quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Sofrimento totalmente escusado... e incompreensível


Foi um sofrimento totalmente escusado... e incompreensível, o que resultou do jogo em que se disputou a Supertaça 2013/2014, no passado domingo, com o Rio Ave...

Totalmente escusado... porque o Benfica jogou mais do que o suficiente para resolver o jogo, com muitos golos, nos noventa minutos da partida.
Totalmente incompreensível... porque não se pode criar tantas, e tais, oportunidades de golo, e não concretizar nenhuma. Pelo menos a este nível, isso é totalmente incompreensível, e inaceitável...

Ao contrário do que a pré-época faria supor, a equipa até entrou bem no jogo, a jogar rápido e a pressionar, criando desde cedo inúmeras oportunidades para chegar à vantagem.
Pelo contrário, o Rio Ave nunca esteve em posição de discutir o jogo, fosse pelo cansaço acumulado na partida da 5.ª feira anterior, fosse pela postura do Benfica. É sintomático o facto de, durante a 1.ª parte, apenas ter logrado rematar uma vez, sem qualquer tipo de perigo, e de apenas ter criado uma situação mais complicada para a nossa baliza quando Artur, sobre o final da 1.ª parte, depois de receber uma bola da nossa defesa, se lembrou de inventar, driblando um atacante adversário e quase deixando a bola disponível para outro, que estava próximo...
Artur, no seu melhor...



Do lado do Benfica, e apesar do volume e de alguma qualidade do jogo jogado, continua a haver muita gente a não conseguir acertar um remate, muita gente a tomar as opções mais parvas e descabidas na hora de decidir o que fazer à bola, e muita gente a falhar escandalosamente ocasiões para fazer golo.
É verdade que, como já é habitual nos nossos jogos, também os guarda-redes adversários primam sempre por grandes exibições e defesas impossíveis. Neste jogo, voltou a cumprir-se a regra: Cássio fez defesas do outro mundo e, como é habitual, também, defendeu bolas sem saber muito bem como. E quando não era Cássio, lá estava o defesa a safar, sobre a linha de golo...

O que é facto é que o jogo terminou sem que o Benfica tenha conseguido marcar, apesar de muitas ocasiões ter criado, e desperdiçado, em especial na 1.ª parte...

O prolongamento veio confirmar o sentido do jogo, sendo visível que o Rio Ave ia apostando tudo em não sofrer golos e em levar a decisão para os penalties, e o Benfica ia perdendo gás com o aproximar do fim do prolongamento.


Na decisão, nos pontapés da marca de grande penalidade, emergiu um herói improvável: Artur.
Artur que, no decurso do jogo nos provocou alguns arrepios, acabou por defender - sim, defender!... não foram os adversários que falharam... - três grandes penalidades, dando assim a Supertaça ao Benfica, mesmo sem ser necessário apontar o último pontapé da marca de grande penalidade!...



Vale o que vale, e Artur não passou a ser um grande guarda-redes pelo feito. Mas, pelo menos, desta vez pode dizer-se que cumpriu a sua missão...


Do jogo ficaram algumas certezas, como sejam a importância de Enzo Pérez na equipa (mesmo sem ter feito uma excepcional exibição...) e de Gaitán (embora tenha de ser mais objectivo e não inventar tanto, em especial quando não é preciso...), ou a necessidade imperiosa de reforçar as peças do ataque e aprimorar o seu desempenho, incluindo os lances de bola parada e os remates de longe, ou ainda a necessidade estrema de contratar um guarda-redes realmente capaz e um médio box-to-box, que tome conta de todo o miolo da nossa equipa.
É que, como disse Jorge Jesus no final do jogo, "esta foi a final mais fácil das três jogadas com o Rio Ave", nos últimos tempos...



Uma nota final, apenas para reiterar a ideia de termos feito uma pré-época miserável e de se estar a preparar a equipa com um amadorismo e uma navegação à vista que até dói!...

Amanhã falará, na BenficaTV, Luís Filipe Vieira. Dirá alguma coisa? Ou irá dar razão a quem acha que tem gerido a política de contratações e dispensas de forma miserável, pouco clara e sem qualquer tipo de rumo?...
A ver vamos. O
u tem explicação plausível e lógica para o que tem feito, ou confirmará, apenas, que, para a nação benfiquista, já está na porta de saída...

... A mim, já não me enganará mais...


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BENFICA, 0 -  RIO AVE, 0  (3-2 após g.p.)
Final da Supertaça Cândido de Oliveira

10/08/2014, 20:45 horas, Estádio Mário Duarte (Aveiro), cerca de 30.000 espectadores.
Transmissão RTP1

ÁRBITROS: Duarte Gomes; Ricardo Santos e Venâncio Tomé; Luís Ferreira.

BENFICA:Artur; Maxi Pereira, Luisão, Jardel e Eliseu; Rúben Amorim, Enzo Peréz, Salvio (Bebé, 105 min.)  e Gaitán (Ola John, 100 min.); Talisca (Derley, 69 min.) e Lima.
Suplentes: Paulo Lopes, André Almeida, César, Ola John, Jara, Bebé e Derley.


RIO AVE: Cássio; Nuno Lopes (Wakaso, 89 min.), Marcelo, Prince e Tiago Pinto; Pedro Moreira (Diego Lopes, 55 min.), Tarantini e Filipe Augusto; Ukra, Hassan (Boateng, 55 min.) e Del Valle.
Suplentes: Ederson, Roderick, Diego Lopes, Wakaso, Bressan, Vilas Boas e Boateng.


MARCADOR: 0-0, Tarantini (defende Artur); 0-0, Derley (defende Cássio); 0-1, Filipe Augusto; 1-1, Lima; 1-2, Ukra; 2-2, Bebé; 2-2, Diego Lopes (defende Artur); 2-3, Luisão; 2-3, Tiago Pinto (defende Artur).
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PS - Buonanotte Principessa...

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