quinta-feira, 10 de março de 2011

Uma pequena-grande desilusão...


Acabei de chegar da Luz, aonde já não ia desde há quase três meses.
E, sinceramente, venho desiludido. Muito desiludido. E preocupado. Esperava ver a equipa mostrar outros argumentos, atendendo ao interesse que agora ganhou a Liga Europa, depois do campeonato estar praticamente fora de hipótese.
Defrontámos um adversário ao nosso alcance - embora servido por bons executantes, taticamente evoluídos... - e nunca conseguimos jogar ao nível que devíamos ter jogado. Para não variar, o PSG marcou primeiro (e até podia ter voltado a marcar...), e depois tivémos de correr atrás do prejuízo. O que fizémos, mais uma vez, de forma muito atabalhoada, muito em esforço, sem lucidez... e sem grande qualidade. Ganhámos por 2-1, é verdade. Mas soube-me a pouco. A muito pouco, mesmo. E estou convencido que deve ser curto. Muito curto...
Estivémos particularmente mal na defesa (onde comprometemos diversas vezes), fizémos mal a transição ofensiva e os alas não estiveram em campo.
Individualmente, reforcei a ideia que já tinha intuído acerca do Sidnei. Para mim, é mesmo um jogador vulgaríssimo (muito lento, pesado, displicente, pouco voluntarioso, complicativo...) que, obviamente, não merece um lugar na defesa do Benfica. Para mim, qualquer dos outros centrais do plantel fazem melhor o lugar. Mesmo Roderick, mau grado a sua juventude. No imediato, apostava em Jardel. E mandava regressar à base, já, Miguel Victor.
Hoje, o único destaque, pela positiva, terá de ser para Maxi Pereira. Um senhor jogador, que não podemos, de maneira nenhuma, perder. Aos nossos dirigentes, é urgente dizer: metam lá os pruridos que tem, relativamente ao empresário, para trás das costas, e tratem mas é de prolongar já o vínculo contratual do jogador.
Pela negativa - embora me custe muito fazê-lo... - terei que destacar, além do Sidnei, o Nico Gaitan e o Sálvio. Foram, hoje, duas nulidades, quer a atacar, quer a defender. Jesus também não esteve bem, porque se os atletas não davam garantias, não deviam ter iniciado o jogo a titulares. É verdade que, depois, Jesus emendou o erro, tirando-os do jogo. Mas isso foi já para cobrir o prejuízo, para minimizar as perdas e, consequentemente, deixámos de ganhar o que poderíamos ter ganho se outros tivessem sido os escolhidos.
Se quisesse ser corrosivo, poderia muito bem dizer que hoje jogámos apenas com oito, porque Sidnei, Gaitan e Salvio não contaram para nada. Ou melhor, Sidnei até contou, mas foi para complicar bastante e comprometer.
Tenho um sentimento de perda muito grande. A julgar pela amostra, devemo-nos estar a despedir da Europa do futebol, este ano...

Foi uma pequena-grande desilusão o meu regresso a Portugal e aos jogos ao vivo. E pergunto a mim mesmo se não deveria ter ficado mais uns tempos lá por fora.
Para mais, olho também para o meu país, e sou quase forçado a responder que sim, que era melhor ter ficado por lá...

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