domingo, 29 de abril de 2012

Sem qualificação...



... Sem qualificação, mesmo!!!
Depois de uma exibição agradável e de uma boa vitória, na Luz, contra o Marítimo, como é possível descer a um nível tão baixo como o desta noite, com o Rio Ave?!?....

O empate a dois golos foi, para mim, uma derrota. Porque não vencemos, como devíamos, e porque ficamos matematicamente impossibilitados de vencer o campeonato. Mesmo sabendo que isso era praticamente impossível, sabe sempre muito mal não ganhar um jogo...

Não me apetece escrever nada de substântivo sobre o jogo...
Só quero deixar um grito de revolta, saído bem do fundo do corpo e da alma, porque não admito que os mesmos jogadores tenham atitudes tão díspares, sem qualquer razão que o justifique, em momentos tão próximos!
Estão desmotivados? Então, que se motivem, foda-se!!!
Razões para andar desmotivado tenho eu, que vivo num país de corruptos, onde se escraviza quem trabalha e se protege quem explora e suga o sangue dos trabalhadores. Que ganho pouco, que tenho de fazer contas para viver e vejo o meu salário reduzido e os preços dos produtos, dos serviços e dos impostos aumentados constantemente.
... E, pior do que tudo o mais, que sofro por ver o meu clube ser representado por um grupo de jogadores que se comportam muitas vezes como mercenários, embora sejam pagos principescamente e com condições de vida e trabalho de sonho, mas que entram em campo mais para cumprir calendário do que para dar o litro, como daria qualquer adepto como eu - até suar sangue!... - mesmo que tivesse de pagar para jogar!

Como é possível entrar no jogo como entrámos hoje?
Os jogadores - quase todos eles... - estiveram em campo nitidamente como se estivessem a fazer um grande frete!...
Muitos dos que subiram ao relvado estavam nitidamente a pensar na próxima época... e na sua situação em concreto, claro!!!
J. Jesus já se apercebeu disso e deixou de fora da equipa Gaitán e Javi Garcia. Mas ficaram ainda Artur, Garay, Luisão, Witsel, Aimar, Cardozo...
Como é possível que, nos primeiros 10 minutos de jogo, Garay tenha feito dois passes, à distância de cinco metros, à saída do nosso meio campo defensivo, para os pés dos adversários, embora não estivesse pressionado?!?!?...
Como é possível que Artur e Luisão tenham estado tão desconcentrados como aconteceu no (inocente...) lance que deu o primeiro golo do Rio Ave?
Como é possível que Artur tenha ficado a ver a bola dirigir-se, em arco, a baixa altura e devagar, para o fundo da baliza, no segundo golo do Rio Ave, sem esboçar sequer uma tentativa de se fazer ao lance?
Como é possível que Aimar tenha andado tão desligado do jogo como esteve, sem procurar a bola e, quando a teve, tenha estado tão apático?
Como é possível que Cardozo tenha passado o jogo sem atacar a bola, sem dar luta, sem pressionar os adversários e sem crira uma situação real de perigo?

Para mim - como já escrevi anteriormente, e como tenho dito aos amigos... - jogador que estivesse em campo a pensar no contrato da próxima época, distraído com a saída para Manchester, Londres, Roma ou Buenos Aires (ou para quaisquer outras latitudes...), já tinha sido devidamente informado que, ou se aplicava como devia ser, para merecer que a sua situação fosse ponderada ou, caso contrário, só saía pelo valor da cláusula de rescisão!
... E se não se pusesse fino, tinha o caminho aberto para o banco... ou para treinar com a equipa B!!!

Mas isto sou eu, que amo o Benfica tanto como a minha própria vida...


Post Scriptum:

Antes do jogo - como já aconteceu em outras alturas, recentemente... - uns quantos benfiquistas entretiveram-se a escrever declarações de amor a Luís Filipe Vieira nas paredes do recinto do Rio Ave. Deram, assim, sequência à contestação a LFV (e, certamente, à continuidade de J. Jesus no Benfica...), esquecendo que quem joga são os jogadores.
Se LFV não tivesse propiciado as necessárias condições à equipa, ou se não tivesse defendido os interesses do Benfica (embora, aqui, possa ter tido alguns lapsos, admito...), ainda poderia compreender a contestação.
Por outro lado, J. Jesus fez um bom trabalho, tanto ao nível da formação da equipa como da valorização individual dos jogadores. É verdade que cometeu erros, foi teimoso (e a equipa ficou prejudicada com essa teimosia...) e, por vezes, fala demais e diz o que não deve. Mas, como todos vimos, pôs a equipa a jogar futebol e obteve bons resultados, na Europa e dentro de portas. O problema foi a incosntância verificada!
E aqui é que está a verdadeira questão: porque é que os jogadores são inconstantes, fazem jogos com altos níveis de entrega e outros com uma postura e qualidade inadmissíveis? Presidente e o treinador são os mesmos... e mantêm o mesmo discurso e a mesma prática!
A verdade é que não é o presidente, nem o treinador, quem corre, dentro do campo, mais ou menos; não é o presidente, nem o treinador, quem está no jogo, concentrado ou desconcentrado; não é o presidente, nem o treinador, quem tem comportamentos e posturas em campo que favorecem ou, pelo contrário, prejudicam a equipa...
Na minha opinião, o Benfica não tem que ter apenas bons jogadores. Antes de tudo, tem que ter jogadores humildes, trabalhadores, honestos, e com muita raça e querer. Enfim, tem que ter na sua equipa homens, em vez de ídolos com pés de barro. Depois, se eles forem maradonas, tanto melhor; se não, pelo menos saberemos que serão humildes, honestos e esforçados...

Mas isto sou eu a dizer.
Eu, que amo o Benfica tanto como a minha própria vida...

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Vitória fácil... e a jogar futebol!


... A jogar futebol!
A vitória sobre o Marítimo (4-1) foi justa, clara, sem espinhas, e obtida com a equipa a jogar bom futebol...
Foi uma vitória à Benfica!

Quando se soube a constituição da equipa, ficou-se em suspenso. Jorge Jesus mudava, de uma assentada, 3 das pedras de que não abdicara durante a época: Emerson, Javi Garcia e Gaitán. Nos seus lugares apareceram Capdevilla, Matic e Nolito. Uma equipa para agradar aos sócios? Ou (finalmente!...) um sinal de estar a ser mais pragmático e menos casmurro?
O que é facto é que a equipa apareceu a jogar com muita intensidade, em pressing constante, com um futebol variado e explorando bem as faixas laterais, onde Nolito e Bruno César, apoiados por Capdevilla e Maxi Pereira, criavam uma dinâmica que colocava inúmeros problemas às linhas recuadas do Marítimo. A equipa madeirense passou os primeiros quinze minutos sem sequer passar a linha divisória do meio campo, com o Benfica a criar uma série de boas ocasiões de concretização. Saviola rematou ao poste, à passagem do minuto 4, e logo depois Luisão e Cardozo estiveram prestes a marcar.
Até que, à passagem dos quinze minutos, Aimar recebeu um passe da direita, de Maxi Pereira, tocou atrasado para o coração da grande área, onde apareceu Nolito a rematar de pé esquerdo, de primeira, rasteiro, para o fundo da baliza de Peçanha. E o mesmo Nolito, quatro minutos mais tarde, foi isolado por um passe magistral de Saviola e, à saída do guarda redes brasileiro do Marítimo, tocou a bola por cima, fazendo um chapéu perfeito e um golo de belo efeito.


Perto da meia hora de jogo surgiu mais uma grande oportunidade para aumentar o marcador, com Cardozo, sobre a esquerda, a receber uma bola da direita, de Bruno César, e a meter de primeira para o centro da área, onde Saviola rematou bem, à meia volta, com a bola a embater num defensor do Marítimo.
Alguns minutos depois, nova investida pela direita, agora de Maxi Pereira, e a bola cruzada para o interior da pequena área, onde um defesa se antecipa a Cardozo, quando este se aprestava para rematar para o fundo da baliza do Marítimo.
E logo depois, perto do final da primeira parte, mais duas excelentes ocasiões, na sequência de bonitas jogadas de futebol, com Capdevilla a ser isolado por Saviola e a rematar de primeira, para uma grande defesa de Peçanha, e com Bruno César a rematar colocado, obrigando Peçanha a esticar-se todo para defender, bem junto ao poste esquerdo da sua baliza.
Apesar do ritmo ter abrandado um pouco no final da 1ª parte, o resultado era curto para tantas oportunidades criadas...


No regresso dos balneários, o Marítimo apareceu muito mais atrevido e, para não variar, lá sofremos o golito da ordem, em mais uma desatenção do nosso sector recuado, com o Sami a descobrir um buraco na zona central da nossa defesa, apanhada em contra-pé, para rematar (meio no ar, meio na bola...) atabalhoadamente, fazendo-a passar entre Bruno César (que entretanto acudira àquela zona...) e Artur, e encaminhar-se lentamente para a nossa baliza, vazia.
O Marítimo, mesmo sem jogar grande coisa, tentava intranquilizar a nossa equipa, saindo agora mais veloz para o ataque. Durante alguns momentos não estivémos como devíamos, falhando alguns passes e incorrendo em alguns descuidos tácticos e posicionais. Nessa altura, quando foi preciso, Artur esteve sempre bem...
Entretanto, vendo que a equipa começava a estar mais fragilizada no miolo (Matic estava agora mais sozinho, por falta de frescura física de Aimar e Saviola...), Jorge Jesus fez sair os dois atacantes argentinos e colocou em campo Javi Garcia e Rodrigo. E a equipa ficou bem melhor daí em diante.
Resultados mais imediatos não era possível, já que na primeira vez que tocou na bola, Rodrigo marcou o terceiro golo, encostando o pé, em plena pequena área, frente à baliza, após uma assistência perfeita de Nolito, da esquerda do nosso ataque.
E apenas cinco minutos depois, Bruno César arrumou com a questão, após mais uma bonita jogada do nosso ataque, que culminou com um passe soberbo de Nolito (mais um!...) que, da esquerda, fez a bola cruzar toda a grande área, rasgando por entre a defesa do Marítimo e indo cair no pé do brasileiro que, com muita classe, ajeitou para o pé esquerdo, e com esse mesmo fuzilou Peçanha, obtendo um golo de belo efeito.

O homem do jogo foi, claramente, Nolito. Marcou os dois primeiros golos do encontro, e deu a marcar os outros dois. Uma exibição de grande nível. É, sem dúvida, um desequilibrador nato...
E é pena que tenha estado num momento menos bom de forma quando a equipa precisou da sua criatividade...


De resto, também Artur, Maxi Pereira, Capdevilla, Matic e Bruno César, estiveram bastante bem. Aimar e Saviola, enquanto duraram, fizeram boas exibições. Luisão, Garay e Cardozo não estiveram particularmente felizes. Rodrigo esteve bem, embora tivesse sido algo perdulário e, em algumas situações, um pouco egoísta. Javi Garcia cumpriu bem a função de ajudar a parar o meio campo do Marítimo. Nélson Oliveira não esteve muito em jogo, talvez porque quando entrou a equipa já tinha o jogo resolvido e jogava com menor fulgor e intensidade.

(Não notei as ausências de Gaitán e de... Emerson.)

Jogámos bom futebol e, embora não isentos de erros, mostrámos uma equipa que muitas vezes não fomos ao longo da época. E tínhamos que ter sido, porque temos valor, individual e colectivo, para isso!
Durante este jogo, dei por mim muitas vezes a murmurar: "Porra, é tão fácil jogar futebol!..."
Por isso ainda me custa mais termos deixado escapar um campeonato que tinha sido tão fácil de vencer...

terça-feira, 17 de abril de 2012

Devemos acreditar em Jesus?...


É o dilema deste final de época.
Independentemente do que vier a ser o resultado final do campeonato, a grande questão será, realmente, centrada na manutenção, ou na troca, do treinador.
Tenho sido bastante crítico em relação a Jorge Jesus, não só porque não compreendo muitas das suas opções (e, não sendo catedrático, vejo futebol - correcção, vejo o Benfica... - há muitos, muitos, anos), mas também porque reconheço que tem uma maneira de ser e de estar que pode ser desagradável e, até, contraproducente, tanto interna como externamente.
Jorge Jesus tem um feitio difícil, não me parece muito culto nem particularmente hábil para gerir algumas situações e, quanto a mim, foi-lhe dada muita rédea solta e nenhum acompanhamento (ou aconselhamento) próximo, em termos de intervenção pública e de gestão de imagem. Com prejuízo para si... e para o próprio clube.

Contudo, parece-me que Jorge Jesus é um treinador com grandes capacidades e muito potencial ainda por explorar, que, se for capaz - ou se o ajudarem a... - gerir de forma mais racional e pragmática, e menos emocional, o grupo de trabalho, e o próprio planeamento e trabalho desportivo, dará a volta a estes períodos baixos do nosso futebol e guiará a equipa para muitas conquistas.
Confesso que até a mim isto que escrevo me parece um pouco estranho, em especial porque tenho sido muito crítico - talvez por deformação profissional... - de Jorge Jesus, do seu trabalho e dos resultados obtidos.
Porém, o que é facto é que nunca nos últimos anos ganhamos tanto como com Jorge Jesus, e nunca realizámos tantas mais-valias, desportivas e financeiras, como temos realizado com ele.
E, embora não goste muito de falar nisso, a verdade é que se não tivéssemos sido tão prejudicados pela arbitragem como fomos, estaríamos muito bem embalados, a caminho do Marquês...
Sinceramente, olhando para todos os lados, não vejo alternativa que possa apresentar mais probabilidades de sucesso do que o previsível com Jorge Jesus.

Creio que precisaremos, sobretudo, de agir a três níveis:
1º - Arranjar jogadores para duas ou três posições mais fragilizadas e, simultaneamente, exigir dos jogadores uma maior constância e entrega ao jogo, pondo em primeiro lugar os interesses do grupo, embora se aceite que não esqueçam os seus; não os podem é pôr em primeiro lugar!
2º - Gerir os relacionamentos desportivos, no plano institucional e no financeiro, com o distanciamento que as circunstâncias desde há muito vêm aconselhando; ou seja, não servir de cobertor a quem, sistematicamente, nos prejudica e fragiliza (árbitragem, dirigentes desportivos associativos, comunicação social...)
3º - Dedicar especial atenção à questão das arbitragens e da justiça desportiva, definindo e pondo em prática as estratégias e iniciativas que se afigurem como as necessárias e adequadas para garantir que cessem roubos e ataques como os que têm sido comuns, mesmo que essas iniciativas passem pelo uso de armas mais... expeditas.

Para além disso, fica a faltar dizer:
Jesus, o Benfica conta contigo! Queremos-te entre nós!
No banco, ou na bancada, tanto faz!!!



(Não ligues muito a isto. É que ainda há gente que acredita em Artures Jorges ou Manuéis Josés, esses treinadores tão bons e que nos trouxeram tantos títulos...)

Obrigação cumprida... sem grande brilho


Vencemos, novamente, a Taça da Liga.
Naturalmente. Como se esperava, cumprimos a nossa obrigação. É mais um troféu para a nossa vitrine...
É verdade que não fizémos um jogo muito famoso, mas fomos justos vencedores e, se ficaram golos por marcar, foi para o nosso lado.

Ao contrário do que muitos querem fazer crer, a Taça da Liga é uma prova bastante competitiva, que põe em confronto as melhores equipas das duas ligas profissionais.
Sendo uma prova que mistura uma fase de grupos com uma fase a eliminar é, sem dúvida, bastante seletiva.
E se isso não fosse suficiente, bastaria ver que superámos, directamente, de entre outros, o Guimarães e o Marítimo, e que eliminámos na meia final o desportivo do freixo que, como se sabe, é muito hábil em promover destinos turísticos, fruta e docinhos para dormir. E que o outro finalista deixou pelo caminho, diretamente, o recreativo do campo grande e o crac b...

A Taça da Liga não faz esquecer uma época pouco positiva, mas atenua um pouco.
Perdê-la é que seria realmente desastroso...

Uma referência à presença na nossa equipa, nesta final, do Matic (grande jogo!) e do Capdevilla que, a par de Witsel e Bruno César, e até de Aimar, Maxi Pereira, Rodrigo e Eduardo (embora este sem trabalho quase nenhum...) fizeram um bom jogo. Saviola, que saíu do banco para, na vez que tocou na bola, fazer o golo da vitória, também fica na história. Tal como Rodrigo, que tinha apontado o primeiro...




PS - Achei curioso o facto dos jogadores do Gil Vicente (que foi derrotado) terem sido recebidos em festa em Barcelos, e dos jogadores do Benfica (que venceram, com inteira justiça, o troféu) terem sido vaiados por uns 10 (?) adeptos, alguns de cara tapada, tanto em Coimbra como em Lisboa. Se os jogadores começam a perceber que perdendo é que são bem recebidos, estamos tramados...

Inconcebível...



... perder com os viscondes falidos... mesmo que seja no WC Stadium.

Mas, inconcebíbel é, também, ter um início de jogo personalizado, dominando as operações, até assumindo as despesas do jogo e, de um momento para o outro, depois de mais um daqueles penalty´s que só se marcam contra o Benfica - ou a favor do desportivo do freixo! - deixar caír os braços e fazer um jogo tristemente miserável...

Como inconcebível é, também, continuar a permitir-se que a corrupção se passeie pelos campos de futebol, seja vestida de Olarápio, de «sem dentes» Proença, de Paixão (mentirosa!), de «filho de peixe sabe nadar» Soares Dias ou de qualquer outro do vasto cardápio do sistema!
O mesmo filho de puta que marcou penalty por o Luisão ter tocado o .......skinkel com o braço direito, junto à lateral da nossa grande área, não marcou - estando perto, em qualquer um dos casos, e num deles até de frente e com a visão desimpedida... - qualquer falta nos lances, dentro da área dos verde-ranho, que a imagem documenta. Então o lance sobre o Gaitán, logo aos 2 minutos de jogo, é gritantemente escandaloso!



....................

Inconcebível, e doloroso, é perder com um clube que tem como um dos símbolos e fundador um tipo que se assumiu como da fina-flor (do entulho...) - o chico estrumpfe! - mas que nasceu no Intendente, contraíu sífilis (apesar de não se lhe conhecerem aventuras com raparigas...), doença essa que foi identificada quando o pai o surpreendeu a tentar comer sopa com um garfo (!!!), e que se matou aos 38 anos (certamente arrependido de ter ajudado a fundar uma coisa como o zpórtem...) atirando-se para debaixo de um comboio...
Inconcebível, e doloroso, é perder com um clubezeco que tem como objectivo maior ganhar um joguito ao Glorioso, e que tem actos dignos do mais profundo atrasado mental de um qualquer hospital de fim de linha, como seja pintar a relva de verde para disfarçar o seu mau estado...
Inconcebível, e doloroso, é perder com uma agremiação recreativa que assume como uma das suas missões supremas garantir a contratação de jogadores do Benfica, e se volatiliza, literalmente, quando consegue contratar um deles, mesmo que ele, à posteriori, certamente ao ver a horrorosa camisola que então veste, não consiga reter a natural repulsa e vomite em campo, como aconteceu com o nosso João Vieira Pinto...


Este curto período de férias que estive a gozar, em outras latitudes, não me permitiu acompanhar mais em cima os jogos com os viscondes falidos e com o Gil Vicente. Aparentemente perdi pouco...
Melhores dias virão. Têm de vir!!!...

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Um filho de puta chamado Damir Skomina...



Foi o homem do jogo, este filho de puta que veio lá detrás do sol posto, fazer um servicinho àquele mafioso que ninguém conhecia por aqui, em 2003, e que, à força do dinheiro que empregou, se tornou numa conhecida figurinha deste velho mundo. Numa das mais execráveis personalidades desta Europa decrépita e vendida à mafia financeira...
Se a providência fosse justa, o que este filho de puta tivesse ganho com este servicinho seria usado, na totalidade, para se tratar de uma doença grave... da qual morreria logo a seguir!!!

Contra todas as expectativas, jogámos esta noite em Londres mais - muito mais, mesmo... - do que o Chelsea.
Jogámos mais do que o suficiente para seguirmos calmamente para as meias finais da Champions.
Digo que foi contra todas as expectativas, não porque tivesse dúvidas acerca da nossa superioridade face ao Chelsea (quando se quer jogar, é evidente...). Como, aliás, já tínhamos mostrado no jogo da semana passada, onde jogámos mais do que os ingleses e apenas fomos traídos pela mediocridade que marcou a exibição de Emerson, e outros amigos. O jogo desta noite decorreu contra todas as expectativas porque jogámos sem qualquer central de raíz - face às lesões de Garay, Jardel, Miguel Vitor e Luisão, por esta ordem - com Javi Garcia e Emerson (!!!) a fazerem a dupla de centrais, com Matic à sua frente, e porque ficámos em desvantagem aos 20 minutos da 1ª parte, na sequência de um penalty fantasma assinalado por um membro do braço esloveno da máfia russa, e ainda porque ficámos a jogar com 10 jogadores desde os 38 minutos de jogo, por uma expulsão forçadíssima do Maxi Pereira, por duplo amarelo, culminando uma gritante e escandalosa dualidade de critérios do mafioso apitador desta noite.
Foi, portanto, contra todas as expectativas, que o Benfica voltou a dar, esta noite, um banho de bola aos bifes azulados, mesmo quando J. Jesus decidiu poupar - e, quanto a mim, bem... - Cardozo, Gaitán e Bruno César, para os próximos encontros, retirando-os do jogo e fazendo entrar para os seus lugares, respectivamente, Nélson Oliveira, Yannick e Rodrigo.
A equipa jogou com grande abnegação e humildade, numa demonstração clara de que, quando se quer, quase sempre se consegue.
Foi o que ia acontecendo esta noite. Mesmo a jogar com dez, e contra catorze (na verdade, os fiscais de linha não foram parciais e, até, estiveram bem...), o Benfica controlou sempre o jogo, atacou e rematou mais, e encostou o Chelsea às cordas. Os nossos avançados - Aimar e Cardozo, primeiro, e depois Nélson Oliveira e, sobretudo, Yannick Djaló - falharam várias ocasiões de golo, embora também tenham visto uma mão cheia delas negadas por intervenções mais complicadas do guarda-redes do Chelsea. Foi, portanto, com inteira justiça que, na sequência de um canto, já aos 85 minutos, Javi Garcia se libertou da marcação da defesa, procurou um espaço vazio e cabeceou para o fundo das redes dos ingleses.
E o Benfica continuou a carregar sobre o adversário. Não podia, de facto, fazer outra coisa...
Foi pena que, apanhada a equipa em contra-pé - Aimar não foi lesto a ganhar uma bola rechaçada da área do Chelsea... - o Chelsea tenha voltado à vantagem, numa jogada onde os nossos ainda tentaram recuperar as posições, sem o conseguirem. Aquele biltre provinciano e badalhoco, que devia era servir de combustível para queima nos fogões que ostentam nome idêntico ao seu, que tem aquelas artísticas tatuagens em todo o corpo (e que até lhe devem entrar pelo olho do cú!!!) acabou por ter a sorte de apanhar Artur distante da baliza e rematou para o fundo das redes.
Totalmente imerecido o resultado. Aliás, como o desfecho da eliminatória. Aliás, como fora imerecido o resultado da semana passada, embora aí tenha havido muito demérito nosso.

O homem do jogo desta noite foi, como se disse, um filho de puta que se vestiu de verde caganeira, e que deve ter recebido um chorudo brinde do mafioso Abramovich. E, possivelmente, também do corrupto do Platini.
Uma arbitragem bem ao nível das que são tão comuns no nosso futebolzinho doméstico.
Damir Skomira foi, sem dúvida, o melhor jogador do Chelsea, esta noite!
Seremos, alguma vez, bafejados pela graça suprema de alguém expurgar o futebol de toda a merda, de todo o vómito, que o envolve?...

Esta é uma daquelas alturas em que sinto nojo da raça humana. E, um bocadinho, de ser português, depois de me ter confrontado com alguns comentários de agentes desportivos e de cidadãos anónimos deste país, produzidos nos últimos dias e, com maior intensidade, esta noite.

Mas este é, também, um momento em que, genuinamente, sinto profundo orgulho em ser benfiquista!!!...

segunda-feira, 2 de abril de 2012

É pouco futebol para as nossas necessidades...



A vitória de ontem, sobre o Braga, voltou a deixar a descoberto as debilidades do nosso actual futebol...
Não foi um jogo bem jogado, embora tenha sido muito disputado.
O Benfica entrou bem no jogo, dominou de forma muito evidente durante a primeira meia hora de jogo, mas nunca conseguiu ser suficientemente consistente e competente para lograr alcançar o golo. O Braga praticamente não incomodou a nossa defesa, preocupando-se apenas em jogar com toda a gente atrás da linha da bola, para dificultar o nosso ataque. E, com o passar do tempo, o nosso futebol foi perdendo pressão. Apesar disso, o Braga nunca deu mostras de estar interessado em aventurar-se muito no ataque.
O intervalo chegou e o nulo castigava a nossa incompetência atacante, ao mesmo tempo que premiava a cobardia do adversário...
Na 2ª parte as coisas ficaram mais equilibradas, muito por culpa nossa, que nos apresentámos a jogar lentos, falhando passes e mastigando demais o jogo, e não mostrando qualquer acutilância ou eficácia nos lances de bola parada.  Por outro lado, voltámos a mostrar grandes dificuldades em evitar, e mais ainda em suster, os contra-golpes do adversário, que agora era mais venenoso.
À passagem dos 75 minutos, Bruno César leva uma cabeçada  dentro da área do Braga e o árbitro (acredito que contrariado...) assinala grande penalidade. Foi um lance indiscutível e a decisão não poderia ser outra.

De qualquer forma, ainda duvidei do que estava a ver. Até porque estava convencido que, para se marcar um penalty a favor do Benfica, o jogador que sofresse a falta teria que dar entrada nas urgências de um hospital certificado pela Liga e, simultaneamente, o Luís Feitas Lobo aceitar que a falta era mesmo para penalty...

Witsel converteu o castigo... deixando Quim a espumar de raiva.



O golo não me tranquilizou, até porque seria sempre necessário, pelo menos, marcar mais um golo para vencer o jogo, uma vez que já se sabe que o Benfica sofre sempre, pelo menos, um golo, na Luz, nos jogos para o campeonato. A excepção foi, mesmo, o Sporting. De resto, toda e qualquer triste equipa marcou na Luz...
E, de facto, não foi preciso esperar muito.
Aos 82 minutos, Elderson (o mesmo que tinha cabeceado Bruno César...) fez o empate, aproveitando uma defesa incompleta (na verdade, um brinde...) de Artur, na sequência de um livre apontado por Hugo Viana, próximo do vértice esquerdo da nossa grande área. Já agora, para que conste, a falta foi assinalada para castigar uma pretensa infracção de Capdevilla sobre Paulo César que, literalmente, se atirou para a piscina...
Uma equipa que sofre golos destes - os quais acontecem, normalmente, pouco depois de nos termos colocado em vantagem... - não tem, objectivamente, condições para ser campeã. Trapattoni disse um dia, a propósito do sistema de contenção que foi obrigado a implementar quando treinou o Benfica (a qualidade, e qualidade, dos recursos ofensivos não era muita, como bem sabemos...), que "um bom ataque ganha jogos, e uma boa defesa ganha campeonatos".
Pode não se gostar, mas é verdade...
E o Benfica defende mal. Desde há muito que é assim. O problema é que esse mal começa a generalizar-se e contagia os que chegam de novo. Por exemplo, Artur está a ficar particularmente contagiado. Basta atentar nos últimos jogos para se ter a prova de como tem vindo a ser cada vez mais permissivo.

Aproveito, também, para fazer notar que, curiosamente, as recentes vitórias sobre adversários mais durinhos (CRAC, para a Taça da Liga, e Braga, ontem...) tiveram na esquerda da defesa um senhor chamado Capdevilla. E que, na ficha de jogo dos anteriores desaires, ficou averbado o nome de Emerson...



A sorte acabou por nos sorrir, já em período de compensação, quando Bruno César iniciou e concluíu uma jogada em que Gaitán entrou na área do Braga, sobre a direita, e tocou atrasado para o Chuta-Chuta que, de pé esquerdo, descaído para a direita do nosso ataque, já dentro da área do Braga, atirou para o fundo das redes, provocando em Quim o segundo ataque de cólera da noite...
Sinceramente, tenho pena que o golo da vitória não tivesse sido um frango monumental daquela espécie de guarda-redes...
Não tenho nada, pessoalmente, contra Quim. Mas fico, sempre, enojado quando alguém cospe no prato do qual já comeu. Qualquer que seja a razão dos seus ressentimentos...

Como titulei no cimo deste post, o actual futebol do Benfica é pouco para as nossas necessidades. E as (mais que esfarrapadas!...) desculpas de que jogamos em mais de uma frente, não justificam o que quer que seja. O plantel é rico, e vasto, os atletas são profissionais, e têm todas as condições de treino e os necessários planos de recuperação física. Se não têm, deviam ter...
Tal como em outros campeonatos, têm de estar preparados e dar a indispensável resposta competitiva. E a sua disponibilidade, o seu nível de concentração e a sua entrega ao jogo não têm sido, na maior parte das vezes, a que se impõe. É preciso mais. Muito mais. Se não, não vamos lá...



No jogo de ontem, destaco Witsel e Bruno César, até por terem sido os marcadores dos golos. Javi Garcia e Gaitán também estiveram um pouco acima da média (que foi baixa...), tal como Luisão, Maxi Pereira e Capdevilla, embora estes mais pela garra do que pela qualidade exibida.
A frente de ataque esteve... miserável.
Artur parece-me estar a precisar de passar pelo banco.
Jorge Jesus tem que ser instruído para se conter mais, muito mais, mesmo, nas declarações que presta após os jogos. Fica-lhe mal o elogio na própria boca... Mais ainda quando têm sido inúmeros os erros que se lhe podem apontar, especialmente nestes últimos tempos...