A vitória de ontem (1-2) sobre o Paços de Ferreira, na Mata Real, só valeu pelos 3 pontos que representou. Por nada mais...
Foi uma exibição miserável, praticamente durante toda a partida, mau grado algumas ocasiões de golo criadas... e escandalosamente falhadas. Como tem sido habitual, aliás!
Sinceramente, não compreendo como é que um grupo de trabalho que já está junto há bastante tempo, sob as ordens da mesma equipa técnica, que usufrui de excelentes condições, conta com o apoio de uma massa adepta fervorosa (e numerosa) e que transforma qualquer estádio num mini Estádio da Luz, como se viu ontem em Paços de Ferreira, consegue a proeza de jogar de forma tão desligada, tão pobre e tão amorfa como tem vindo a fazer, de forma mais evidente nos últimos tempos...
Foi uma vitória muito feliz, depois do Paços de Ferreira ter estado a vencer e, mesmo, poder ter ampliado a vantagem.
O mais curioso é que, mesmo sem estar a jogar nada, o Benfica criou, pelo menos, quatro boas ocasiões de golo (Cardozo, com duas, Nolito e Saviola), antes do golo do Paços de Ferreira, que não foram transformadas.
Mas o facto é que os nossos jogadores não tinham garra, jogavam a passo e (muito!) para os lados e para trás, não pressionavam os adversários, chegavam sempre tarde à bola, falhavam passes atrás de passes, enfim... uma coisa absolutamente miserável!
No golo do Paços de Ferreira, marcado por volta dos 30 minutos, Artur defende um primeiro remate, depois de não ter sido capaz de segurar um cruzamento da direita da nossa defesa, e a bola fica à mercê de três jogadores nossos, à frente da baliza, sem que nenhum seja lesto a aliviar o lance, permitindo que o avançado do Paços remate para o fundo das redes. Esse lance foi o espelho das facilidades que a defesa concedeu, à semelhança do que tem sido habitual ao longo de todo o campeonato, salvo honrosas, e muito esporádicas, ocasiões...
Ao intervalo entraram Gaitán e Nélson Oliveira para os lugares de Nolito e Saviola, mas o nosso jogo continuou com o mesmo ritmo, sem qualidade, sem chama e sem consequência. O Paços podia ter feito o segundo golo, e até teve uma bola no poste. Só depois de transposto o primeiro quarto de hora da segunda parte é que o jogo mudou qualquer coisa, com Nélson Oliveira a aparecer mais interventivo e a mexer com a dinâmica de ataque da equipa.
E, numa incursão pela direita, Nélson cruzou para o centro da grande área, Cardozo fez-se à bola mas deixou-a passar para Gaitán que, de primeira, rematou para o fundo da baliza. Cerca de 5 minutos depois, na marcação de um livre à entrada da grande área do Paços, descaído para a direita do nosso ataque, Bruno César, de pé esquerdo, fez a bola sobrevoar a barreira e entrar, a meia altura, rente ao poste esquerdo da baliza do Paços de Ferreira, sem hipóteses de defesa para o guarda-redes.
Daí até final, o jogo passou a estar controlado, e ficou mais fácil quando Michel viu o 2º cartão amarelo, e o consequente vermelho. E mais ainda quando, nos últimos minutos da partida, Ricardo foi expulso, com vermelho directo, por uma entrada assassina sobre Bruno César, que este evitou ao saltar atempadamente.
A exibição foi, globalmente, paupérrima. Miserável, mesmo.
Também em termos individuais as coisas estiveram muito mal. Artur, desta feita, esteve bem, embora pudesse ter feito mais no lance que deu o golo do Paços de Ferreira, já que não segurou, como devia, o cruzamento, rasteiro, feito para o interior da pequena área. Bruno César, em especial na parte final do jogo, tal como Witsel, foram dos menos maus. Nélson Oliveira deu alguma vida ao ataque, tal como Gaitán, pela esquerda, mas ambos ficaram aquém do que deviam. Javia Garcia e Maxi Pereira foram lutadores, mas as coisas não saíram bem. O resto da defesa (Luisão, Jardel e Capdevilla), tal como Nolito, Saviola, Cardozo e, depois, Rodrigo, que rendeu o paraguaio, estiveram bem abaixo do que se exigia...
Pior do que a má exibição do Benfica só mesmo a pulhice de (mais) uma arbitragem na linha das dos últimos encontros...
Desta vez, coube-nos um árbitro que, ou muito me engano, ou será o menino-de-oiro do sistema muito em breve. Ontem, conseguiu a proeza de não assinalar três (sim, três!!!...) penaltys claros, daqueles que não deixam quaisquer dúvidas, a favor do Benfica: um abraço (literalmente um abraço!!!...) de um defesa do Paços ao Jardel, impedindo-o claramente de saltar à bola, na sequência de um canto; uma obstrução, claríssima, do defesa do Paços de Ferreira a Bruno César, derrubando-o quando a bola já tinha passado; e uma rasteira, por trás, a Nélson Oliveira, quando se encaminhava para a baliza, com a bola controlada. O mais ridículo, e tristemente escandaloso, é que Bruno Esteves acabou por mostrar cartões amarelos a Bruno César e a Nélson Oliveira... por simulação!
Foda-sssssssseeeeeeeeeeeeeee!!!
PS - Bruno Esteves está a seguir, curiosamente (ou talvez não!...) os mesmos passos de Pedro Proença...
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