quase impossível...
Lima, Derley e Talisca, que fez uns minutos na parte final do encontro, estiveram aquém das necessidades.
Artur, surpreendentemente, esteve bem, embora tenha tido pouco trabalho. Está a fazer-lhe muito bem ficar no banco...
Talvez esteja a faltar isso também a outros elementos do grupo...


No fim desta campanha europeia, fica um grande amargo de boca...
E um grito de revolta na garganta!

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BENFICA, 0 -  BAYER LEVERKUSEN, 0
Liga dos Campeões 2014-2015  -  6ª jornada

09/12/2014, 19:45 horas, Estádio da Luz, cerca de 17.000 espectadores.
Transmissão TVI

ÁRBITROS: Aleksei Kulbakov; Andrei Getikov e Oleg Maslyanko; Dmitri Zukh.

BENFICA: Artur; André Almeida, César, Lisandro López e Benito; Cristante, Pizzi, Bébé (João Teixeira, 87 min.)  e Ola John; Lima (Talisca, 62 min.) e Derley (Nélson Oliveira, 76 min.).
Suplentes: Paulo Lopes, Sílvio, Jardel, João Teixeira, Gonçalo Guedes, Talisca e Nélson Oliveira.

BAYER LEVERKUSEN: Leno; Hilbert, Toprak, Spaich e Boenisch; Castro, Rolfes (Kiessling, 83 min.), Bellarabi, Çalhanoglu e Kruse (Brandt, 45 min.); Drmic (Son, 71 min.).
Suplentes: Kresic, Jedvaj, Wendell, Yurchenko, Son, Brandt e Kiessling.


MARCADOR: 0-0
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