Foi assim que vivi o jogo do passado sábado, em Santa Maria da Feira...
(Quer dizer, foi assim que vivi o jogo que se disputou em Santa Maria da Feira. Eu, como é lógico, não estive lá! Com muita pena minha, claro. Mas, fazer uma viagem de 300 Km. para ver um jogo num campo que mais parece um quintal encurralado entre prédios, e pagar 60 euros a uns fulanos que tudo fizeram para nos limitar as possibilidades de sucesso, ao contrário do que haviam feito com os nossos adversários... isso nunca!!! Puta que os pariu!!!)
Entrámos pouco convictos no jogo. Deixámos o adversário subir no terreno e jogar muito no nosso meio campo. Para não variar falhámos muitos passes, circulámos a bola muito perto da nossa grande área, e nunca fomos muito objectivos no ataque. Apesar disso, tivémos algumas hipóteses para marcar e, para não variar, o guarda-redes adversário fez uma exibição de que não se vai esquecer tão cedo.
O intervalo chegou com o nulo no marcador e, para mim, com uma sensação de que não tínhamos feito tudo o que podíamos para estar a vencer.
A 2ª parte iniciou-se com a mesma toada, com a agravante dos erros defensivos serem em maior número e de acrescida gravidade, aliando-se uma excessiva (e irritante!...) passividade na disputa dos lances, nessa área do terreno.
E... na sequência de um canto, um defesa do Feirense (Varela) antecipou-se aos nossos jogadores, ao 1º poste, e fez o golo, de cabeça.
A nossa equipa pareceu acusar o golpe e, de imediato, procurou reagir. As coisas, contudo, não aconteciam de forma fluida, nem havia grande esclarecimento nas jogadas do meio campo para a frente. Apesar disso, o Benfica empatou pouco depois, na sequência de um cabeceamento de Cardozo, perto do limite da pequena área, com a bola a tabelar na cabeça de Varela antes de se anichar no fundo das redes do Feirense.
Alguns instantes depois, entraram Gaitán e Nolito para os lugares de Aimar e Bruno César, que haviam estado muito apagados, e o nosso futebol melhorou um pouco. Nesta fase do encontro Witsel recebeu ordens para subir um pouco no terreno, passando a criar mais pressão no reduto defensivo adversário, e Gaitán, primeiro, e Rodrigo, depois, poderiam ter marcado. Paulo Lopes esteve, como seria de prever (!!!) à altura, e evitou o pior. Quase à entrada do último quarto de hora, Rodrigo, desmarcado por Nolito (uma vez mais, claro...), entrou na área e foi rasteirado, quando se preparava para rematar. Cardozo, chamado a converter o penalty, não falhou, e virou o resultado.
Daí até final o Feirense abriu-se mais, veio para a frente, mas nunca chegou a criar nenhuma verdadeira ocasião de golo, excepto mesmo no final da partida, com Emerson a interpor o pé entre a bola e a nossa baliza. Pelo contrário, o Benfica poderia ter marcado em, pelo menos, quatro ocasiões claríssimas, por Gaitán, Witsel e Rodrigo, sendo que a sua segunda ocasião foi mesmo já sobre o final do jogo, depois de driblar um defesa e tentar fazer o mesmo a Paulo Lopes. O guardião feirense foi o maior responsável pelo não avolumar do resultado, com intervenções do outro mundo.
Neste jogo, considero que Rodrigo foi o melhor em campo. Nolito, pela influência que voltou a ter na manobra ofensiva, desde que entrou, Witsel, Cardozo e Maxi Pereira, também não estiveram mal.
Pela negativa, e para não ser injusto com ninguém, destaco o mau jogo da linha defensiva (excepção a Maxi Pereira), muita passiva e complicativa, bem como o menos bom rendimento de Javi Garcia, Bruno César e Aimar, este muito vigiado e limitado, na sua manobra, pelo reduzido espaço de jogo. Artur esteve razoável, mas aparece cada vez mais estático sobre o seu espaço de jurisdição.
Enfim, um jogo muito pouco conseguido, em que o resultado se alterou, apenas, por força da garra com que o disputámos depois de estarmos a perder.
É preciso mais. Muito mais, mesmo...
Só com isto... não chegaremos lá!!!...
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