Depois de uma vitória (5-1) no jogo de angariação de apoios para as vítimas da fome, disputado na Luz, em que teve por opositor uma equipa denominada por qualquer coisa parecida com "Os amigos de Figo e o resto do mundo" (?), formada por antigas estrelas do futebol, o Benfica partiu para a Polónia, para participar no torneio Wroclaw Polish Masters, que reuniu o Atlético de Bilbau, o PSV Eindhoven e o campeão polaco, o Slask Wroclaw.
E, então, depois do regresso do futebol - que anunciei alegremente no anterior post... - eis que regressam, também, e em abundância, as "misérias" que nos têm sido comuns nos últimos tempos...
Já no jogo de ontem - vitória por 2-4 sobre o Slask Wroclaw - depois de uma exibição apenas agradável e de uma vantagem de 2 a 0, eis que a equipa faz o reload e se coloca ao nível dos piores desempenhos do passado recente, falhando passes e comentendo erros (técnicos, tácticos e de postura, individual e colectiva...) em barda e, em três minutos, sofre dois golos de uma equipa que só com muita boa vontade se pode considerar de valor mediano.
Valeram, depois, a maior qualidade dos nossos atletas e a mediania do adversário, para se recuperar a liderança no marcador e o direito a jogar a final do torneio.
(Para ser mais correcto, o que nos valeu, mesmo, foi um atleta chamado Carlos Martins, que narcou um golo e fez duas assistências para outros tantos, e que, no ano passado, foi emprestado ao Granada... porque, supostamente, não cabia no plantel...)
Hoje, perante uma equipa que nos é, naturalmente, inferior - embora o PSV Eindhoven seja, como é natural, mais forte que o campeão polaco... - o jogo foi muito menos conseguido e, ao contrário do de ontem, nunca fomos claramente superiores ao adversário. Embora tivéssemos essa obrigação!!!
Valeu, mais uma vez, Carlos Martins, que marcou, num remate frontal e de fora da área, aos 35 minutos da primeira parte, fazendo o 1-0...
O intervalo trouxe um futebol ainda mais pobre e menos dominador e, com naturalidade, o adversário empatou a partida. Pouco depois fez o 2-1 e, mais tarde, Maxi Pereira viu o 2º amarelo e foi expulso e o PSV fez o 3-1. E não fez mais dois ou três golos porque os seus avançados foram perdulários...
Pior do que o resultado foi a exibição, com os jogadores a arrastarem-se pelo campo sem saber o que fazer, sem conseguirem ganhar a bola e, quando a tiveram, a fazer dela o que não deviam...
Enfim, mais do mesmo, em relação ao passado recente e de má memória...
Fico com sensação fortíssima de dejá vu, e vislumbro um péssimo prenúncio para o futuro...
Para agravar a situação, temos de levar com as habituais desculpas esfarrapadas, de dirigentes, técnicos e comentadores amigos.
Que estes jogos são para dar minutos aos atletas e que o resultado não é importante (... então porque diabo é que os nossos adversários se dão tanto ao trabalho de vencer os jogos e levar os troféus consigo?...), que as experiências têm de ser feitas antes do início da competição oficial, que estes jogos servem para os atletas se conhecerem melhor, que estas partidas servem para fazer crescer a equipa... enfim, um nunca mais acabar de justificações e desculpas que só aceita quem queira ser enganado. Então, os treinos servem para quê? E as contratações são feitas sem prever o seu enquadramento futuro? E a equipa está a conhecer-se agora, ou a maioria do grupo já vem de anos anteriores?...
Se é para fazer o que vimos ontem e hoje, o melhor será jogarem à porta fechada! Pelo menos não causam desalento aos adeptos, não desmoralizam a equipa nem dão trunfos morais aos adversários...
Não perdemos nada. Ainda. Mas que este estado de coisas ajuda a perder, lá isso ajuda...
PS - Em minha opinião, o equipamento alternativo é, mesmo, feio, e não tem nada a ver com a génese do manto sagrado. E quando o usamos as coisas nunca correm bem...
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