domingo, 29 de julho de 2012

Vitórias gordas... e preocupantes!!!



Ontem e hoje, vitórias gordas... e preocupantes!!!
Pode parecer um contrassenso, mas é bastante compreensível...


27Julho2012
Ao fim da tarde de ontem, na Luz, disputou-se mais uma edição da Eusébio Cup.
Desta vez, o adversário foi o Real Madrid, campeão espanhol em título. O resultado, foi à antiga: 5 a 2!!! E até podiam ter sido mais...
O jogo começou bem. Logo ao terceiro minuto, Carlos Martins marcou um livre sobre a direita do nosso ataque, na projecção da linha limite da grande área do Real. Javi Garcia acorreu à bola, sobre a zona central da área e, de cabeça, com um gesto perfeito, rodou a cabeça e marcou um golgo de belo efeito. Depois, veio o habitual período de brindes ao adversário e Callejón, aos 18 e 20 minutos, deu a volta ao marcador. Erros inaceitáveis do sector defensivo, sobre a nossa esquerda e na zona dos centrais, permitiram o golo adversário, mesmo quando éramos nós a dominar o jogo...
Porém, pouco tempo depois, Carlos Martins (outra vez...) bateu mais um livre, outra vez do lado direito do nosso ataque, e apareceu agora Witsel a cabecear, à entrada da pequena área, para o fundo da baliza do Real, repondo alguma justiça no marcador. E com esse resultado se chegou ao intervalo. Registo, ainda, para um falhanço escandaloso de Cardozo, ao minuto 31, em zona frontal à baliza e só com o guarda-redes pela frente, depois de um centro com conta, peso e medida, de Melgarejo.
No início da segunda parte, Enzo Perez apareceu no lugar de Nolito, e desfez o empate, num golo magistral, aos 53 minutos. Aos 58 minutos, Carlos Martins fez o 4-2 com um golo não menos espectacular, num remate de primeira, depois de um centro atrasado de Witsel, sobre a direita do nosso ataque. E aos 85 minutos, Enzo Perez fechou a contagem, com um chapéu sobre o guarda-redes do Real Madrid, após um passe de Kardec, feito já dentro da grande área, sobre a direita do nosso ataque.
O Real apresentou algumas ausências, em especial no sector recuado. Contudo, alinharam de início, de entre outros, Granero, Lass Diara, Kaká, Di Maria, Callejón e Higuain. E, mais tarde, jogaram ainda, Fábio Coentrão, Alex, Benzema e Morata, a estrela ascencional merengue...
Pelo Benfica, alinharam, de início, Artur, Maxi, Luisão, Garay, Melgarejo, Javi García, Witsel, Gaitán, Carlos Martins, Nolito e Cardozo. Ao intervalo, entraram Enzo Perez (saíu Nolito), Kardec (saíu Cardozo) e Ola John (saíu Gaitán) e, no decorrer da 2ª parte, Bruno César (para o lugar de Carlos Martins), Saviola (saindo Witsel) e, mesmo no final do jogo, Michel (por troca com Kardec) e Luisinho (rendendo Melgarejo).


Destaques, pela positiva, para Carlos Martins - encheu o campo, marcou um golo e deu dois a marcar... - Witsel - fez o emapte a 2-2 e esteve sempre em todo o campo, a defender e a atacar - Enzo Perez - marcou dois golos e revelou argumentos técncios e níveis motivacionais mais próximos do que se espera dele... - e Maxi Pereira, pelas razões de sempre: raça, garra e disponibilidade total.
Pela negativa, destaco a reiterada e preocupante incapacidade para defender, a gritante falta de agressividade nas acções defensivas, a grande facilidade e constância com que se cometem falhas incríveis na transição ofensiva, de que resultam contra-ataques mortíferos e, em consonância com isso, o enorme défice de recuperação defensiva. Não se pode admitir que os defesas deixem, por inúmeras vezes, a bola nos pés dos adversários, apenas porque pretenderam inventar um passe impossível, ou arriscar uma jogada individual dispensável ou um passe desnecessário. E ontem, no jogo com o Real Madrid, como já acontecera com o PSV Eindhoven, essas situações multiplicaram-se!...


28Julho2012
Hoje, em Barcelos, com o Gil Vicente, disputámos o Troféu Crédito Agrícola.
Os gilistas faziam a apresentação aos sócios e, como é habitual, disputavam o referido troféu. Estivémos presentes pela primeira vez e, embora apresentando uma equipa com jogadores que habitualmente não são titulares, acabámos por vencer por... 2-5!!! Como ontem.
O Gil Vicente começou o jogo a pressionar. Porém, nesse período o Benfica foi eficaz e consistente e, nas saídas para o ataque, causou sempre grande perigo. Aos 13 minutos, Mora correspondeu, de cabeça, a um centro de Luisinho, e inaugurou o marcador. Dois minutos depois, Mora apontou um livre e Miguel Vitor apareceu na área a desviar, de cabeça, para o fundo das redes gilistas. Aos 21 minutos, Enzo Perez desmarcou Mora, que apareceu em velocidade a ganhar aos centrais de Barcelos e, com o guarda-resdes a tentar fazer a mancha, atirou rasteiro, para o poste mais distante, fazendo o 3-0. E aos 30 minutos fez o hat-trick, encostando o pé num centro da esquerda, de Luisinho.
Ao minuto 40, o árbitro de Braga, Cosme Machado, teve a sua primeira - e única!... - oportunidade para fazer golo, e não a desperdiçou! De facto, na sequência de uma disputa de bola entre Miguel Vitor e um atacante do Gil Vicente, Miguel Vitor fez falta sobre o gilista, fora da área, sobre a esquerda, e este foi atirar-se uns metros mais à frente, caindo sobre o limite da grande área. Cosme Machado, claro, marcou penalty! Afinal, estes jogos são de preparação, ou não? Então, ele está, de facto, a preparar-se para a próxima época. Enfim, o costume...
Ao intervalo, entraram Ola John, Kardec e Michel, para os lugares de Hugo Vieira, Mora e Nélson Oliveira. A equipa perdeu fulgor atacante, muito pela ausência de Mora, mas também pelas actuações menos conseguidas de Ola John e Kardec.
Depois, como já é habitual, abrimos o período de ofertas, e deixámos o Gil Vicente jogar à sua vontade. Pelo meio, permitimos que fizesse o 2-4, na sequência de um cruzamento feito sobre a direita da nossa defesa, aparecendo solto, sem marcação, nas costas de Jardel e com Luisinho apenas a assistir, um gilista a rematar de cabeça... quase ao nível do relvado(!!!) , para o fundo das nossas redes.
Aos 67 minutos, Bruno César apontou um livre, com o guarda-redes anfitrião a sacudir, com dificuldade, para a frente, aparecendo Michel a fazer a recarga, atirando para o fundo das redes e fixando o resultado final em 5-2.
O Benfica alinhou com Paulo Lopes, João Cancelo, Miguel Vítor, Jardel, Luisinho, Roderick, Enzo Peréz, Bruno César, Mora, Hugo Vieira, Nélson Oliveira. Jogaram, também, como já foi referido, Ola John, Kardec e Michel, e, ainda, Mika (saíu Paulo Lopes), André Almeida e André Gomes, que renderam, ao mesmo tempo, Enzo Perez e Bruno César.


Neste jogo, destaco, pela positiva, Rodrigo Mora, não só pelo hat-trick que consumou em apenas 45 minutos, mas também pela boa exibição global que realizou. Destaque, ainda, para a boa estreia de João Cancelo na lateral direita da defesa, e para as actuações agradáveis de Enzo Perez e Bruno César. Destaque, por fim, para o facto do Benfica ter acabado o jogo com sete portugueses - seis deles formados no Benfica... - e com uma equipa muito próxima dos sub-21.
Pela negativa, tal como nos últimos jogos, a incapacidade global para defender com um mínimo de qualidade, e a facilidade com que se cometem erros inadmissíveis a este nível.


Por isso o título deste post: Vitórias gordas... e preocupantes!!!



PS - Ontem, a jogar com o equipamento alternativo, vencemos o Real Madrid. Não está mal!... Mas eu continuo a não gostar de ver aquele arranjo e conjunto cromático...

domingo, 22 de julho de 2012

... E voltámos a ter "misérias"!!!


Depois de uma vitória (5-1) no jogo de angariação de apoios para as vítimas da fome, disputado na Luz, em que teve por opositor uma equipa denominada por qualquer coisa parecida com "Os amigos de Figo e o resto do mundo" (?), formada por antigas estrelas do futebol, o Benfica partiu para a Polónia, para participar no torneio Wroclaw Polish Masters, que reuniu o Atlético de Bilbau, o PSV Eindhoven e o campeão polaco, o Slask Wroclaw.

E, então, depois do regresso do futebol - que anunciei alegremente no anterior post... - eis que regressam, também, e em abundância, as "misérias" que nos têm sido comuns nos últimos tempos...

Já no jogo de ontem - vitória por 2-4 sobre o Slask Wroclaw - depois de uma exibição apenas agradável e de uma vantagem de 2 a 0, eis que a equipa faz o reload e se coloca ao nível dos piores desempenhos do passado recente, falhando passes e comentendo erros (técnicos, tácticos e de postura, individual e colectiva...) em barda e, em três minutos, sofre dois golos de uma equipa que só com muita boa vontade se pode considerar de valor mediano.
Valeram, depois, a maior qualidade dos nossos atletas e a mediania do adversário, para se recuperar a liderança no marcador e o direito a jogar a final do torneio.
(Para ser mais correcto, o que nos valeu, mesmo, foi um atleta chamado Carlos Martins, que narcou um golo e fez duas assistências para outros tantos, e que, no ano passado, foi emprestado ao Granada... porque, supostamente, não cabia no plantel...)

Hoje, perante uma equipa que nos é, naturalmente, inferior - embora o PSV Eindhoven seja, como é natural, mais forte que o campeão polaco... - o jogo foi muito menos conseguido e, ao contrário do de ontem, nunca fomos claramente superiores ao adversário. Embora tivéssemos essa obrigação!!!
Valeu, mais uma vez, Carlos Martins, que marcou, num remate frontal e de fora da área, aos 35 minutos da primeira parte, fazendo o 1-0...
O intervalo trouxe um futebol ainda mais pobre e menos dominador e, com naturalidade, o adversário empatou a partida. Pouco depois fez o 2-1 e, mais tarde, Maxi Pereira viu o 2º amarelo e foi expulso e o PSV fez o 3-1. E não fez mais dois ou três golos porque os seus avançados foram perdulários...
Pior do que o resultado foi a exibição, com os jogadores a arrastarem-se pelo campo sem saber o que fazer, sem conseguirem ganhar a bola e, quando a tiveram, a fazer dela o que não deviam...
Enfim, mais do mesmo, em relação ao passado recente e de má memória...
Fico com sensação fortíssima de dejá vu, e vislumbro um péssimo prenúncio para o futuro...

Para agravar a situação, temos de levar com as habituais desculpas esfarrapadas, de dirigentes, técnicos e comentadores amigos.
Que estes jogos são para dar minutos aos atletas e que o resultado não é importante (... então porque diabo é que os nossos adversários se dão tanto ao trabalho de vencer os jogos e levar os troféus consigo?...), que as experiências têm de ser feitas antes do início da competição oficial, que estes jogos servem para os atletas se conhecerem melhor, que estas partidas servem para fazer crescer a equipa... enfim, um nunca mais acabar de justificações e desculpas que só aceita quem queira ser enganado. Então, os treinos servem para quê? E as contratações são feitas sem prever o seu enquadramento futuro? E a equipa está a conhecer-se agora, ou a maioria do grupo já vem de anos anteriores?...
Se é para fazer o que vimos ontem e hoje, o melhor será jogarem à porta fechada! Pelo menos não causam desalento aos adeptos, não desmoralizam a equipa nem dão trunfos morais aos adversários...

Não perdemos nada. Ainda. Mas que este estado de coisas ajuda a perder, lá isso ajuda...


PS - Em minha opinião, o equipamento alternativo é, mesmo, feio, e não tem nada a ver com a génese do manto sagrado. E quando o usamos as coisas nunca correm bem...

terça-feira, 17 de julho de 2012

Voltámos a ter futebol!!!...



Voltámos a ter futebol!!!...

(Entretanto, houve para aí uns jogos de futebol, mas como não foram do Benfica, foi como se não tivessem ocorrido.
Já agora, parabéns à Espanha pela renovação do título europeu...)

Mesmo sem futebol, o Benfica esteve sempre presente. No coração e na alma...

O defeso futebolístico trouxe alegrias (hóquei, futsal, basquetebol, atletismo...), mas também alguns amargos de boca (andebol, voleibol...).
Os benfiquistas só se conformam com a vitória, pelo que não posso dizer que o intermezzo futebolístico tenha sido realmente bom...

Estive fora de portas desde meados de Maio - viajei logo após a última jornada da Liga (vitória por 1-3, em Setúbal) - e só regressei no início da semana passada.
Ainda pensei em retardar o regresso, para acompanhar o estágio da equipa em Evian, mas isso acabou por não ser viável.
Mas, perto ou longe, a ligação ao Benfica é sempre extrema...

Estes primeiros dias de preparação deixaram-me com uma sensação de alguma intanquilidade.
Tenho de confessar que, globalmente, estou satisfeito com o rendimento da equipa e dos atletas. Isto, apesar de ainda persistirem erros e posturas que não podem ocorrer, não só individual, mas também coletivamente.
Em simultâneo, noto algum adormecimento e passividade face à definição do plantel, bem como em relação a aspectos extra-desportivos que necessitam - como sente a generalidade dos benfiquistas - de ser clarificados e cuidados, para que não condicionem a verdade desportiva e tornem inúteis o empenho e a dedicação de todos - atletas, técnicos, dirigentes, sócios e adeptos - à causa benfiquista.

Ao futebol (até agora) jogado, não se pode deixar de dar nota positiva.
As vitórias sobre o Marselha (2-0) e o RH Hamm (3-0), do Luxemburgo (uma equipa muito bem estruturada, apesar de, supostamente, amadora...), e mesmo o empate desta noite com o Lille, têm de se considerar resultados positivos. Tal como as exibições, mau grado alguns erros e posturas, individuais e colectivas, que não são admissíveis. Alguns continuam a inventar, a persistir em jogar à Maradona e a fazer (e falhar!...) passes dispensáveis... e que resultam em desfavor do colectivo. E outros continuam a ser bastante eloquentes relativamente à contrariedade com que estão (ou continuam...) no plantel. Não acredito que esses atletas tenham problemas físicos ou que estejam fatigados logo no início da época!!!
E, atenção, não se podem aceitar birras e atitudes para forçar a saída ou o empréstimo. A única postura sadia e consistente é exigir que correspondam como profissionais que são... até porque são (muito bem) pagos para jogarem futebol. Disciplina e mão-de-ferro são condições imprescindíveis ao sucesso. Empréstimos para a Argentina, Brasil... ou mesmo para Braga (agora já não é possível...) não podem, nunca, ser solução. Pelo contrário: são soluções perniciosas.

Mãos à obra, pessoal.
Eu vou fazer a minha parte...