Foi curta, muita curta mesmo, a exibição da equipa no jogo do passado domingo, frente ao Gil Vicente.
A vitória (3-1) foi muito suada, só tomou forma à entrada do último quarto de hora da partida, e teve alguma dose de felicidade...
Depois do golo inaugural, de Cardozo, quase à meia hora da 1ª parte, o Gil Vicente empatou, num remate de ressaca, após a marcação de dois cantos consecutivos, à beira do intervalo. Após o descanço, o jogo melhorou um pouco, mas o Benfica continuou a denotar muita lentidão e a não ser objectivo, nem consequente, especialmente no ataque.
A equipa está muito permissiva, a defender mal (e muito junto à sua área...), e insiste em mastigar o jogo, de forma exasperadamente pausada, com irritantes trocas de bola entre os defesas e o guarda-redes, muitas vezes incorrendo em gratuitas situações de risco. É preocupante que, nos jogos para a Liga, no nosso estádio, todas as equipas adversárias - à excepção dos viscondes falidos... - marcaram golos. E muitos deles altamente consentidos...
Na 2ª parte do jogo, especialmente com a entrada de Aimar (para o lugar de Gaitán, aos 57 minutos), as coisas mudaram um pouco e Rodrigo, aos 73, e Aimar, aos 75 minutos, fizeram o resultado final. No golo de Rodrigo, resultante de um pontapé de longe, a bola acabou por ser desviada por um adversário, sobre a zona da grande penalidade, traindo o guarda-redes adversário. Foi um lance de alguma felicidade, embora a equipa já justificasse a passagem para a frente do marcador. O golo de Aimar, dois minutos depois, arrumou com a questão.
Destaque, pela positiva, para Aimar, que veio pôr ordem na organização ofensiva da equipa e, até, marcar um golo. Também Nolito, sem ter estado brilhante, esteve muito bem, com mais duas assistência para golo (a Cardozo e a Aimar, nos primeiro e terceiro, respectivamente). Cardozo esteve um pouco abaixo do que se poderia esperar, mas marcou mais um golo.
Pela negativa, tem que se referir a defesa e o meio campo defensivo, que deixaram jogar a equipa adversária com um grande à vontade. Gaitán também esteve muito abaixo do que pode fazer. Até Artur esteve, a espaços, mal. No golo do Gil Vicente, por exemplo, poderia ter feito muito mais!...
Enfim... volto a dizer que a equipa tem de se concentrar apenas no que é importante, que é trabalhar bem e jogar com rigor, objectividade e muita garra, para levar de vencida todos os adversários.
Pelo contrário, temos assistido a muitas entrevistas, a muitas declarações despropositadas e a um protagonismo estupidamente exagerado de jogadores e demais elementos.
Humildade, trabalho e muito empenho, é o que tem que marcar a actuação de todos. É que, se estivermos como estivémos no passado domingo, não vamos lá! De certeza!...
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