sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Vitória (que acabou por ser) convincente...


Fechámos a fase de grupos da Taça da Liga só com vitórias, e com um saldo de 9 golos marcados e apenas 1 sofrido.
Num grupo difícil - com Marítimo, Guimarães e Santa Clara... - que incluíu uma deslocação a Guimarães, a equipa averbou bons resultados... e exibições nem sempre muito convincentes. Foi, de certa maneira, o caso da exibição do passado domingo, no jogo com o Marítimo, na Luz (vitória, 3-0).

O jogo iniciou-se com uma toada de algum equilíbrio, com a nossa equipa a querer controlar o ritmo e o desenrolar da partida, e com o Marítimo a espreitar, sempre com muito perigo, o contra-ataque. Quase ao virar do primeiro quarto de hora da partida, o Benfica inaugurou o marcador, por Nélson Oliveira, lançado em profundidade por Saviola. Daí em diante a equipa começou a mastigar muito o jogo, com alguns a exagerarem nas jogadas individuais e a perderem a bola em zonas perigosas e, com isso, a provocarem alguns sobressaltos à equipa. Neste particular, e nesta fase do jogo, Gaitán, Saviola e mesmo Aimar estiveram bem abaixo do que era preciso estar...
Mesmo assim, foi sempre o Benfica quem esteve mais perto de voltar a marcar, com destaque para o desacerto de Saviola e Gaitán, e... para o acerto (como já é habitual...) do guardião adversário.
A 2ª parte começou com o Marítimo a ser atrevido, embora sem criar muito perigo. De qualquer forma, o resultado era ingrato porque, com 1-0, de um momento para o outro, num instante, todo o jogo poderia mudar.
Sentia-se que a equipa queria resolver o jogo, mas as opções tomadas nem sempre eram as melhores. De qualquer maneira, foi assentando o seu jogo e passou a dominar as operações de forma mais evidente. Voltaram a surgir boas oportunidades para ampliar a vantagem, mas, sistematicamente, os nossos jogadores foram-nas desperdiçando. Saviola, Aimar, Gaitán e Nolito (ao contrário do que é habitual...) iam desesperando os cerca de 20.000 adeptos que assistiam ao jogo, ao vivo, suportando uma temperatura ambiente nada convidativa. Mas, depois da entrada de Rodrigo, com o 2-0, marcado por ele, o ambiente acabou por aquecer.




Depois de fazer o segundo, a passe de Gaitán, Rodrigo voltaria a marcar, fazendo o 3-0 final, depois de lançado em profundidade, sobre a direita do ataque, e de ter contornado o guarda-redes adversário, que entretanto saíra até ao limite da sua grande área para desfazer a jogada.
Até ao final ainda espaço para mais algumas ocasiões desperdiçadas, nomeadamente por Nolito, que esteve anormalmente azarado na hora de atirar à baliza.
Nolito foi, mesmo, outra vez (!) um dos melhores da equipa. A par de Nélson Oliveira e de Rodrigo, e, também, de Javi Garcia, Maxi Pereira e Aimar (na 2ª parte), Nolito voltou a encher o campo. Gaitán subiu de rendimento, em especial na 2ª parte, mas irritou-me solenemente vê-lo inúmeras vezes perder a bola, por ter entrado em exageros individuais e, depois, na sequência da jogada, deixar de lutar por ela. Na 2ª parte melhorou um pouco, mas tem de deixar de se armar em Maradona e tem que vestir o fato-macaco. Saviola também esteve aquém do que pode fazer, embora se note alguma melhoria, relativamente aos últimos jogos que fez. Os centrais estiveram algo irregulares, com Jardel a falhar mais vezes, em especial no lançamento da equipa para a frente, entregando, por mais de uma vez, a bola aos adversários, ou endossando-a aos colegas de forma deficiente. Garay esteve normalmente bem, mas permitiu uma ou outra veleidade aos homens mais avançados do Marítimo. Capdevilla mostrou algum serviço, mas esteve necessariamete marcado pela falta de ritmo de jogo e pelo desconforto decorrente de nunca ter sido, verdadeiramente, uma opção para a equipa. Eduardo teve uma actuação regular, embora também tenha cometido uma ou outra falha, em especial na colocação da bola para as tarefas ofensivas. Cardozo, que jogou o último quarto de hora, basicamente, esteve comedido na sua acção, embora ainda tenha ensaiado um ou outro movimento interessante.
Uma última nota de destaque para a estreia de Yanick Djaló com a camisola do Benfica. E quase ia marcando, pouco depois de entrar em campo. Na circunstância, o remate saíu fraco e à figura do guardião maritimista. Se marcasse, teria sido uma estreia perfeita...

Gostei da equipa na 2ª parte, mas a nossa tarefa ficou facilitada com a expulsão (algo exagerada...) de um jogador do Marítimo que, ao saltar a uma bola com Javi Garcia, levou o braço à frente e lhe acertou na face. Dei comigo a pensar como é que o Bruto Alves, o Karaté Kid da colectividade corrupta do Freixo, jogou tanto tempo sem ser expulso...

No sábado temos o Nacional, para o campeonato.
É preciso muito trabalho, muita humildade e um estrito respeito pelo adversário. O Nacional é uma boa equipa que, apesar de estar a fazer um campeonato irregular, tem de ser encarada muito a sério.
Se assim não for, correremos riscos de ver interrompida a boa série de resultados.
Que jogadores e técnicos se entreguem de corpo inteiro, sem vedetismos nem qualquer tipo de show-off, realizando o seu trabalho com profissionalismo e garra... e sem invenções!...

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