terça-feira, 30 de outubro de 2012

Ai, Jesus...


É urgente!
É, mesmo, uma prioridade alguém ter uma conversa com Jorge Jesus, para evitar que nos fragilize, nos envergonhe e se cubra de ridículo...
 
Jorge Jesus tem uma maneira de ser e de estar muito sui generis. E, quanto a isso, pouco se pode fazer...
Jorge Jesus tem idéias e convicções que não são partilhadas pelas pessoas que reconhecem algum mérito ao senso-comum. E, quanto a isso, só se poderá fazer alguma coisa quando se tiver de considerar a renovação do seu contrato, ou a dispensa dos seus serviços...
 
Mas, Jorge Jesus tem cometido imprudências e erros, e proferido afirmações, que nos prejudicam claramente, nos enfraquecem e nos expõem - a nós e a ele, claro!... - ao ridículo. E, quanto a isso, temos a obrigação de agir de imediato...
 
Jorge Jesus, no passado sábado, no flash-interview que se seguiu ao final do jogo com o Gil Vicente, e depois também na conferência de imprensa, disse - sem que ninguém lhe tivesse perguntado expressamente... - referindo-se a Ola John e a Luisinho, qualquer coisa parecida com isto: "Servem para aqui, mas não servem para a Champions. Eu não me iludo."
Eu fiquei absolutamente siderado!!! Porra!!! Que desmesurada idiotice...
Mesmo que Jesus pensasse efectivamente isso, não tinha o direito de o referir em público. O impacto que isso terá nos atletas será, logicamente, devastador. O prejuízo que causa ao Benfica, diminuindo publicamente o valor de dois dos seus activos, é brutal. E o ridiculo a que nos expõe, e a ele próprio, é confrangedor. É que a contratação de um e outro jogador foram, logicamente, avalizadas por si. No caso de Ola John, inclusivé, sabe-se que J. Jesus o terá desafiado, no final do encontro Benfica com a sua anterior equipa (o Twente), a juntar-se ao balneário da Luz...
Porra!!! Não percebo...
Jorge Jesus é treinador do Benfica. E, por isso, tem de ser apoiado e protegido. E ajudado, claro!...
Por isso mesmo, alguém tem de por mão nisto. E tem de ser já, antes que algo de mais abstruso venha por aí abaixo...
 
PS - Já agora, digam-lhe para se referir ao holandês pelo seu verdadeiro nome: Ola John, e não... Alan John!!!...

Bom resultado... em meio jogo!


O jogo tinha tudo para ser complicado...
O nosso futebol vinha dando provas de estar bem abaixo do necessário; a equipa estava desfalcada de unidades habitualmente titulares; o adversário tinha a segunda melhor defesa do campeonato (mesmo melhor que a nossa...) e ainda não tinha perdido em sua casa; Jorge Jesus tinha voltado a inventar (trocando Melgarejo por Luisinho, colocando Ola John de início, colocando André Gomes no miolo, no lugar de Enzo Pérez, e este sobre a ala esquerda); e... jogávamos com o equipamento alternativo.
Mas, como se sabe, a lógica não quer nada com o futebol!
 
O jogo começou como têm começado os últimos, ou seja, com o adversário a procurar logo a nossa baliza. Ainda antes de esgotado o primeiro minuto, o Gil Vicente rematou à nossa baliza.
Mas, na resposta, Enzo Pérez foi pelo corredor direito abaixo até que, próximo da área adversária, endossou a bola a Maxi Pereira que, na linha, de imediato, cruzou para a pequena área, onde apareceu Lima, vindo de tràs, a meter a cabeça à bola e a fazer o primeiro golo. Ainda não se tinha esgotado o segundo minuto de jogo. Começar melhor era impossível...
A equipa ensaiou, então, algumas jogadas de bom recorte, sempre focada na baliza adversária. Apesar de tudo, subsistiram algumas imprecisões de passe, sobretudo a meio-campo e, a espaços, vinha ao de cima alguma inconsistência no controle do jogo, que não resultaram em jogadas de perigo porque o adversário também não se encontrava no jogo.
À passagem da meia hora, numa jogada de belo recorte, sobre a esquerda do nosso ataque, envolvendo Luisinho, Enzo Pérez e Lima, este foi à linha final, depois de receber um passe de Enzo Pérez que rasgou a defesa gilista, e cruzou atrasado para o miolo da área, onde apareceu Luisinho, vindo de trás, a encostar o pé esquerdo e a fazer a bola entrar pela segunda vez na baliza dos de Barcelos. Um golo português, na Liga, cerca de dezasseis (!!!) meses depois de um outro português - Nuno Gomes - ter marcado pela última vez um golo luso pela nossa equipa.
 
 
Com o Gil Vicente completamente subjugado, André Gomes ainda fez, no período de compensação da primeira parte, o terceiro golo, num lance de insistência, frente à baliza adversária, depois de um remate de Enzo Pérez que o guradião gilista defendeu, com dificuldade, para a frente. Depois de uma primeira tentativa de André Gomes, de novo rechaçada pelo guarda-redes adversário, o miúdo, por entre guardião e defesas adversários, enviou mesmo a bola para o fundo das redes.
 
 
 
Bom... e o jogo terminou aí...
Sim. Porque, na 2ª parte, voltámos a ver algo parecido com o que foram os últimos jogos. Ou quase...
A equipa limitou-se a controlar, deixou o adversário jogar à vontade, e passou a ir lá à frente apenas esporadicamente.
Numa dessas vezes, Lima poderia ter feito o 4º golo quando, à passagem do minuto 60, foi isolado por Enzo Pérez, ficou na cara do guardião adversário, mas permitiu-lhe a defesa.
Nessa 2ª parte, nem sequer faltou o cunho de Jorge Jesus quando, sem que nada o justificasse, resolveu tirar Matic - o nosso único recuperador de bolas do meio-campo... - para meter Bruno César. Não sei o que queria fazer, mas que conseguiu fragilizar-nos, no miolo, sem dúvida que o conseguiu!... Inacreditável!!!
Acresce que Bruno César não trouxe nada de novo à equipa, o que não surpreende, atendendo à actual forma do jogador...
Daí até final, saíu Lima (aos 75 min.) para a entrada de Rodrigo e, aos 83 min. foi a vez de André Almeida render Cardozo.
Pelo meio, aos 70 minutos, Enzo Pérez foi precipitado e travou, em falta, um adversário que se esgueirava pelo lado direito da nossa defesa, em direcçao à baliza. O árbitro mostrou-lhe o segundo cartão amarelo e, consequentemente, o vermelho. Ficámos a jogar com dez, e isso ainda nos fez encolher mais...
 
O que é curioso é que o jogador que arrancou os dois amarelos a Enzo Pérez, e que aos 20 min. da 1ª parte também já tinha arrancado um a Matic, de nome Pio - que de pio não tem, realmente, nada... - deveria ter visto por duas vezes a cartolina amarela, logo no início da partida, por faltas muito duras - claramente para amarelo!... - cometidas sobre Lima e Enzo Pérez, respectivamente aos 5 e 12 minutos de jogo.
Claro que Vasco Santos, depois de ter sido visto a jantar na noite anterior (6ª feira) num restaurante do Porto, com um destacado dirigente do clube da fruta, cumpriu até onde lhe foi possível o seu papel. Só não pôde deixar de anular um golo ao Gil Vicente, pouco depois do minuto 70, porque este foi marcado com a mão por um jogador dos de Barcelos, num lance que mesmo um cego teria necessáriamente de ver, de tão evidente que foi...
 
No Benfica - que apenas jogou, verdadeiramente, na 1ª parte... - destaco a exibição de Lima, que tem sido um ponta-de-lança à maneira antiga, tem marcado, e tem dado a marcar, tem jogado e tem feito jogar, e me parecer ter sido um belíssimo reforço para a nossa equipa.
Também Enzo Pérez esteve quase sempre bem, construindo e levando a equipa para a frente, embora tenha estado menos certo a defender.
André Gomes esteve bem, mas ainda tem de melhorar muito para poder entrar, de caras, nas contas da equipa. Parece-me que se deslumbrou um pouco, em especial depois do golo e, em consequência disso, perdeu lances que não podia ter perdido, alguns dos quais poderiam ter resultado em maior prejuízo.
Ola John começou a partida muito trapalhão, algo inseguro, mas foi melhorando ao longo do jogo. De tal forma que, depois do meio da primeira parte, raramente perdeu um lance no um-contra-um, e nunca se escondeu no jogo, contribuindo para uma boa dinâmica de ataque. Na segunda parte, como o resto da equipa, baixou de rendimento.
 
 
Matic fez um jogo esforçado e competente, marcando sempre bem os adversários e dobrando os colegas, quer à esquerda, quer à direita. Perdeu alguns lances, mas globalmente esteve bem. Foi substituído não sei porquê...
A defesa esteve quase sempre bem, marcando em cima. No apoio ao ataque, Maxi Pereira e Luisinho destacaram-se. Os centrais, nem por isso. Quando se trata de sair a jogar, qualquer um deles sente dificuldades, optando muitas vezes por passes em profundidade, que resultam pouco. Em relação a Luisinho, esteve também muito bem a defender, e foi rápido a sair para o ataque. Uma bela exibição, que não merecia as palavras infelizes de Jorge Jesus, no flash interview, repetidas depois na conferência de imprensa ("Para aqui chegam. Para a Champions, não. Não me iludo...", disse, mais ou menos assim, referindo-se a Luisinho e Ola John...).
Artur também esteve seguro, mas tem de ser mais prudente em certos lances, onde não se justifica correr riscos... e que podem resultar em grave prejuízo.
Cardozo, bem como os suplentes utilizados (Bruno César, Rodrigo e André Almeida), estiveram abaixo do resto da equipa, e muito abaixo do que eles próprios podem render...
 
Em suma, um bom resultado... em meio jogo!
Um resultado melhor do que a exibição, na globalidade. Para felicidade nossa...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

...P'rá puta que vos pariu!!!...




Depois de muita merda nas duas anteriores jornadas da CL - sem jogar a ponta de um corno e amealhando um único e miserável ponto, em Glasgow - a terceira ronda não ficou a dever nada às anteriores e veio confirmar a mediocridade do nosso (deles!...) futebol, a pequenez da nossa (deles!...) ambição, e a falta de raça e querer com que se está a jogar...

A derrota dói ainda mais porque aconteceu frente a um adversário fraco, teoricamente inferior, que disputa um campeonato paupérrimo (onde está mal classificado, com 5 derrotas e 1 empate, em 12 jogos!...), e que está servido por uma série de brasileiros de quinta categoria, com ar gay e de atraso mental profundo!
Como já escrevi quando do jogo com o Barcelona, na Luz, só posso aceitar a derrota quando se luta pela vitória. Hoje, isso voltou a não acontecer. Voltaram a deixar o adversário jogar, não correram atrás da bola, não pressionaram, não meteram o pé... enfim, uma verdadeira merda!!!
E, para não variar, voltaram a falhar passes em quantidades assustadoras, complicaram - e falharam... - na finalização, foram ineficazes e inócuos nas jogadas de bola parada de que beneficiámos... enfim, uma coisa miserável!!!
O primeiro golo do Spartak ilustra bem a mediocridade da nossa (deles!...) exibição. Matic entrega, literalmente, no círculo central, a bola nos pés de uma adversário; este corre, sem grande velocidade, quase meio campo com a bola nos pés, sem ser minimamente incomodado e, à entrada da grande área, entrega a um colega que, sem qualquer pressão, descaído sobre a esquerda, toca a bola para o fundo das redes, com a defesa a assistir à jogada, como se nada fosse com ela. Isto aconteceu aos 3 minutos (!!!), mas logo no primeiro minuto podíamos ter sofrido um golo. E pouco depois do golo, tivémos uma bola no poste, mais uma vez com a defesa a ver jogar.
E de nada serviu o empate, marcado por Lima (claro!...) de cabeça, num belo golpe, a centro de Sálvio. É que, pouco depois, a dois minutos do intervalo, em mais uma bola metida para o centro da nossa grande área, apareceu Jardel... a fazer o golo! Foda-se!!! A defesa foi um autêntico passador - como tem acontecido nos últimos anos... - e, além disso, os defesas ainda fazem auto-golos!!!...

Depois de um jogo para a Taça de Portugal, com o Freamunde - onde também passámos pela vergonha de, na fase inicial da partida, ainda com 0-0, termos sido bafejados pela sorte, com uma bola a ser devolvida pelo poste... - e que terminou com uma vitória de 4-0, com dois golos em cada parte, voltámos a apanhar um adversário um bocadinho mais forte... e foi o que se viu.

Ó pá... vão p´rá puta que vos pariu!!!
Andamos nós a passar dificuldades e a fazer sacrifícios para continuar a pagar as quotas e, pelo menos de vez em quando, ir ao estádio, e brindam-nos vocês com estes espetáculos deprimentes...

Sinceramente, não me ocorre mais nada senão mandar-vos p'rá puta que vos pariu.
A todos!!!...

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Apreensão repetida... e justificada


Há mais de uma semana, no dia 6 de Outubro, o Benfica recebeu o Beira-Mar, no Estádio da Luz, em jogo a contar para a Liga.
Apesar da vitória - sofridíssima!!!... - ficou registado mais um episódio de grande fragilidade e pouca capacidade do nosso futebol actual...
Estivémos a perder desde os 5 minutos da 1ª parte, depois do adversário ter marcado, na sequência de um lance de bola parada, após uma falha descomunal de Artur (um "frango"!!!).
O empate só surgiu na 2ª parte, ao minuto 58, num extraordinário pontapé de bicicleta de Maxi Pereira, na zona frontal, de costas para a baliza aveirense. E, dois minutos depois, apareceu o golo que deu a volta ao resultado, marcado por Rodrigo, após boa e oportuna assistência de Lima.
Antes do golo do empate, e apesar de Salvio ter rematado ao poste, Rodrigo ter falhado um penalty (ao cair do pano da 1ª parte...) e de mais uma ou outra oportunidade, a verdade é que o nosso futebol foi exasperantemente lento e previsível, muito ornado com excessivos rendilhados, e nada objectivo.
E depois do 2-1, a exibição piorou ainda mais, deixando-nos à beira de um ataque de nervos. Para não variar, acabámos o jogo a sofrer, passando desnecessariamente por alguns sobressaltos, nos últimos instantes da partida. Mais uma vez!!!
 
A nação benfiquista tem, necessariamente, que estar altamente apreensiva, pela ínfima substância, pela reiterada reincidência, pela pouca eficácia, grande descrença e ausência de garra e força do nosso futebol.
Pela minha parte, nem senti vontade de registar o que quer que fosse neste espaço. E se o estou a fazer agora, é apenas porque curei um pouco a ferida...
 
Pelo meio, no passado domingo, fizémos um jogo no Abu Dabhi, com o Baniyas, equipa vice-campeã daquele país.
Apesar da pouca qualidade da equipa árabe, entrámos mal na partida e, como tem sido habitual nos últimos tempos, íamos sofrendo um golo na parte inicial do jogo, quando um ataque dos anfitriões acabou num remate ao poste da baliza, então defendida por Paulo Lopes.
Depois as coisas foram tomando uma orientação mais consentânea com a qualidade intrínseca das equipas e Salvio fez, de cabeça o 0-1. Nolito marcou por mais três vezes, fixando o resultado num natural 0-4...
 
 
 
Amanhã iniciamos a nossa participação na Taça de Portugal deste ano, em Freamunde.
Estou expectante.
E - sim!... - apreensivo. Justificadamente, creio eu, atendendo ao que tem sido o passado mais recente do nosso futebol...

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Confrangedor e... vergonhoso



Derrota (0-2) na Luz, frente ao Barcelona.
Sofremos o primeiro golo logo aos 6 minutos, na sequência de mais uma jogada pela direita da nossa defesa. E, outra vez, com os centrais a deixarem antecipar-se pelo adversário.
Reagimos, num primeiro instante, e até podíamos ter empatado. Mas Lima, sózinho em frente a Valdés, permitiu a defesa do guarda-redes catalão, com os pés.
Aos poucos fomos ficando mais pressionados... e sem bola para jogar.
A 2ª parte foi ainda pior. Limitámo-nos a ver jogar. Cada vez mais encolhidos, não pressionámos e, naturalmente, fomos vendo o Barcelona gerir a bola.
O Barcelona acabou por marcar outra vez. E, adivinhem por que lado? Claro! Pelo lado direito da nossa defesa...

Não parecemos o Benfica...
Até parecia que estávamos satisfeitos por perder por poucos...

Foi confrangedor. Vergonhoso, mesmo. Para mim, pelo menos.
Fiquei chocado por ver que, à saída do estádio, havia pessoas que conseguiam sorrir...
Serão benfiquistas? Benfiquistas como eu? Pareciam satisfeitos por perder por poucos...

Foi confrangedor. Vergonhoso, mesmo. Para mim, pelo menos.
E com o passar do tempo foi ficando mais confrangedor e mais vergonhoso.
Os jogadores não pressionavam nem metiam o pé, vá lá saber-se porquê. Matic foi dos únicos a tentar discutir o jogo...
Foi confrangedor. Triste, muito triste mesmo...

Nem sei bem como classificar a atitude dos jogadores...
Matic não esteve mal. Enzo Pérez, Salvio e Gaitán estiveram (quase...) bem.
Melgarejo, não atacou, mas não comprometeu. O resto da defesa esteve mal, com destaque para Maxi Pereira (miserável, quase...) e Jardel. Garay esteve quase tão mal como aqueles dois. Artur apenas esteve bem numa defesa com a ponta dos dedos, a desviar um remate frontal, rasteiro, para canto. De resto, até meteu a bola nos pés dos adversários...
Bruno César fez um jogo para esquecer e, por via disso, saíu ao intervalo, entrando para o seu lugar Carlos Martins. Que, no jogo, valeu zero. Complicou, fez faltas, enfim... um jogo para esquecer! Completamente...
Lima esteve activo lá na frente. Mas esteve muito sózinho e, quando teve hipóteses, acabou por falhar.
Enzo Pérez e Gaitán saíram visivelmente esgotados, no decurso da 2ª parte, entrando Aimar e Nolito.
Nolito esteve (praticamente...) medíocre. Como tem acontecido nos últimos jogos...
Aimar, pelo contrário, trouxe classe ao jogo. E vontade de jogar, e de pôr a equipa a jogar. Não merecia a atitude apática da equipa. Por diversas vezes o vimos a tentar pressionar os defesas catalães, mas... sózinho. Aimar mereceu outra equipa. E mereceu, seguramente, o abraço que Messi lhe deu no final da partida...

 
 
Eu estou triste. E envergonhado com a atitude da equipa esta noite.
Não temos melhores jogadores do que o Barcelona, obviamente.
Jogámos com aquela que muitos consideram a melhor equipa do mundo.
Mas a melhor equipa do mundo não ganha sempre. Como não ganhou, por exemplo, ao Chelsea, no ano passado.
E não ganhou ao Chelsea, porque o Chelsea jogou como costumava jogar o meu Benfica: a discutir o jogo, sempre, mesmo quando os outros eram comprovadamente melhores do que nós!
Isso é que era o Benfica!
E, naqueles tempos, quando saíamos do estádio sem ganhar o jogo, mesmo tendo dado tudo, vínhamos com um aperto na garganta...
Não, não vínhamos a sorrir, prontos a dar entrevistas para a Benfica TV, como se nada tivesse acontecido...
 
É confrangedor. Estou triste, desolado...

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Três-em-um... e mais "um"!!!



A vitória (1-2) sobre o Paços de Ferreira, na passada 6ª feira, foi tirada a ferros.
E foi, também, um três-em-um...
Passo a explicar:
Um - uma 1ª parte muito pobre, embora com algumas oportunidades para marcar.
Dois - uma 2ª parte de grande intensidade e domínio, embora com erros e falhas - em especial na construção ofensiva e na finalização... - que são reincidentes e, por isso, preocupantes.
Três - uma determinação e um empenho, crescentes ao longo da partida, mau grado a ansiedade, individual e colectiva, e a muita precipitação, que nos impediram de obter um resultado mais confortável e nos obrigaram a algum sofrimento na ponta final...
 
Vencemos por 2-1, depois de termos estado a perder, logo aos 8 minutos de jogo, depois de mais uma interrupção (cerca de 10 minutos...) por falha eléctica.
(No norte as redes eléctricas devem ser muito velhas... em especial quando joga o Benfica!!!)
O golo do Paços resultou de uma falha (e de alguma displicência...) da nossa ala direita defensiva, e dos centrais, com o avançado pacence a antecipar-se de forma demasiado fácil a Jardel e a desviar o centro, da sua esquerda, para o fundo da baliza.
Lima empatou dois minutos depois, aparecendo a recarregar, oportuno, depois de um remate de cabeça, de Matic, na sequência de um livre cobrado por Enzo Pérez, a que correspondeu o guardião do Paços com uma defesa incompleta.
Mesmo sem jogar bem, o Benfica foi paulatinamente assumindo o controle do jogo, e podia ter marcado por mais de uma vez. Rodrigo, Garay, Salvio (por duas vezes), Lima e Jardel, tiveram boas ocasiões para voltar a marcar, antes do intervalo...
O intervalo trouxe Gaitán no lugar de Nolito - muito aquém do que já fez... - e o Benfica entrou a pressionar muito o adversário. Apesar de só por volta dos 70 minutos ter aparecido o 2º golo, também por Lima, na sequência de uma jogada de insistência sobre a direita do nosso ataque, as oportunidades para fazer golo começaram a surgir logo desde o recomeço. Gaitán, Matic, Rodrigo e Enzo Pérez, dispuseram de boas oportunidades. E depois do golo, o próprio Lima podia ter acabado com o jogo, numa ocasião soberana em que, frente a Cássio, falhou o chapéu, após passe muito bem medido de Carlos Martins que, entretanto, entrara para o lugar de Matic um pouco antes do Benfica fazer o segundo golo.
Aos 80 minutos, André Almeida rendeu Rodrigo, já bastante fatigado. Esteve bem André Almeida, pautando o seu jogo por uma grande entrega e uma espantosa serenidade. Parece, claramente, um elemento com quem se poderá contar mais vezes, no futuro imediato...
Antes do fim do jogo, Gaitán e Salvio ainda tiveram tempo para desperdiçar duas belíssimas ocasões, quase de seguida.
Com tanto desperdício, acabámos o jogo a sofrer. Uma vez mais. E foi mesmo Artur, já no período de compensação, a fazer uma extraordinária defesa, após um livre marcado sobre a direita da nossa defesa, garantindo os três pontos da vitória.
Contudo, o atacante pacense que rematou, após o livre cobrado, estava claramente em posição de fora-de-jogo. Quer dizer que, se Artur não tem parado o remate, lá teríamos empatado (e perdido dois pontos...) na sequência de uma decisão errada da arbitragem...
 
 
 
E aqui entra o mais "um"...
Mais um filho de puta, que prejudicou o Benfica nos pormenores... e nos pormaiores!
Na 1ª parte, Nolito foi empurrado dentro da área do Paços, com um nítido golpe de anca, por um defesa do Paços. Nada assinalou Marco Ferreira...
Já na 2ª parte, Garay salta à bola e leva uma cotovelada de um defesa do Paços, no sobrolho, ficando a sangrar abundantemente, e tendo mesmo de ser assistido fora do terreno. Nada assinalou Marco Ferreira...
Pouco tempo antes, um cruzamento de Salvio, da direita do nosso ataque, acabou por ser desviado para canto por um adversário... que estirou a perna direita e acabou por escorregar no relvado, levando a bola a sair pela linha final, depois de esta se enrolar debaixo do seu braço direito. Marco Ferreira nada assinalou...
Também na 2ª parte, um remate de Gaitán (?) foi claramente desviado na sua trajectória para a baliza pelo braço de um defesa pacense. Marco Ferreira nada assinalou...
Se qualquer uma destas ocasiões tivesse sido na área do Benfica, envolvendo defesas nossos, nenhuma escaparia ao assinalar de grande penalidade. Garantidamente. Nem é preciso recuar muito tempo para recordar situação idênticas em que fomos penalizados pelo árbitro, fosse ele Pedro Henriques, Proença, Benquerença, Xistra, Soares Dias ou qualquer outro filho de puta!!!....
 
Só lá vamos com acções decisivas, meus amigos. Infelizmente vai ter de ser assim, mais tarde ou mais cedo. Vais ser preciso haver sangue...