domingo, 11 de março de 2012

Vitória... que não recupera as perdas



A vitória (2-0) da passada 3ª feira, sobre o Zenit, qualificou o Benfica para os quartos-de-final da Champions League.
Foi uma boa vitória - sem ter sido uma boa exibição - com a equipa a estar, de novo, a um nível abaixo do que se deseja e pode. Voltaram a cometer-se erros diversos, a falhar de forma incrível na finalização, a sofrer até ao último momento... para levar de vencida um adversário acessível, e que até veio jogar apenas para não perder.
A diferença, face aos jogos anteriores, esteve apenas numa maior consistência defensiva. No resto, esteve tudo ao mesmo nível, ou seja, técnicos e atletas tiveram uma prestação a tender bastante para o fraco...

(Não resisto a abrir aqui um parêntesis para registar que, na ânsia de vender mais uns números do pasquim, no dia seguinte o jornal "A Bola" falava de uma grande exibição do Benfica - "Inferno da Luz ao rubro com grande exibição da águia", era o que subtitulava o pasquim, ao lado do título, em grandes parangonas: "É assim o Benfica europeu!"
Terão conseguido vender mais uns jornais, certamente. Alguns benfiquistas poderão, até, ter-se deixado iludir. Mas acredito que a grande maioria não se deixou embalar no canto daquela sereia. Aliás, faço votos para que assim tenha sido. Eu, pela minha parte, não vou em futebóis...)

Continuo muito desiludido pelo que (não) fizeram técnicos e jogadores, particularmente nas últimas partidas. Tenho a alma tão seca e amargurada que nem me apetece muito apreciar o trabalho da equipa, individual e colectivamente.
De qualquer forma, seria injusto não referir que Witsel, Maxi Pereira (até pelo golo que marcou...), Luisão, Javi Garcia e Jardel estiveram a um bom nível. Com exibições de sinal contrário estiveram Emerson (obviamente!...), Rodrigo, Gaitán, Cardozo, Bruno César e, até, Artur, que está a ser preocupantemente reincidente na forma displicente, mesmo medíocre e incompetente, como aborda certos lances. Os jogadores que foram chamados no decorrer do jogo (Nolito, Matic e Nélson Oliveira, que substituíram, respectivamente, Rodrigo, Gaitán e Cardozo) estiveram praticamente ao nível dos que substituíram, embora Matic tenha sido importante, porque veio povoar o meio-campo defensivo, tal como Nélson Oliveira que, apesar de ter falhado de modo escandaloso duas flagrantes oportunidades e ter sido incompetente quando podia assistir um companheiro que ficaria na cara do golo (Nolito), acabou por apontar o 2º golo, já em período de compensações.
Jorge Jesus continua a teimar em Emerson (vá lá saber-se porquê...) e em colocar Gaitán (em evidente e irritante baixa de forma...) de início, quando tem outras soluções no banco. E continua a perder inúmeras oportunidades para estar calado e, assim, passar uma imagem de humildade (que, na realidade não tem!...), deixando-se de fanfarronices e palermices, que em nada o beneficiam, nem prestigiam o Benfica. De facto, no flash-interview do final do jogo, J. Jesus voltou a estar ao seu nível, relembrando que em 20 jogos das competições europeias, na Luz, apenas tinha perdido um jogo e blá blá, blá blá, etc... Esqueceu-se, porém, que tem sido também por sua culpa que o Benfica tem perdido estupidamente pontos nos jogos da Liga, onde passou de 5 pontos de avanço para 3 (na realidade, 4...) de desvantagem, e que foi por sua culpa que foi prematuramente eliminado da Taça de Portugal, e que tem sido humilhado frente a rivais, até na sua própria casa, nos tempos mais recentes...
Jorge Jesus terá méritos, certamente. Mas é um fanfarrão de meia-tijela, comete erros de forma reiterada e é mais teimoso que uma mula. Por via disso, tem-se exposto inúmeras vezes ao ridículo, nos tempos mais recentes, colando à sua a imagem do Benfica. É por isso que temos de lhe dizer que se cale, trabalhe, não invente e não seja burro nem teimoso!

É que, Jorge Jesus e os jogadores parece que ainda não perceberam que o que se vai perdendo está, irremediavelmente, perdido.
E não é passível de recuperação...




Na passada 3ª feira, tal como havia decidido, não fui ao estádio. E, como já aqui havia confidenciado, não conto ir nos próximos tempos...
Dói-me muito ver o Benfica jogar como o tem feito nos tempos mais recentes.
Amo demais o Benfica para ficar a assistir, passivamente, ao contínuo desmoronar das mais legítimas expectativas dos sócios, adeptos e simpatizantes.
Não me conformo com o facto das boas exibições e das disputas suadas serem a excepção a uma regra que está a matar, literalmente, o Benfica e os benfiquistas.

(A propósito, na 3ª feira passada houve prémio pela vitória?...)

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