terça-feira, 22 de março de 2011

Finalmente... um recital


O Benfica brindou-nos, ontem, com trinta minutos à Benfica! Assim, sim!
O jogo com o Paços de Ferreira revestia-se de naturais dificuldades, atendendo ao campeonato que os pacenses vêm fazendo. E só a entrada absolutamente demolidora do Benfica descomplicou o que, à partida, poderia ser (pelo menos teoricamente...) difícil de gerir. A equipa entrou com um ritmo muito forte, a dar mostras de um querer e de uma garra que nem sempre tem revelado. É verdade que o penalty assinalado logo aos 4 minutos veio ajudar aos nossos intentos, mas, mesmo depois disso, a equipa nunca tirou o pé e acabou por resolver o jogo na meia hora inicial da partida.
Depois... depois foi apenas gerir a vantagem. Desde essa altura, e até ao final da primeira parte, o jogo da equipa decaíu de qualidade, com alguns jogadores a revelarem displicência e, até, de certa maneira, alguma sobranceria. Este tipo de episódios irrita-me sobremaneira, porque nos faz correr riscos desnecessários e porque desrespeita a grandeza e a história do Benfica, que sempre foi um clube respeitador de todo e qualquer adversário, e de grande entrega aos desafios, independentemente do resultado verificado.
Depois do intervalo a atitude foi mais adequada, embora se notasse um futebol mais pausado e calculista. Não me agrada, mas compreendo-o. Para mim, parafraseando os Gato Fedorento, um bom resultado é aquele superior a "quinge a zero"...
De qualquer forma, creio que a jogar contra dez, depois da expulsão de Cohene, aos 42 minutos, a equipa poderia ter feito mais. A propósito da expulsão de Cohene, ela aconteceu com um atraso de 38 minutos, já que, em bom rigor, deveria ter acontecido logo aos 4 minutos, quando o pacense agrediu, dentro da sua grande área, a soco, num gesto premeditado e digno de um bom combate de boxe, o Javi Garcia. Só mesmo um porco azul, nogento e corrupto, como o Artur Soares Dias (quem sai aos seus não degenera, e o pai - Martins dos Santos - já era assim) poderia ter transformado a cor do cartão de vermelho em amarelo! Aliás, voltámos a jogar contra 14, já que também Maykon deveria ter sido expulso, por andar a esmurrar por diversas vezes os adversários (Saviola, Jara, Maxi Pereira...) e não foi, e o golo do Paços de Ferreira (ou melhor, o auto-golo de Carole...) foi marcado na sequência da marcação de uma (suposta) falta de um defesa do Benfica que disputa uma bola junto à lateral, ombro-a-ombro com o atacante pacense, e que é inexplicavelmente assinalada pelo juiz de linha...
É mais agradável vencer quando se joga contra a equipa de arbitragem também. Muito mais...


Num jogo com belíssimos apontamentos de futebol, de grande classe e magia, como o golo de Aimar (o 2º do Benfica), após passe magistral de Saviola, ou como o fenomenal golo de Gaitán (o 3º do Benfica), após tabelinha rápida e certeira de Cardozo, fica a exibição de grande querer e eficácia de Nuno Gomes que, entrado aos 77 minutos, fez os dois últimos golos da equipa, aparecendo, oportuno, a fazer o que Cardozo (embora tenha convertido o penalty que deu o 1º golo) e Jara nunca conseguiram fazer: marcar em jogada de bola corrida.
Carole fez o jogo todo e, apesar de ter deixado boas indicações, ainda não me convenceu. Comprometeu em algumas jogadas, deixando os adversários directos com espaço para jogar, e revelou alguma imaturidade na transição ofensiva.
Pelo contrário, Jardel, convenceu-me. Esteve muito mais rápido do que nos jogos anteriores, foi sempre eficaz e muito coriáceo, dobrou os colegas de sector, e até saíu a jogar, am certas alturas. Para mim, Sidnei deixou de ser problema...
Uma última referência para Jorge Jesus e para a gestão do plantel. Gerir o plantel é preservar, quando se justifique, os que precisam de ser preservados, mas apresentar uma equipa capaz de discutir o jogo. Ontem ficaram de fora Coentrão e Salvio, e foram substituídos durante o jogo o Gaitán, o Cardozo e o Saviola. É muito diferente de pôr a jogar uma equipa com um único habitual titular...
Agora espero que os compromissos da selecção não deixem mazelas, para que se dê continuidade à exibição da Mata Real.

1 comentário:

  1. parabens ,bem observado ,totalmente de acordo,so' um reparo o ladrao de serviço nao e' filho do (falecido) martins dos santos , mas do falecido soares dias (longos de corrupçao teve este campeonato).abraço

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