sábado, 19 de março de 2011

Nos limites...


Foi nos limites...
Nos limites, a nossa qualificação para os quartos-de-final.
Nos limites (do aceitável...) a nossa (pobre) exibição.
Foi um jogo muito sofrido, que até poderia ter ficado resolvido, a nosso favor, ainda na primeira parte ou, então, por diversas vezes, durante a segunda metade. Parece um contra-senso, mas não é. Jogámos mal, sim. Em determinadas alturas jogámos mesmo bem aquém do aceitável e do que exigia a instituição Benfica. Mas pudémos, por mais de uma vez, resolver em definitivo a eliminatória, e evitar o sofrimento que foram os momentos finais do jogo.
O PSG nunca teve o domínio do jogo, mas andou, por diversas vezes perto de marcar. Parece um contra-senso, também. Mas também não é. O Paris Saint-Germain revelou-se, de longe, a equipa mais consistente de entre as que defrontaram adversários portugueses nesta ronda (Liverpool e CSKA). Tem bons jogadores, bem dotados, física e tecnicamente, e muito rápidos e incisivos, em especial nas transições ofensivas, permitindo, assim, que a equipa tenha uma boa dinâmica de jogo. No jogo de ontem, porém, esteve sempre muito manietado pela marcação que lhes movemos, não lhes dando espaços de manobra nem de progressão.
O grande busílis é que nós falhámos muito, não só no ataque, mas também na manobra defensiva. Valeu-nos que o PSG, nas suas acções ofensivas, fosse por estar pressionado e ansioso, fosse por se sentir intimidado e ameaçado pela nossa determinação, também falhou quase na mesma medida em que o nosso ataque falhou.
Foi positivo termos marcado primeiro; foi negativo sofrermos o empate (1-1) pouco depois. Foi negativo falharmos demasiado na transição ofensiva, na fase de finalização, e também na manobra defensiva; foi positivo (para nós, claro...) o PSG ter sido pouco eficaz na altura de rematar à baliza.

Uma referência final, pela positiva, para Fábio Coentrão. Encheu o campo todo, a defender e a atacar. Confesso que achei algo exagerado ter-se dito, na época anterior, que Coentrão seria, dentro em breve, um dos melhores laterais esquerdos do mundo. Sinceramente, hoje não só acho isso absolutamente verdadeiro, como também tenho muita dificuldade em encontrar alguém que ombreie com ele nessa posição. Bravo, Cachinas!!!
Nos antípodas, esteve Sidnei. Mais uma vez. E, por ser reincidente, é uma situação extremamente preocupante. Já aqui escrevi (e já o disse, em diversos círculos) por mais de uma vez, que Sidnei não me parece estar à altura de ser titular do Benfica. Ontem confirmou, de forma eloquente e abundante, isso mesmo. E o Benfica tem de resolver esse problema já, sem mais delongas, sob pena de pagarmos muito caro, se nada fizermos para o solucionar...

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