... e, muito provavelmente, em rota directa para um naufrágio grandioso...
A recepção ao Olympiakos era crucial para o apuramento para a fase seguinte da Liga dos Campeões e, por isso, exigia-se que o Benfica se transcendesse. Pois sim...
Afinal, tivemos, muito naturalmente, mais do mesmo. Uma equipa que não joga a ponta de um chavo, que não é eficaz, que é terrivelmente lenta e permissiva a defender, enfim... uma autêntica miséria! Uma dor de alma, pungente, mesmo para quem clama "ter na alma a chama imensa"...
O adversário até entrou encolhido, à espera do que deveria ter sido um início de partida decidido da nossa equipa. Mas cedo percebeu que, connosco a jogar a um ritmo baixíssimo, desinspirados, lentos e ineficazes a defender, poderia ter uma abordagem diferente ao jogo.
Cardozo ainda obrigou o guarda-redes Roberto a uma defesa mais difícil, logo aos 3 minutos, mas nada mais de realmente relevante aconteceu depois.
O adversário foi-se atrevendo aos poucos e, depois de um primeiro aviso, do avançado Mitroglou, este mesmo fez um passe de calcanhar, a desmarcar um colega de equipa e este, com tempo para tudo, nas costas de Luisão, tirou Garay da jogada e rematou para o poste mais distante, em jeito. Para não variar, Artur ficou a ver a bola entrar na nossa baliza. É revoltante ver como Artur não trás rigorosamente nada de especialmente bom à equipa, já que cada remate que seja mais difícil de parar, acaba invariavelmente no fundo das redes. Porra!!! Já chateia!!!...
A jogada do golo resultou de um passe de Matic para um adversário, na nossa intermediária defensiva, o que, aliás, se repetiu vezes demasiadas.
Se antes do golo as coisas estavam más, depois do golo ficaram ainda piores. Passes falhados, em catadupa, e uma absoluta nulidade no jogo ofensivo, foram as características mais marcantes do nosso jogo.
Nessa altura, a chuva era já quase diluviana. E durante o intervalo acentuou-se ainda mais, em intensidade e em quantidade, preparando um cenário altamente complicado para o que restava do jogo.
Para a 2ª parte veio Ivan Cavaleiro no lugar de Ola John - uma nulidade completa durante todo o jogo!... - e a equipa pareceu querer disputar um pouco mais a contenda.
Porém, a qualidade do nosso futebol e a eficácia do mesmo, mantiveram-se num nível muito abaixo da decência...
Aos 60 minutos quase acontecia o segundo golo adversário, depois de mais uma jogada em que a nossa defesa foi embrulhada pelos atacantes gregos e, com Artur já batido, a bola foi travada por uma poça de água que entretanto se formara junto da marca de grande penalidade. Enfim, um filme de terror, capaz de pôr os cabelos em pé até ao maior dos carecas!!!...
O jogo foi-se arrastando, penosa e dolorosamente para nós, até que, aos 83 minutos, na sequência de um canto, Roberto falhou a intercepção da bola e permitiu a Luisão cabecear para junto do poste, onde apareceu Cardozo a pontapear para o fundo das redes. Um empate caído do céu, diga-se em abono da verdade...
O drama é que, depois disso, quando devíamos forçar o ritmo para ainda tentar a vitória, foi o adversário a fazê-lo...
Infelizmente, e por muito que me custe, nós estamos decididamente fora da próxima fase da prova. Creio, até, que já teremos feito todos os pontos nesta fase de grupos. Falta-nos ir à Grécia e à Bélgica, e receber o PSG. Se a jogar qualquer coisa já seria difícil pontuar, a jogar desta maneira é praticamente impossível!...
E se tivermos a sorte de levar com árbitros como o espanhol desta noite, então é que não haverá rigorosamente nada a fazer...
O cabrón não foi capaz de assinalar um penalty, claríssimo, numa jogada em que até estava perto, e em que o defesa grego mete a mão entre as pernas do Lima e, positivamente, lhe levanta os dois pés do chão, atirando-o ao solo! Foda-se! Incrível!!!...
Pela amostra desta noite, e atendendo a que o Barcelona costuma destinar uma parte muito significativa do seu orçamento a investimentos na área da sedução dos bois do apito, o Real Madrid, no próximo fim de semana, está bem fodido...
Por falar em próximo fim de semana, vem aí aquela equipa treinada pelo Chicharro, grande amigo do nosso mestre das tácticas. Aquela equipa que se rasga sempre toda quando nos defronta, seja na terra das semilhas, seja na civilização.
Pelo menos no domingo, por o jogo ser na Luz, não teremos de suportar o suplício adicional de escutar a claque feminina do Nacional, qual autêntico coro de gatas com cio, a soldo desse poço de virtudes que é o presidente-engenheiro, mais popularmente conhecido por Quinhentinhos.
Apesar disso, o que é realmente urgente e imprescindível, é mudar radicalmente a qualidade e a eficácia do nosso futebol, porque sem isso não faltará muito para descermos a assistências ao nível das dos nossos adversários internos mais directos.
Hoje estiveram cerca de 35.000 pessoas na Luz. Apenas meia casa, num jogo da Champions, com um adversário com algum cartaz. Impensável! E, claro está, muito preocupante...
A verdade é que a equipa nem sequer merece a presença dos poucos que lá vão...
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BENFICA, 1 - OLYMPIAKOS, 1
23/10/2013, 19:45 horas, Estádio Da Luz, cerca de 35.000 espectadores.
Transmissão SportTV
ÁRBITROS: Alberto Undiano; Raul Martinez e Roberto Palomar; Cebrián Devis.
BENFICA: Artur; André Almeida, Luisão, Garay e Siqueira; Matic; Ola John (Ivan Cavaleiro, 45 min.), Enzo Pérez (Rúben Amorim, 82 min.) e Gaitán (Rodrigo, 82 min.); Lima e Cardozo.
Suplentes: Paulo Lopes, Maxi Pereira, Jardel, Rúben Amorim, Ivan Cavaleiro, Djuricic e Rodrigo.
OLYMPIAKOS: Roberto; Leandro Salino, Manolas, Siovas e Holebas; Maniatis e Samaris; Fuster (Yatabaré, 68 min.), Domínguez (Medjani, 88 min.) e Weiss (Ndinga, 55 min.); Mitroglou.
Suplentes: Megyeri, Campbell, Ndinga, Yatabaré, Medjani, Saviola e Olaitan.
MARCADOR: 0-1, Domínguez (28 min.); 1-1, Cardozo (83 min.)
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PS - Buonanotte Principessa...
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