Meio jogo, foi quanto durou o futebol do Benfica, na partida com o Anderlecht, no fecho do Torneio do Guadiana.
Depois de uma entrada em jogo muito pouco convincente, a bola foi sendo, progressivamente, mais bem tratada, e o Benfica foi pressionando mais e melhor, acertando mais os passes e, sobretudo, emprestando mais ritmo e qualidade ao jogo. Marcou-se um golo, mas podiam ter-se marcado outros mais. Continua a ser preocupante o desacerto na finalização e, nesta partida, destacou-se nesse (mau) aspecto o Jara que, à sua conta, perdeu um bom par de ocasiões para desfeitear o guarda-redes contrário..
Com os homens do ataque a movimentarem-se continuamente, com o jogo a ser pautado por um miolo constituído por Witsel e Matic, e com as alas dinamizadas por Enzo Perez e Nico Gaitán, viu-se o melhor Benfica desta pré-época.
Nos antípodas, a defesa continuou a ser um autêntico passador, e até o guarda-redes Artur parece estar a ficar contaminado. Foi assim que o Anderlecht, sem que o justificasse minimamente, empatou o jogo, na sequência de (mais) um lance caricato, onde a acção de Fábio Faria (no primeiro lance que disputou na posição de central, depois do abandono de Miguel Victor...) e a de Artur se conjugaram (embrulharam-se...) para facilitar a vida ao avançado do Anderlecht Lukaku. E, mais tarde, depois de um slalom pela meia esquerda, o atacante do Anderlecht, Suarez, deixou para trás o André Almeida e o Enzo Perez (este até desistiu da jogada...) e rematou cruzado para o poste mais longínquo, batendo pela segunda vez Artur (que voltou a parecer-me não ter feito tudo o que podia para evitar o golo...).
Na segunda parte, com a entrada das vacas sagradas Aimar e Cardozo, e também de Bruno César (que começa a desaprender...), o futebol do Benfica foi perdendo qualidade e voltámos a ter o Benfica miserável que viramos até então nesta pré-época. E nem Nolito, nem Urreta, bastaram para equilibrar os pratos da balança...
O jogo parecia não ter solução, com Cardozo a voltar a ser paupérrimo, quer no jogo jogado, quer na movimentação e na procura de espaços, e com Aimar armado em Maradona displicente, a entregar, continuamente, a bola aos adversários, na sequência de passes que só ele entendia, retirando, invariavelmente, qualquer possibilidade de sucesso à equipa. Enfim, um cenário horripilante, auto-criado e nunca corrigido, nem de dentro do próprio jogo, nem de fora para dentro, por quem tinha a missão (e o dever!...) de orientar a equipa.
Acabou por ser, uma vez mais, o dispensado-mor (Urreta) a marcar um golo de belo efeito e a dar o troféu ao Benfica, embora sem o brilho e a glória que todos queríamos.
Referências pela positiva - além das já mencionadas acima... - para Javi Garcia, muito bem no lugar de central adaptado, e também Saviola, que fez um jogo agradável, em contraste absoluto com o que vinha sendo habitual.
Amanhã (hoje...) há mais, na Luz, com o Toulouse.
Esperamos que haja mesmo mais... e muito melhor!
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