sábado, 19 de abril de 2014

À Benfica...


Uma vitória à Benfica!...

A vitória por 3-1 sobre o clube da fruta, na passada 4ª feira, além de ter valido a qualificação para a final da Taça de Portugal, soube que nem ginjas, porque foi conseguida depois de termos ficado a jogar com dez, desde o minuto 28 da primeira parte, e de termos sofrido o golo do empate aos 7 minutos da segunda, no único remate digno desse nome à nossa baliza...
Depois... bem, depois foi a remontada, num jogo em que a equipa teve uma atitude imensa e uma coragem tremenda, numa prova de maturidade que - devo confessar... - me surpreendeu muito positivamente.
E, atenção!... ainda ficámos a dever a nós próprios um resultado mais dilatado!

O jogo começou com o Benfica muito determinado e, logo aos 4 minutos, Salvio podia ter inaugurado o marcador, num remate sobre a linha de pequena área, depois de um cruzamento de Gaitán, da esquerda do nosso ataque.
Aliás, nesse ímpeto inicial, o Benfica beneficiou de 6 (!!!) cantos consecutivos, criando muitos problemas a Fabiano e aos defesas fruteiros.
Nessa altura, todos os expedientes foram usados para, como dizem os brasileiros, o adversário pedir arrego. O mais caricato dos expedientes foi o guarda-redes do clube regional ter descalçado uma bota, para obrigar à interrupção do jogo. E levou 2 minutos a calçá-la!!!...
Mas, aos 17 minutos, o Benfica marcou mesmo. Mais uma vez, cruzamento impecável de Gaitán, da esquerda do nosso ataque, para o segundo poste, onde apareceu Salvio, de cabeça, a enviar a bola para o canto superior esquerdo da baliza de  Fabiano. Foi a primeira grande explosão de alegria na Luz...


A eliminatória estava empatada. O adversário, que tinha entrado no jogo nitidamente intimidado, não conseguia reagir e perdia constantemente a bola para o nosso meio campo, que continuava a sair organizado e objectivo para o ataque.
O ciganito ainda tentava dar alguma luta, mas a única coisa que ia dando era paulada, como aconteceu com Maxi Pereira à passagem do minuto 22. O nosso amigo Pedro Proença não pôde, mesmo, deixar de lhe mostrar o amarelo...
Mas, para compensar, acabou por inventar, escandalosamente, um amarelo para Siqueira, 3 minutos depois, por uma suposta (melhor, supostíssima!... ) falta sobre um belga que os da Palermo portuguesa foram comprar à loja dos 300, a preço de saldo. E, três minutos depois, a puta cigana aproveitou um entrada mais impetuosa do nosso lateral esquerdo para fazer um filme, atirando-se para o chão e berrando como se lhe estivessem a desflorar o traseiro com arame farpado, para induzir o quarto árbitro a sugerir ao amigo Proença o segundo cartão amarelo, e consequente vermelho. Claro que Pedro Proença teve imensa dificuldade em fazer isso... de tal forma que se lhe viram lágrimas nos olhos quando deu ordem de expulsão a Siqueira...
A partir daí, a equipa perdeu-se um pouco no jogo e, naturalmente, o adversário teve mais posse de bola. Porém, a verdade é que nunca criou qualquer situação de real perigo.
Em consequência da expulsão de Siqueira, Cardozo foi substituído, entrando para o lugar de lateral esquerdo o André Almeida.
E o intervalo chegou com a eliminatória empatada, e com o Benfica a controlar o jogo e o adversário.

A equipa voltou a entrar bem na segunda parte, jogando de forma sempre segura e não deixando o adversário pôr o pé em ramo verde.
No entanto, à passagem do minuto 52, numa jogada sobre a esquerda da nossa defensiva, aparentemente inofensiva, e com os nossos defesas em vantagem numérica, um adversário - tipo "Kelvin", mas mais escuro... - acabou por ser premiado com o facto de André Almeida não ter metido o pé, eventualmente para não fazer falta, e flectiu para o interior da grande área, rematando meio enrolado, levando a bola a passar por entre as pernas de Artur (pois!...) e a anichar-se no fundo da baliza.
Sem saber ler nem escrever, o clube regional assumidamente corrupto (CRAC) apanhou-se empatado no jogo e em vantagem na eliminatória. Na verdade, deu a ideia de que pensavam que a eliminatória estava decidida.
Foi, então, que o Benfica soube estar no jogo... à Benfica.


Com Salvio, Gaitán, Enzo Peréz e, sobretudo, André Gomes, de peito aberto, a defender e a sair com critério para o ataque - sim, para o ataque, e não em contra-ataque... - o Benfica ia à procura de anular o prejuízo.
Foi assim que, cerca de 5 minutos após o golo adversário, André Almeida e Gaitán inventaram uma jogada soberba, com este a cruzar a bola para o interior da pequena área dos fruteiros onde estava Rodrigo, para este falhar a direcção do remate, a menos de dois metros da linha de golo, já com os adversários batidos.
E foi, também, assim que, dois minutos depois, Salvio progrediu pela direita do nosso ataque, em direcção à baliza portista e, já bem perto da pequena área, junto à linha de fundo, acabou por ser claramente ceifado pelo central Reyes. Ora bem... mais um problema que criaram ao amigo Pedro Proença, e que este não tinha outra forma de resolver que não fosse o assinalar da grande penalidade. Enzo Peréz converteu o castigo, com uma classe e uma calma tão impressionantes, que eu fiquei a perguntar-me como é que alguém pode falhar um castigo máximo...
Com 2-1 no marcador a eliminatória estava relançada. E o Benfica continuava a dar mostras de grande determinação, de grande garra e humildade, para ir atrás do bilhete para a final...
É verdade que o adversário - como lhe competia, e seria, aliás, natural, por estar em vantagem numérica... - tentou controlar mais a bola, baixando o ritmo e espreitando a ocasião para causar perigo. Mas o Benfica foi sempre muito sólido e eficaz, mostrando um espírito de equipa, uma capacidade de sacrifício e uma crença inabaláveis.
E logo a seguir ao golo, Rodrigo foi outra vez lançado em profundidade, correu em direcção à baliza, sobre a esquerda do nosso ataque e, já bem no interior da grande área, quando inflectia para a sua direita, para tirar o guardião Fabiano da jogada, acabou por escorregar e, assim, desperdiçar uma soberana ocasião para marcar.
Mas aos 80 minutos, numa jogada de envolvência sobre a esquerda do nosso ataque, a bola passou repetidas vezes por André Almeida, Gaitán e  André Gomes, até que, com este já no interior da área adversária, perto do seu vértice, Gaitán lhe picou a bola, com um toque subtil, por sobre dois adversários. André Gomes, de costas para a baliza, recebeu a bola no peito, virou-se e, sem deixar cair a bola, picou-a, de pé direito, sobre Fernando, deu dois passos em direcção à baliza e, com a oposição de Mangala e com Fabiano a fazer a mancha, sem deixar a bola cair no chão, desferiu um remate forte e colocado, levando o esférico a entrar junto ao poste mais próximo. Uma verdadeira, e excelsa!!!, obra de arte, que provocou uma estrondosa explosão de alegria na Luz, e que levou muitos adeptos, como que impelidos por uma mola, a saltar para dentro do recinto de jogo.


Vejo futebol na Luz - na nova, e na velha... - há muitos e muitos anos, mas não é fácil recordar muitos momentos tão intensos como aquele...

O jogo estava ganho e a eliminatória voltada a nosso favor!
O adversário não tinha forma de inverter a situação, mesmo a jogar em vantagem numérica.
Daí até ao final do jogo, nota apenas para o desnorte dos adversários - entenda-se, clube da fruta e amigo Pedro Proença...
O amigo Proença ainda arranjou forma de expulsar Jorge Jesus e, posteriormente, face às incidências, lá teve de expulsar o treinador do CRAC, Luís Castro, e a putinha cigana, que julgava estar numa rixa num acampamento cigano e, por via disso, lá teve de ver o segundo amarelo, e o consequente vermelho.


Foi uma vitória à Benfica, como muitas outras que já tive a felicidade de ver, e como há muito não via...
Será que esta atitude veio para ficar?
É que, se assim for, podemos aspirar a ganhar tudo esta época...
Para já, vamos lá a ganhar no próximo domingo, para podermos fazer a festa de campeão!...
Depois... bem, se for com a atitude da passada 4ª feira, vamos vergar a Juventus e por a mão à Liga Europa...



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BENFICA, 3 -  PORTO, 1

16/04/2014, 20:45 horas, Estádio da Luz, cerca de 45.000 espectadores.
Transmissão SportTV

ÁRBITROS: Pedro Proença; Bertino Miranda e Tiago Trigo; Duarte Gomes.

BENFICA: Artur; Maxi Pereira, Jardel, Garay e Siqueira; André Gomes, Enzo Peréz, Salvio e Gaitán (Markovic, 90+6 min.); Rodrigo (Lima, 66 min.) e Cardozo (André Almeida, 35 min.).
Suplentes: Paulo Lopes, André Almeida, Steven Vitória, Markovic, Sulejmani, Djuricic e Lima.


PORTO: Fabiano; Danilo, Reyes (Quintero, 82 min.), Mangala e Alex Sandro; Defour, Fernando e Herrera (Josué, 63 min.); Varela (Ghilas, 73 min.), Jackson Martinez e Quaresma.
Suplentes: Kadu, Ricardo Pereira, Maicon, Quintero, Josué, Carlos Eduardo e Ghilas.


MARCADOR: 1-0, Salvio (17 min.); 1-1, Varela (52 min.); 2-1, Enzo Peréz (58 min., g.p.); 3-1, André Gomes (80 min.).
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PS - Buonanotte Principessa...

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