sábado, 18 de setembro de 2010

É pouco...


... Foi muito pouco!
Não pude estar no estádio, na passada 3ª feira. Estive fora de Portugal, e nem tive possibilidade de ver a transmissão do jogo. Só esta noite consegui ver uma gravação do encontro com o Hapoel.
E, sinceramente, fiquei extremamente desagradado com a exibição da equipa. É verdade que, quer para a contabilidade, quer para a história, o que conta é o resultado. Mas o que é verdade é que não estivémos nada bem.
O Benfica foi, nesse jogo com o Hapoel, uma equipa sem chama, pouco pressionante, que nunca funcionou no colectivo, que jogou a passo, e que cometeu, sobretudo no sector defensivo - e em especial na zona central... - uma série de pequenos erros, fruto de desatenção reincidente e continuada, que poderiam ter originado um resultado muito negativo se não fosse o maior acerto que Roberto revelou hoje. Este, longe de ser brilhante, resolveu com eficácia três ou quatro situações de muito perigo, originadas por erros defensivos.
Não deixa de ser curioso que, numa vitória de 2 a 0, para a Liga dos Campeões, seja difícil fazer destaques pela positiva na equipa vencedora. Mas é mesmo assim. De facto, de positivo, só a exibição de Aimar, a fazer lembrar a boa forma da época passada, o jogo esforçado de Carlos Martins - que esteve bem a tentar criar espaços - e a abnegação de Ruben Amorim, que Jorge Jesus pôs a jogar em quase todos os lados, ao longo da partida: lateral esquerdo, ala esquerdo, ala direiro, médio centro...
Por outro lado, não me lembro, nos últimos tempos, de um jogo no Estádio da Luz em que o Benfica tenha tido menos posse de bola que o adversário. Aconteceu hoje...
A equipa está muito aquém do que produziu no passado mais recente. E isso é algo que não pode, de todo, ser explicado pelas saídas do Ramires e do Di Maria. Até porque nos reforçámos com outros jogadores, de reconhecida qualidade. Já escrevi, e tenho dito várias vezes, que me parece que o sucesso do ano passado pode ter feito mal - pode ter subido à cabeça, como se costuma dizer... - a algumas pessoas. Jogadores e não só.
Parece-me que Jorge Jesus precisa, urgentemente, de parar para pensar. Pensar na equipa, no que (não) está a jogar, na (in)eficácia das opções tomadas, no que é urgente fazer de imediato para minimizar as perdas... e também questionar a sua própria acção, a nível de liderança e ao nível da gestão técnico-táctica. É que mesmo ele, Jorge Jesus, está bem diferente do Jorge Jesus que conhecemos no passado. No caso, para pior. Sem qualquer dúvida.
Ou fazemos mais, muito mais, com o recreativo de alvalade, ou, no domingo, vamos envergonhar o nosso passado.
E enegrecer o nosso presente, claro...

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