sábado, 26 de novembro de 2011

Apesar de tudo, foi fraquinho...



Os últimos compromissos do nosso futebol tinham graus de dificuldade diferentes: a Naval, para a Taça de Portugal, na Figueira da Foz, e o Manchester United, para a Champion's League, em Old Traford.
Num, e noutro, fiquei com um travor a pouco...

Na Figueira, com a Naval, independentemente do autêntico dilúvio que aconteceu no decurso do jogo, e de ter jogado uma equipa quase só de segundas escolhas, a partida foi muito mal jogada, com inúmeras falhas (técnicas e tácticas...) individuais e colectivas, numa espiral de ansiedade que apenas acalmou com o golo de Rodrigo, já para lá do minuto 70, dois ou três minutos depois de ele ter entrado em campo. E, mesmo assim, ainda se permitiu que a Naval desenhasse algumas jogadas no nosso meio campo defensivo, que poderiam ter tido consequências menos agradáveis...
Enfim, mesmo não querendo ser redutor, tem de admitir-se que foi muito pouco para o que deveria ter sido. O jogo, e o resultado...

Em Manchester a tarefa era de extrema dificuldade. Embora, como continuo a crer, o Benfica tem sempre boas hipóteses de sucesso contra equipas do futebol inglês, essencialmente se souber ser rápido nas acções ofensivas e organizado no desempenho defensivo.
O jogo não podia ter começado melhor para nós. Aos 3 minutos, Gaitán cruzou do lado direito do nosso ataque, depois de uma jogada de bom recorte técnico, colectiva e individualmente, e a bola foi rechaçada pelo central Jones... para dentro da sua baliza!
Até aos 30 minutos o Benfica fez um jogo relativamente conseguido, controlando bem a meio campo e não dando espaços na zona defensiva próxima da grande área. Apesar de tudo, já dentro do último quarto de hora da primeira parte, de um lance de bola parada (livre marcado do lado direito da nossa defesa) nasceu o golo do empate, da cabeça de Berbatov, que apareceu entre os nossos centrais (Luisão deveria ter feito melhor...) a cabecear de cima para baixo, cruzado, para o poste mais longe, não dando hipóteses a Artur Moraes.
Na 2ª parte, à passagem do primeiro quarto de hora, já depois da saída de Luisão, por lesão, Fletcher apareceu nas costas da defesa, acorrendo a uma bola metida no coração da grande área, para marcar o segundo do Manchester. Afortunadamente, logo depois, aos 61 minutos, após uma jogada de insistência na asa esquerda do nosso ataque, Aimar aproveitou um desentendimento entre o guarda redes e o central do United para, já na pequena área, atirar para o fundo das redes, repondo a igualdade.
Até ao final do jogo assistiu-se a um jogo vivo, mas não muito bem jogado, com o Benfica a tentar controlar as operações. Neste particular, a entrada de Matic (para o lugar de Aimar, avançando Witsel para o apoio a Rodrigo...) para fazer companhia a Javi Garcia no meio campo defensivo, surtiu efeito, já que a partir daí não mais o Manchester chegou com verdadeiro perigo à nossa baliza. Foi, até, o Benfica quem poderia ter marcado, em duas ocasiões claras, nomeadamente através de Rodrigo que, ao contrário do que sucedera nos jogos anteriores, não foi tão eficaz quanto tem sido.
Apesar de tudo, ficou a sensação de algum sabor a pouco...
É preciso mais qualquer coisa. E vencer, claro!

Os próximos desafios são de grande dificuldade e vão exigir mais qualidade, mais intensidade e mais eficácia. E o facto de se jogar por mais de uma vez com o mesmo adversário, num curto espaço de tempo, também não ajuda nada...
Para já, vamos ter amanhã o derby. Sem Luisão, quase garantidamente, o que é uma contrariedade de monta. E o adversário está forte...
Vamos a ver.
Mas que é preciso mais, e melhor, disso não há dúvidas...

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