quarta-feira, 20 de julho de 2011

Meio jogo...


Meio jogo, foi quanto durou o futebol do Benfica, na partida com o Anderlecht, no fecho do Torneio do Guadiana.
Depois de uma entrada em jogo muito pouco convincente, a bola foi sendo, progressivamente, mais bem tratada, e o Benfica foi pressionando mais e melhor, acertando mais os passes e, sobretudo, emprestando mais ritmo e qualidade ao jogo. Marcou-se um golo, mas podiam ter-se marcado outros mais. Continua a ser preocupante o desacerto na finalização e, nesta partida, destacou-se nesse (mau) aspecto o Jara que, à sua conta, perdeu um bom par de ocasiões para desfeitear o guarda-redes contrário..
Com os homens do ataque a movimentarem-se continuamente, com o jogo a ser pautado por um miolo constituído por Witsel e Matic, e com as alas dinamizadas por Enzo Perez e Nico Gaitán, viu-se o melhor Benfica desta pré-época.
Nos antípodas, a defesa continuou a ser um autêntico passador, e até o guarda-redes Artur parece estar a ficar contaminado. Foi assim que o Anderlecht, sem que o justificasse minimamente, empatou o jogo, na sequência de (mais) um lance caricato, onde a acção de Fábio Faria (no primeiro lance que disputou na posição de central, depois do abandono de Miguel Victor...) e a de Artur se conjugaram (embrulharam-se...) para facilitar a vida ao avançado do Anderlecht Lukaku. E, mais tarde, depois de um slalom pela meia esquerda, o atacante do Anderlecht, Suarez, deixou para trás o André Almeida e o Enzo Perez (este até desistiu da jogada...) e rematou cruzado para o poste mais longínquo, batendo pela segunda vez Artur (que voltou a parecer-me não ter feito tudo o que podia para evitar o golo...).
Na segunda parte, com a entrada das vacas sagradas Aimar e Cardozo, e também de Bruno César (que começa a desaprender...), o futebol do Benfica foi perdendo qualidade e voltámos a ter o Benfica miserável que viramos até então nesta pré-época. E nem Nolito, nem Urreta, bastaram para equilibrar os pratos da balança...
O jogo parecia não ter solução, com Cardozo a voltar a ser paupérrimo, quer no jogo jogado, quer na movimentação e na procura de espaços, e com Aimar armado em Maradona displicente, a entregar, continuamente, a bola aos adversários, na sequência de passes que só ele entendia, retirando, invariavelmente, qualquer possibilidade de sucesso à equipa. Enfim, um cenário horripilante, auto-criado e nunca corrigido, nem de dentro do próprio jogo, nem de fora para dentro, por quem tinha a missão (e o dever!...) de orientar a equipa.
Acabou por ser, uma vez mais, o dispensado-mor (Urreta) a marcar um golo de belo efeito e a dar o troféu ao Benfica, embora sem o brilho e a glória que todos queríamos.
Referências pela positiva - além das já mencionadas acima... - para Javi Garcia, muito bem no lugar de central adaptado, e também Saviola, que fez um jogo agradável, em contraste absoluto com o que vinha sendo habitual.

Amanhã (hoje...) há mais, na Luz, com o Toulouse.
Esperamos que haja mesmo mais... e muito melhor!

domingo, 17 de julho de 2011

Mais do mesmo...


Ontem, jogo com o PSG, integrado no Torneio do Guadiana. Mais do mesmo...
Com uma diferença: o resultado. Vitória de 3-1, num jogo pobre, embora não tão pobre quanto os anteriores.

Um desempenho defensivo muito pobre, resultou na não interrupção da série consecutiva de jogos a sofrer golos. Já lhes perdi a conta, mas são, seguramente, mais de duas dezenas de partidas a sofrer golos, sistematicamente.
De resto, muitos passes falhados, muitos jogadores sem saber o que fazer, jogadas que culminam com ridículos remates ou opções absolutamente despropositradas, enfim... um cardápio capaz de deixar aterrorizado até o mais indefectível adepto!!!

Não consigo deixar de pensar que anda aqui algo de muito estranho...

Não consigo contabilizar, com precisão, quantos foram os contratados nas últimas duas épocas. Mas não devo errar muito se atirar com um número próximo das duas dúzias.
E, sendo verdade as notícias de hoje, poderemos ter mais três jogadores a caminho.
A ser verdade, trata-se de mais um negócio onde se salvará apenas uma parte bem restrita. No caso, Capdevilla. Os outros - Emerson e Eduardo - devem vir para permitir constituir a equipa de reserva à equipa de reserva da segunda equipa do clube...

Desculpem-me o desabafo: PORRA!!! ESTÃO GOZAR COMIGO!!!...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Na espiral do desastre...


Estamos a girar na espiral do desastre... desde o final da época 2009/2010!!!

Mais um jogo miserável, com o nosso desempenho a rimar bem com o resultado. Uma derrota (1-2) com o modestíssimo Dijon (um autêntico colosso, com 20 anos de existência, recém promovido à principal liga francesa, onde vai estar pela primeira vez, depois de ter sido terceiro classificado da segunda liga na época passada...). No Benfica, jogadores e treinador estiveram ao nível a que nos têm acostumado, isto é, baixo, ou muito baixo, mesmo, na maioria dos casos.

Ninguém vê isto, caramba?!?
Onde é que nós vamos parar, se não houver a coragem de dizer BASTA?
Temos um contentor de jogadores - a maioria deles de qualidade bastante aceitável - temos óptimas condições de trabalho, adeptos aguerridos e fiéis, condições económicas para garantir reforços que os outros não podem e, nem assim, as coisas tomam um rumo normal?!?
E digo NORMAL, porque em qualquer outro clube do mundo, o acumular destas condições seria uma situação quase paradisíaca que, necessariamente, resultaria numa efectiva melhoria das prestações individuais e colectivas, boas exibições (ou, pelo menos, decentes...) e resultados, normalmente, condizentes com os recursos empenhados.
No Benfica, porém, não é assim. Infelizmente...

Temos um técnico com plenos poderes na escolha de jogadores e colaboradores, e na definição do modelo de jogo. Gastámos, nos últimos 2 anos, cerca de 150 milhões (!!!) em passes de jogadores. Tem de perguntar-se, inevitavelmente, PARA QUÊ?

J. Jesus vai morrer de fartura. Porque não sabe comer. Porque come mais com os olhos do que com a barriga.
Dar um plantel destes a J. Jesus é o mesmo que entregar o volante de um fórmula 1 a um vendilhão de peixe que só consegue conduzir um triciclo com motor de 50 c.c..
Daquela cabeça não sai nada. Ou melhor, saem inúmeras invenções, equívocos imensos, pequenos ódios e muitas condenações prévias e, ainda e sempre, uma sede imensa de recursos que só interessam até serem possuídos, após o que nunca medram. Vá lá saber-se porquê...

Nos últimos anos, na nossa liga doméstica, não têm faltado exemplos de treinadores que não são mestres da táctica nem dispõem de plantéis milionários e acabam por levar as suas equipas a obter exibições seguras e resultados sólidos, que se traduzem, habitualmente, em algumas conquistas. Na nossa casa, com mestres da táctica e dinheiro em quantidade, continuamos a rodopiar num redemoinho que ameaça seriamente engolir-nos cruelmente, e ainda há quem assobie para o lado e ache que isto é absolutamente normal (como dizia o inefável Artur Jorge, quando por cá passou, depois de ter sido desprogramado o seu cérebro...).
Até quando continuarão a assobiar para o lado, como se nada - de muito grave! - se esteja a passar?...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Recomeçou...



Recomeçou o futebol...
Começa como começou no ano passado: com muita mediocridade disfarçada de profissionalismo e com muitos palermas armados em deuses e convencidos que são craques, ou mesmo os melhores do mundo e arredores...
Ontem, e também hoje, o Benfica voltou aos jogos.
Ontem, uma vitória de 9-1 sobre uma selecção de Friburgo. Hoje, um empate (1-1) com o Servette.
Ontem e hoje, exibições paupérrimas, a tender para o miserável.
Ontem e hoje, profissionais a jogar muito abaixo de um nível de futebol de rua.
Ontem e hoje, erros, falhas clamorosas  e fífias incríveis e inconcebíveis.
Ontem e hoje... Jesus!!! Como no ano passado: miserável!

O que te fizeram, meu Benfica? Que roupagens te vestiram?
A tua doença é do tamanho do meu desânimo.
Será que alguém me (nos) vai acordar deste pesadelo? Quando?...