quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Uma (meia) exibição animadora...


Finalmente... uma exibição animadora! Bem... meia exibição.

O jogo com a União de Leiria poderia apresentar algumas dificuldades. Fosse porque os leirienses tinham vencido em casa os últimos quatro jogos, fosse porque Manuel Cajuda é uma velha raposa do futebol português, ou fosse, ainda, porque contra o Benfica todos jogam sempre a 200%...

Confesso que as minhas primeiras impressões - vi o jogo em casa... porque a gripe não me deixou ir à Marinha Grande! - não foram as mais reconfortantes. Desde logo porque nos faltava Aimar - mais do que Gaitán, Aimar é fulcral na equipa, nomeadamente a fazer a equipa jogar... - mas, também, porque não gosto nada de ver aquele equipamento esquisito na pele dos nossos jogadores...
Além disso, entrámos muito desconcentrados, a deixar o Leiria jogar na nossa zona intermediária, ensaiando alguns lances de ataque, como o que resultou numa bola enviada para a nossa baliza, com Artur já batido, salva pela intervenção de Maxi Pereira, quase sobre a linha de golo.
Mas o jogo foi ficando mais equilibrado e, logo depois, apareceu o golo (de belo efeito...) do Bruno chuta-chuta César. E, depois dele, surgiram mais umas quantas ocasiões para ampliar o score, com Cardozo e Rodrigo ora a falharem, ora a permitirem excelentes intervenções do guardião Gotardi que, em minha opinião, foi apenas o melhor elemento do Leiria.


Embora o Leiria tentasse responder, o comando do jogo estava decididamente do nosso lado, mau grado algumas (habituais...) perdas de bola, quer na nossa zona de construção de jogo, quer mesmo junto à area adversária, as quais representam sempre factores de algum risco para a nossa equipa, normalmente balanceada no ataque e nem sempre rápida e eficaz a responder. Neste particular, a nossa lateral esquerda defensiva (leia-se, Emerson...) voltou a dar algum espaço. E, um tanto inexplicavelmente, também Garay e, a espaços, Luisão, tiveram intervenções menos felizes. Muito por culpa do nosso défice no miolo do terreno, onde o Leiria tinha sempre três, e por vezes quatro, elementos, para Javi Garcia e Witsel. Javi esteve quase sempre bem (embora tenha de ser mais cauteloso com as entradas mais ríspidas sobre os adversários...), mas Witsel pecou, algumas vezes, por ser lento e complicativo.
Nas faixas laterias do meio campo, tanto Nolito, na esquerda, como Bruno César, na direita, estiveram à altura das necessidades. Tanto um como outro são tacticamente disciplinados e juntam criatividade q.b. à sua acção ofensiva. Nolito, mesmo quando não está ao nível do que já fez (como foi o caso de Leiria), é um jogador que dá gosto ver jogar, pela intensidade e garra que coloca em cada lance que disputa, seja a defender, seja a atacar.
No ataque, Cardozo voltou a ser determinante, não só pelo que jogou e fez jogar, mas também pelo espectacular golo que marcou, na fase inicial da 2ª parte (fazendo o 0-2), que veio trazer a tranquilidade necessária para uma exibição bem mais autoritária na etapa complementar.


Rodrigo também esteve muito interventivo, e foi premiado com dois golos de bom recorte técnico: o 0-3, em jeito, a desviar do guarda-redes adversário, depois de uma assistência brilhante de Bruno César, e o 0-4 a acorrer a um cruzamento com conta, peso e medida, realizado por Maxi Pereira, do nosso lado direito, para a zona central da grande área, em frente à baliza leiriense.


O jogo, em especial na 2ª parte, foi disputado a um ritmo muito vivo, nada habitual na liga portuguesa, e... trouxe-nos um cheirinho do futebol entusiasmante e avassalador do ano do último título de campeão...
A partida decorria de tal modo a nosso favor que, mesmo quando Jesus mexeu na equipa - entraram Saviola, Rodrigo Mora e Matic, para os lugares de Cardozo, Rodrigo e Javi Garcia - o rumo dos acontecimentos se manteve. Dos que entraram, Saviola e Matic cumpriram, mas Rodrigo Mora voltou a demonstrar que lhe falta qualquer coisa para vingar neste plantel. Pode ser que venha a evoluir, mas parece realmente ser jogador a menos para o Benfica...


Ainda não ganhámos nada, e vai ser preciso manter este nível, e esta postura, de forma consistente e continuada, para se concretizarem as vitórias e os títulos que todos almejamos...
Além disso, concentração, muito trabalho e genuína humildade, são indispensáveis para o percurso que nos espera, até ao final...


E muita paixão, claro!!!

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