segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Agradeço-vos por...


... por me terem lixado o Réveillon!

É preciso que percebam que não representam um qualquer clube regional, mesmo que sumptuosamente alcandorado a patamares dos quais não é digno.
Não! Vocês representam um clube que é muito maior do que todas as vossas vontades e anseios juntos. Comparados ao Benfica vocês são muito, mas muito, mesmo, insignificantes...

Aos benfiquistas, àqueles que sentem verdadeiro amor ao clube, como eu e muitas daquelas pessoas que ontem estiveram a puxar por vocês em Moreira de Cónegos, vocês devem muito mais do que o retorno pelas avultadas verbas que vos são pagas: vocês devem entrega total!
Sejam dignos de vestir esse manto sagrado!...

domingo, 30 de dezembro de 2012

UMA MERDA!!!



Como era facilmente previsível, a exibição - e o resultado - desta tarde em Moreira de Cónegos foi uma MERDA!!!
 
Depois de umas férias totalmente despropositadas, a equipa apareceu hoje, naturalmente, sem ritmo, sem vontade de jogar, a deixar correr o marfim durante todo o jogo - por exemplo, Garay, mesmo a perder, saía da zona defensiva sempre a passo, com uma lentidão exasperante!!!... - com uma atitude doentia de displicência e superioridade, enfim... um autêntico NOJO!!!
 
Como qualquer cidadão deste país, as nossas vedetas deveriam ter tido folga no dia 25, e tolerância de ponto no dia 24.
Como qualquer cidadão, passavam essas folgas a descansar, e a preparar-se para voltar ao trabalho no dia seguinte, sendo que tinham trabalhado nos anteriores...
Mas não! Foram de férias para Veneza, para Cancún, ou para o caralho que os foda e, claro, voltar a trabalhar é uma seca dos tomates!!!
Vão-se foder!!!
 
Do empate - conseguido de penalty, já em período de compensação... - fica a imagem de uma equipa que nunca se empenhou verdadeiramente para vencer o jogo, um adversário que, tendo muito menos valor técnico, teve sempre muito mais vontade, correu e suou muito mais, chegou sempre primeiro à bola, teve  mais hipóteses de marcar, e acabou o jogo a arrastar-se dentro do campo, tal o estado de exaustão dos seus atletas.
O penalty falhado (muito mal marcado!!!) por Lima, aos 60 minutos, e o golo do empate, marcado por Cardozo na conversão de outra grande penalidade, no segundo minuto do período de compensação, são apenas pormenores de somenos importância num jogo que nunca deveria ter acontecido!
 
E, atenção! Ou muito me engano, ou vamos ter encore's do filme desta tarde...
Vão ficar sequelas, sim! Do resultado... e da exibição!!!

Misérias...


"Misérias", sim senhor...
Mas o título deste post também poderia ser o seguinte: "Das férias em Olhão à ausência dos Bês, na Luz, esta noite..."
 
Há dez dias, em Olhão, para a 1ª jornada da fase de grupos da Taça da Liga, a equipa de futebol principal fez, talvez ,o pior jogo da temporada. É verdade que o onze apresentado por Jorge Jesus tinha muitas alterações relativamente à equipa habitualmente titular. Na realidade, com Paulo Lopes na baliza e com André Almeida, Jardel, Sidnei e Luisinho, a zona defensiva era toda nova (embora Jardel tenha jogado com alguma regularidade, por impedimento de Luisão...). Nas alas surgiram Nolito e Bruno César (?!?!), com Enzo Pérez e Gaitán no miolo, atrás de Rodrigo, e com André Gomes à frente da defesa. É verdade que foram muitas mexidas de uma só vez. Mas também é verdade que a equipa estava claramente num formato de férias, jogando num ritmo lento e sempre muito previsível, acumulando falhas e erros que só acontecem num clima de super-descompressão...
Além de uma muito discutível poupança, houve um inaceitável desresponsabilizar dos que foram chamados a competir!!!
O mais curioso é que, depois, muitos deles ainda reclamam por, supostamente, não terem hipóteses de se mostrar...
 
Num jogo em que começámos a perder, logo no reinício da partida, após o intervalo, valeram-nos os golos de Rodrigo (69 min.) e Lima (87 min.), para garantir os pontos indispensáveis para conseguir títulos. Mesmo que esse título seja a Taça da Liga...
De facto, só após as entradas de Salvio e Lima, para os lugares de André Gomes e Bruno César, aos 55 minutos, já depois do golo do Olhanense, e de Ola John substituir Nolito, aos 75 minutos, é que a equipa mostrou mais alguma consistência e qualidade. Na minha opinião, J. Jesus foi imprudente e expôs a equipa a um desaire que, numa competição com o formato da Taça da Liga, pode ser fatal...
Foi, também, evidente uma atitude de descompressão que em nada beneficiou a equipa. Defendo que os atletas que estão em melhor forma devem ser os escolhidos, independentemente da competição. Ainda por cima quando, a seguir à partida de Olhão, havia um período de onze dias sem competição...
 
 
 
 
Esta noite, na luz, a equipa B acrescentou mais um capítulo negro à prestação tão paupérrima que tem vindo a protagonizar na segunda liga. Uma derrota (0-1) com a equipa que era, antes desta jornada, a última classificada é, para mim, totalmente inaceitável...
Estive no estádio, a ver o jogo. Foi mau demais para ser verdade. Em especial a 2ª parte, que foi, no mínimo, execrável!!!
A verdade é que a equipa B não tem qualidade para jogar na Catedral. A jogar como o tem feito, só está a profanar um espaço que tem de ser mantido num patamar acima de toda a mediocridade!
Além da muita falta de qualidade na equipa B, também há muito pouca humildade dos atletas (que se julgam Maradonas... e, obviamente, não o são, nem de perto, nem de longe!!!...) e muito pouco profissionalismo.
Para mim, passavam a jogar no Centro de Estágio do Seixal. Já!
E, já agora, passavam a ter a companhia de uns quantos atletas da equipa A que, por sinal, também estão a precisar de ser colocados no seu devido lugar...
 
 
Amanhã (hoje...) há, outra vez, Taça da Liga.
Estou para ver se em Moreira de Cónegos vamos voltar a ter de aturar uns quantos meninos que, em Olhão, foram, literalmente, umas nódoas...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Vitória segura, mas...


... mas com um sobressalto desnecessário!
E com mais uma meia hora inicial que se dispensava de bom grado!
 
De facto, e apesar da equipa ter começado o jogo com o Marítimo, no passado sábado, a jogar de forma segura, fê-lo a um ritmo baixo e de forma previsível, permitindo ao adversário ir fazendo valer a sua organização defensiva.
Além de um futebol lento e previsível, a denunciar a crença de, mais cedo ou mais tarde, o golo ter de aparecer, o Benfica tinha algumas unidades a render abaixo do expectável. Tal como no jogo de Alvalade, também a nossa ala direita não estava ao nível que devia, com Maxi Pereira a desguarnecer o sector defensivo, e Salvio a deixar a desejar, não pressionando o adversário que lhe surgia pela frente e descrendo das iniciativas ofensivas.
Foi, aliás, da marcação de um livre a punir uma falta assinalada a Salvio (sobre Sami), sobre a nossa ala direita, que Rodrigo António, ao minuto 25, de costas para a baliza, em posição de fora de jogo, aproveitou um meio-alívio da nossa defesa, rodou sobre si e rematou, de surpresa, batendo Artur, que nada pôde fazer.
O golo apareceu no primeiro remate do Marítimo, totalmente contrário à corrente de jogo! É que, mesmo sem jogar rápido, e sem uma qualidade extraordinária, o Benfica já tinha criado uma mão cheia de oportunidades, de entre as quais remates perigosos de Lima e Cardozo, parados pelo guardião madeirense... ou passados muito perto dos limites da sua baliza. E em outras ocasiões, foram os nossos jogadores e chegar atrasados às solicitações dos colegas de equipa, ou a optar por finalizações menos consequentes.
Depois do golo do adevrsário, a equipa começou a ser mais rápida nas suas acções ofensivas e, em consequência disso, surgiram ocasiões de golo em catadupa. Logo três minutos depois do golo sofrido, Lima podia ter feito melhor, na sequência de um canto. E, no minuto seguinte, Maxi Pereira rematou cruzado, correspondendo a um passe atrasado de Matic, que subira até à linha final, sobre a direita, tendo o remate do uruguaio sido desviado pela linha final por um defesa adversário. Na jogada seguinte, Cardozo foi isolado por André Gomes e, tendo hesitado no momento do remate, acabou por rematar frouxo e permitir a defesa, de recurso, do guardião adversário. E, na sequência dessa jogada, Ola John insistiu, sobre a direita e, quase sobre a pequena área, rematou forte, levando a bola à malha lateral da baliza.
Finalmente, no minuto seguinte, fruto da grande pressão atacante do Benfica, apareceu o golo do empate. Ola John cruzou, da esquerda, para o segundo poste, onde apareceu Salvio, de cabeça, a assistir Cardozo, no poste contrário, para este meter a cabeça à bola e fazer a bola balançar a rede adversária.
Daí até ao intervalo, o jogo continuou a ser jogado insistentemente no meio campo do Marítimo, com as situações de golo a continuarem a surgir. Destaque para um remate de Melgarejo, em trivela, já dentro da pequena área, com a bola a passar caprichosamente a escassos centímetros do poste esquerdo da baliza de Ricardo. Destaque, também, para um perigoso remate de Salvio, sobre a direita do nosso ataque, desviado já sobre a linha de golo, com o guardião batido, por um defesa insular.
E assim chegou o intervalo, com um empate no marcador, altamente lisonjeiro para o Marítimo, e demasiado penalizador para a falta de velocidade do Benfica do primeiro quarto de jogo...
 
 
A 2ª parte começou com a equipa a mostrar a mesma determinação com que acabara a etapa inicial.
Com Enzo Pérez na equipa, por troca com André Gomes, a construção ofensiva era ainda mais criativa, com as consequentes dificuldades para o adversário.
Logo nos primeiros minutos, Maxi Pereira, Lima, Salvio e Ola John criaram oportunidades para marcar, mas a bola teimava em não entrar. Até que, ao minuto 65, na marcação de um canto, Roberge joga a bola com a mão, dentro da grande área. Penalty, 2º amarelo para Roberge e o consequente vermelho. Na marcação do penalty, Cardozo deitou o guarda-redes para um lado e fez a bola entrar no lado contrário. Voltava a fazer-se justiça no marcador, embora a diferença mínima não espelhasse, nem de perto nem de longe, a diferença de qualidade e produção entre as duas equipas.
Mas, logo depois, na sequência de uma rápida incursão pela direita do nosso ataque, depois de fazer um primeiro remate, Lima oferece a Cardozo a hipótese de voltar a marcar e o paraguaio não falha. Era o 3-1, que vinha tranquilizar equipa e, especialmente, os adeptos.
Era, também, um hat-trick de Cardozo que, assim, chegava à marca dos 100 golos na Liga...
Cardozo que poderia ter marcado logo dois minutos depois do 3-1, depois de uma bela assistência de Lima. Cardozo parou com o peito, baixou para o seu pé esquerdo e, sem deixar cair a bola, aplicou um potente pontapé, fazendo o esférico passar por cima do travessão da baliza insular. Foi pena, porque teria sido um extraordinário golo!!!
Pouco depois do minuto 75, quase aconteceu o 4-1. Matic cruzou da direita e, na pequena área, Maxi Pereira e Lima não conseguiram empurrar a bola para as redes do Marítimo.
Cerca do minuto 80, Maxi acorreu a uma jogada no interior da área maritimista e caiu, tocado pelo guardião Ricardo. O árbitro nada assinalou...
Jorge Jesus fez entrar Gaitán para o lugar de Ola John, a pouco menos de dez minutos do final, e uns minutos depois foi a vez de Rodrigo render Cardozo.
Na primeira vez que tocou na bola, Rodrigo marcou. Passe de Matic a isolar Melgarejo, sobre a esquerda do nosso ataque, este a centrar com conta, peso e medida, para o centro da área, onde apareceu Rodrigo, isolado, a encostar o pé e a fazer o 4-1 final.
 
 
Foi um resultado justo, e que até pecou por escasso, tantas e tais foram as ocasiões criadas. Entristece-me ver que se falha tanto...
O homem do jogo foi, para mim, o Cardozo, que voltou a marcar três golos.
Contudo, o jogador que mais se destacou, pelo que jogou e fez jogar, foi o Matic. Que grande jogo, apenas manchado, de alguma forma, pela infelicidade de ter deixado escapar a bola no lance que deu o golo do Marítimo...
Na manobra ofensiva, Ola John esteve mais dicreto neste jogo, e Salvio foi o habitual: irregular, alternando o bom com o lamentável. Lima fez um jogo muito esforçado e, embora não estando feliz na concretização, assistiu bem os pares do ataque. André Gomes esteve mais discreto do que em Alvalade, parecendo acusar um pouco o facto de jogar na Catedral. Enzo Pérez, sem ter estado muito bem, foi mais decisivo que André Gomes. Gaitán e Rodrigo não jogaram tempo suficiente para se formar uma opinião. Entraram com o jogo já resolvido, embora Rodrigo ainda tenha feito o gosto ao pé.
Na defesa, actuação eficaz dos centrais - Garay e Jardel - e de Artur. Maxi Pereira esteve globalmente bem, mas desguarneceu um pouco o flanco, em especial na parte inicial da partida. Melgarejo esteve regular, tanto a defender como a atacar.
 
Agora, vem aí o Olhanense e o Moreirense, para a Taça da Liga, na qualidade de visitante, e, logo no segundo dia do novo ano, o Desportivo das Aves, para a Taça de Portugal, na Luz.
Embora possam não parecer, são jogos de grande dificuldade. E basta olhar para o passado recente, para se perceber que serão desafios muito complicados...
Nos últimos tempos, temos ouvido falar muito do período de férias dos jogadores e equipa técnica. Acho bem que tenham um período de repouso, que lhes permita disfrutar da companhia de familiares e amigos, nesta quadra festiva.
Mas, atenção: as férias são para ser gozadas apenas depois do jogo de Olhão, e até ao de Moreira de Cónegos...
 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Houve Benfica!!!... em metade do jogo...


A minha dúvida esclareceu-se... após a meia hora inicial do dérby da passada 2ª feira.
A vitória (3-1) em Alvalade, teve tanto de merecida como de sofrida. É que, só após o golo adversário, à passagem da meia hora da 1ª parte, é que começámos a entrar no jogo.
 
De facto, a primeira meia hora de jogo mostrou um Benfica completamente adormecido,  a deixar o adversário jogar à sua vontade e a chegar primeiro à bola, urdindo o seu futebol como lhe apetecia. Nesse período, como tem sempre acontecido em todos os jogos, não pressionámos, falhámos passes em catadupa, fomos lentos e previsíveis, e cometemos falhas tácticas e erros de posicionamento em demasia.
O nosso lado direito esteve particularmente ineficaz - e mesmo irritante!... - com Maxi Pereira e Sálvio a acumularem sucessivas jogadas comprometedoras, tanto na manobra ofensiva como na defensiva. Sálvio, então, irritou-me sobremaneira porque, nos primeiros vinte minutos, não teve uma única acção acertada! E Maxi Pereira completava o desastre, permitindo que o ala e o interior adversários jogassem sem serem importunados pelo nosso lado direito. Aliás, foi de um cruzamento desse lado que nasceu o golo de Wolfswinkel, que se antecipou à nossa defesa e meteu o pé à bola, a ver o que dava, acabando por ter a sorte de a ver dirigir-se para o fundo da baliza, pelo único buraco possível...
A verdade é que, até essa altura, nem sequer se podia dizer que havia Sporting a mais. O que havia era, inequívocamente, Benfica a menos!!!
 
O golo sofrido acabou por ter um efeito positivo na equipa, uma vez que daí em diante o Benfica apareceu a dominar e à procura de inverter o resultado.
Na verdade, mesmo antes do golo adversário, a equipa já começara a aparecer com mais acutilância e perigo na frente de ataque, embora as acções ofensivas fossem sempre muito lentas e previsíveis. Lima, por duas vezes, Cardozo e Ola John já tinham tentado a concretização...
Até ao final da etapa inicial, o Benfica esteve por duas vezes na iminência de marcar, por Lima, que rematou com muito perigo levando a bola a passar rente ao poste esquerdo da baliza de Rui Patrício, e por Cardozo, que rematou forte para uma defesa incompleta do guardião adversário, falhando Maxi Pereira, por pouco, a recarga vitoriosa. Existiram ainda mais duas ocasiões de algum perigo, num cruzamento de Cardozo a que Sálvio chegou atrasado, e num remate de Cardozo, na transformação de um livre em posição frontal, com a bola a passar por cima da baliza do Sporting.
 
 
 
Depois do intervalo, o Benfica veio muito mais determinado, rápido sobre a bola e a variar o seu futebol, com André Gomes a distribuir e os alas a levarem a bola pelos flancos.
Pouco depois do recomeço, Lima rematou forte, levando a bola a passar outra vez muito perto do alvo.
E, antes de se concluir o primeiro quarto de hora da segunda parte, Ola John cruzou da esquerda, Cardozo saltou e cabeceou entre os centrais do Sporting, encaminhando a bola para a baliza. Esta acabou por tabelar em Rojo, por duas vezes 8 na cabeça e no braço...) e entrar na baliza adversária. Finalmente, o Benfica conseguia materializar o seu domínio no jogo...
A equipa continuou a carregar, e o adversário pareceu quebrar, anímica e fisicamente.
Pouco depois do golo, Maxi Pereira e Sálvio remataram no seu flanco, sendo que o remate de Sálvio foi desviado para canto por Rojo, quando se encaminhava para a baliza. Na sequência do canto, Garay entrou à bola de cabeça, fazendo esta esbarrar no poste esquerdo da baliza de Rui Patrício...
O Benfica continuava a jogar de forma envolvente - e, agora, com mais velocidade... - com Ola John, Lima e Sálvio, lá na frente, e André Gomes mais atrás, com o apoio dos dois laterais e, mesmo, dos centrais, a imprimirem um ritmo de jogo constante, que o Sporting tinha muita dificuldade em acompanhar, tendo de recorrer a muitas faltas para parar os nossos jogadores.
Pelo meio, e contra a corrente do jogo, um remate de Insua, muito consentido sobre o nosso lado direito, acabou por surpreender e levar a bola ao poste da baliza de Artur...
Mas, na sequência do caudal ofensivo do Benfica, ainda antes do minuto 80, Sálvio, sobre a direita do nosso ataque, servido por Ola John, rematou para a baliza, onde já não estava Rui Patrício, e o remate acabou por ser desviado por Boulahrouz, com a mão, fechada, em punho, por cima da barra. Penalty, como não podia deixar de ser, e expulsão do central do Sporting. Na marcação, Cardozo fez golo, com muita calma e classe, deitando o guardião para o seu lado esquerdo e colocando a bola, sem hipótese de defesa, no canto oposto.
Após o golo, J. Jesus fez entrar Gaitán para o lugar de Ola John. Na altura pareceu-me pouco apropriada a substituição, até porque Ola John estava a ser um dos melhores em campo e vinha sendo determinante na reviravolta no resultado. Mas, a verdade é que Gaitán entrou muito bem, veloz e incisivo, disso beneficiando a qualidade do nosso jogo atacante.
O facto é que Gaitán amarelou dois adversários, ganhou uma série de faltas nas imediações da área do Sporting, sendo que uma delas, cobrada por Sálvio, permitiu a Cardozo, numa entrada fulgurante, de cabeça, no coração da grande área, a obtenção do terceiro golo do Benfica, à passagem do minuto 86.
Estava consumada a vitória. Justa, mas sofrida, num jogo do qual estivémos ausentes na primeira meia hora...
Até ao final do jogo, com o adversário completamente rendido e manietado, ainda houve tempo para André Almeida e Rodrigo substituirem Sálvio e Cardozo, e para Lima tentar a sua sorte, num livre em que a bola ficou caprichosamente presa na barreira.
 
 
O destaque individual tem de ir para Cardozo, que esteve nos três golos, mas também para André Gomes (que esteve muito seguro a controlar e a fazer circular a bola), Ola John, Lima e Sálvio, na 2ª parte (pela movimentação, veloz e criativa, que incutiram ao nosso jogo, pós-minuto 30...), bem como para a generalidade da linha defensiva, embora Garay tenha tido uma falha (que deu golo...) e Maxi Pereira tenha comprometido, na parte inicial do jogo. Jardel e Melgarejo estiveram nuito sóbrios, seguros e eficazes, tal como Matic, a garantir a consistência defensiva. Artur esteve seguro, dando confiança à equipa.
 
Em resumo, um bom jogo... nos dois terços finais da partida.
A atitude e postura iniciais da equipa, não podem repetir-se. Pelo contrário, temos que jogar sempre do modo como jogámos a partir do minuto 30 da primeira parte. Se quisermos atingir os nossos objectivos, claro!
 
Agora vem aí o Marítimo, em casa, para a Liga, e o Olhanense, no Algarve, para a Taça da Liga.
São dois jogos em que vamos ter de estar concentrados e continuamente empenhados, para podermos atingir os nossos desiredatos.
É preciso continuar a haver Benfica. Mas tem de ser SEMPRE!!!...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

E agora, vamos ter Benfica?...


Depois do período de férias do Benfica, em termos de futebol jogado, também não tive ânimo suficiente para deixar de estar de férias...
De facto, cansa ver tão pouco futebol, de uma equipa que tem a obrigação de dar muito mais do que o tem vindo a dar!!!
 
Primeiro foi a recepção ao Olhanense, para a Liga, num jogo onde estavam reunidos todos os ingredientes para fazermos um bom jogo, construirmos um resultado folgado e que nos permitisse dilatar o goal-average, e ficarmos sossegadamente à espera do resultados dos nossos adversários directos.
Mas, o que tivémos foi uma exibição a puxar muito para o fraco, perante um adversário que está a anos-luz de nós, em termos de potencial e soluções. Uma vitória por 2-0, com um golo de penalty, marcado pelo Cardozo, a meio da primeira parte, e outro de Luisão, a corresponder de cabeça, num lance de bola parada, à entrada do último quarto de hora de jogo.
Pelo meio ficou uma primeira parte apenas sofrível, com o habitual desperdício e o tradicional período de silly football, a desesperar mesmo o adepto mais paciente e fervoroso. E uma segunda parte mesmo mázinha, onde até se permitiu ao adversário veleidades impensáveis...
 
 
Depois foi a visita ao Barcelona, preparada com dez dias de folga competitiva, por via da falta de adversário definido, na eliminatória da Taça de Portugal disputada no fim de semana anterior.
E quando precisávamos de fazer um jogo à Benfica, de ser valentes e eficazes, eis que fracassámos...
O Barcelona alinhou com uma equipa onde marcaram presença muitos jogadores que habitualmente não são titulares. É verdade que jogaram Puyol, Montoya, Adriano, Thiago Alcantara, Rafinha, Tello e David Villa, bem como Messi, Piqué e Deulofeu, na 2ª parte, mas não jogaram Xavi, Iniesta, Jordi Alba, Fabregas, Daniel Alves, Pedro e outros. Ou seja, o Barcelona estendeu-nos a passadeira. Embora, por certo, o tenham feito mais a pensar em si e nos seus compromissos futuros, do que em nós, obviamente...
Apesar disso, e apesar de termos feito uma boa primeira parte, com um futebol do melhor que jogámos esta época, a equipa só durou meio jogo e, além disso, falhou escandalosas oportunidades para marcar, nomeadamente na etapa inicial, com destaque para Matic, Rodrigo, Lima, Ola John, Nolito e, mesmo sobre o final do jogo, Maxi Pereira. Enfim, pode-se dizer, sem qualquer exagero, que tínhamos obrigação de ter marcado por quatro vezes em Camp Nou! A jogada que mais me irritou foi a perdida de Rodrigo, isolado por Ola John, que, sózinho frente a Pinto, com Nolito isolado na zona frontal da baliza, optou por rematar, fazendo a bola passar a rasar o poste direito da baliza do Barcelona. Rodrigo foi egoísta, facto que se agravou porque não fez golo. Lima esteve para marcar por duas vezes, e numa delas teve azar, porque Pinto se conseguiu esticar todo e desviar a bola para o seu poste esquerdo. Enfim, a este nível não se podem falhar ocasiões destas.
O que é facto é que, se não nos apurámos para os oitavos de final, ficamos a devê-lo a nós próprios, isto é, à nossa tremenda falta de eficácia!
 
 
 
 
Com isto tudo, estou bastante preocupado com o dérby desta joranada, com os rivais de Alvalade. Por uma série de razões: há muito que não fazemos um golo de bola corrida; temos apresentado um futebol muito irregular, marcado por incompreensíveis intranquilidades e titubeâncias; não temos tido eficácia no último terço do terreno, nem ao nível da concretização; jogamos com alguma apatia, não pressionamos o adversário e somos pouco determinados na abordagem dos lances; enfim ...
Além disso, vamos, muito possivelmente, ter de nos haver com uma arbitragem enquadrada no sistema vigente, ou seja, vamos ser, sempre, empurrados para baixo. A máfia instituída, e os seus beneficiários, não deixarão, por certo, de contabilizar a seu favor esta ocasião de ouro, ao mesmo tempo que darão uma ajuda preciosa aos seus escravizados aliados!
 
Por tudo isso, precisamos mesmo de uma exibição à Benfica!!!
Será que vamos ter Benfica?...

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Vitória, mas... (II)


Em noite europeia, recepção ao Celtic de Glasgow, exibição muito agradável e vitória (2-1) bem merecida.
Mas...
Mas lá tivémos de voltar a passar por alguns sobressaltos, na recta final da partida, depois de inúmeras ocasiões de golo não concretizadas - e de algumas excepcionais defesas do guardião adversário, diga-se, em abono da verdade... - e de sofrermos um golo que não se pode admitir. Muito menos a este nível.
O jogo era uma final, pois só a vitória interessava. De facto, e embora continuemos a ter vida muito difícil (para não dizer outra coisa...), apenas uma vitória nos deixaria ainda em condições de lutar pelo apuramento... em Barcelona. Depois de termos desperdiçado a oportunidade de trazer uma vitória de Glasgow - porque somos muito melhores que os escoceses! - e de Moscovo - onde a relva artificial serviu para justificarmos a nossa miserável exibição! - e de termos jogado mais que encolhidos na recepção ao Barcelona, não tínhamos alternativa senão vencer o jogo da passada 3ª feira.
E a equipa, desta vez, teve atitude e ambição!
Começámos o jogo com uma postura muito determinada e encostámos o Celtic à sua área. Jogámos de forma pressionante e, naturalmente, porque somos melhores e eles são, como sempre disse, técnica, e mesmo taticamente, muito fracos, acabámos por marcar, por Ola John, que apareceu no centro da área a aproveitar uma bola que sobrou da luta entre Cardozo e os centrais escoceses.
Continuámos a jogar bem e em velocidade, e podíamos ter marcado por mais de uma vez, sendo a mais flagrante o remate de Cardozo, de pé esquerdo, já dentro da área do Celtic, isolado por Salvio, de que resultou a bola a sair à malha lateral da baliza adversária.
Não marcámos e, quase de seguida, na sequência de um canto, o Celtic empatou. A bola cruzou a pequena área, com Artur e os centrais a verem-na passar e a deixarem que, ao segundo poste, aparecesse Samaras a cabecear de cima para baixo, fazendo o empate. É certo que existe obstrução a Artur, mas este não pode deixar de resolver o lance, porque, como muito bem sabemos, até nas competições internacionais, os árbitros são sempre muito comedidos quando se trata de julgar lances em que somos claramente lesados. Neste lance, é curioso (e sintomático!...) que os únicos dois jogadores escoceses nas imediações da nossa baliza eram Samaras e Hooper (que fez o bloqueio a Artur...)!
A propósito de arbitragem, Enzo Pérez levou, literalmente, uma cotovelada de um adversário, na sequência da qual ficou estendido no chão, a sangrar abundantemente, com o lábio inferior rasgado de cima abaixo... e o escocês nem amarelo levou!!!
Depois do golo, o Celtic perturbou um pouco o nosso jogo, mas o final da primeira parte trouxe de novo a carga do Benfica sobre as linhas recuadas do Celtic. Ola John e Salvio, ambos por duas vezes, e André Almeida, remataram à baliza adversária, embora sem resultado.
O intervalo chegou, com um resultado bastante injusto, tendo em conta o jogo jogado.
 
 
A segunda parte foi totalmente do Benfica, com um futebol rápido e envolvente, a toda a largura do campo e utilizando as faixas laterais.
As oportunidades de golo seguiam-se umas às outras, com o Celtic a não comseguir sair do seu reduto defensivo.
Assim de memória, Lima rematou para golo mas a bola foi rechaçada sobre a linha de baliza por Mathews, e Enzo Pérez, Luisão, Matic e Lima, de novo, tiveram boas ocasiões para marcar, antes de aparecer o segundo golo.
Finalmente, à passagem do minuto 70, surgiu o golo. Na sequência de um canto, Luisão ganhou a bola de cabeça a um defesa escocês, esta sobrou para Garay que, sobre a direita, encheu o pé e fez um remate indefensável para o guardião adversário.
Pouco depois, Salvio rematou forte, levando a bola a embater, com estrondo, na barra da baliza de Forster. O jogo poderia ter ficado resolvido...
À passagem do minuto 80, Cardozo cobrou um livre em posição frontal, ligeiramente descaído para a direita do nosso ataque, e o guardião adversário correspondeu com mais uma espectacular defesa para canto. E outra vez Cardozo, minutos depois, a rematar forte, novamente para uma extraordinária defesa de Forster.
Até ao fim do jogo, também Gaitán rematou à baliza adversária, mas o remate passou por cima da baliza.
Como não fizémos o terceiro golo, acabámos por sofrer um valente susto quando, no último minuto do tempo de compensação, Watt rematou cruzado, procurando o golo que daria o empate aos escoceses.
É preciso ser mais eficaz e sentenciar os jogos em tempo útil, para não ficarmos à mercê de algum golpe contrário que nos derrube e confine o resultado!
 

Quanto à prestação da equipa, em termos individuais, gostei do André Almeida, que jogou no lugar de Maxi Pereira, tanto a defesa direito, como, depois da saída de Matic, a trinco. Melgarejo esteve em muito bom nível. Artur e os centrais ficam ligados ao golo sofrido (muito consentido!...), embora também estejam ligados ao golo que nos deu a vitória, sendo a assistência de Luisão e o golo de Garay.
Matic voltou a estar em muito bom plano, e Salvio e Ola John, nas alas, e Cardozo e Lima, no miolo do ataque, também estiveram bem. Enzo Pérez esteve mais discreto, mas a verdade é que foi tacticamente esclarecido e muito útil à equipa.
Gaitán e Maxi Pereira, que substituíram Lima e Matic, respectivamente, ao minuto 75 e 80, estiveram abaixo do que podem e sabem. E Jardel, que rendeu Salvio antes do minuto 90, quase não teve quase tempo para tocar na bola...
 
Em suma, uma exibição agradável, uma vitória justa mas que peca por (muito!) escassa.
... E mais uma sessão de massagem cardíaca, na parte final do jogo!

Vitória, mas... (I)



Na passada 6ª feira, em jogo para a Taça de Portugal, vitória (0-2) sobre o Moreirense, em Moreira de Cónegos.
Vitória natural, mas...
Mas, apesar do inequívoco domínio e controle do jogo, praticamente durante toda a partida, acabou por ser mais um jogo apenas resolvido sobre a hora, e com a tradicional fase de algum aperto.
Com 0-0 ao intervalo, com o Moreirense a jogar ferrolhado sobre a sua defesa, depois de uma primeira parte jogada a uma velocidade abaixo da recomendável e com a bola a percorrer muito os terrenos do centro, adivinhava-se uma tarefa complicada na segunda parte. E, de facto, assim foi.
Apesar disso, o primeiro golo aconteceu à passagem do minuto 60, num pontapé de ressaca de Matic, dentro da grande área, descaído para a esquerda do nosso ataque, com a bola a tabelar num defesa adversário antes de entrar na baliza. E o golo da tranquilidade só apareceu já no período de compensação, este, sim, depois de uma bonita jogada de Gaitán, sobre a esquerda, com este a endossar a Cardozo que, sobre o bico da pequena área, apenas teve de encostar o pé e fazer o golo. Terá sido a melhor jogada do encontro...
Pelo meio ficaram os habituais disparates, incompreensíveis em jogadores do nível dos que vestem o manto sagrado, com passes despropositados e perdas de bola inconcebíveis, e com uma permissividade e uma passividade assustadoras e desesperantes. A equipa pôs-se a jeito e as coisas não correram mal porque não calhou... e porque o adversário era realmente muito fraquinho.
O jogo marcou o regresso de Luisão, depois do castigo de 2 meses, na sequência do incidente com a florzinha alemã, em Dusseldorf, tendo o nosso capitão estado globalmente bem.
 
 
Matic e Jardel - mais um jogo de muito bom nível, sem complicar e a ser muito eficaz... - estiveram bastante bem. Paulo Lopes, na baliza, esteve impecável. André Almeida cumpriu, e Luisinho teve um jogo com altos e baixos, e ia comprometendo em dois ou três lances. Bruno César e Rodrigo fizeram um jogo para esquecer (ou para não esquecer!...). Gaitán esteve muito irregular e Nolito está uma sombra do que já foi, tendo-se apagado gradualmente, ao longo do jogo, até ser substituído por Ola John, na entrada para o último quarto de hora de jogo. Lima, que voltou a fazer um jogo de grande entrega e muita mobilidade, já havia dado o seu lugar a Cardozo, um minuto antes. Cardozo fez um jogo regular... e marcou um golo!
Para deixar o quadro pintado com as cores do costume, mais dois habituées: um apagão no estádio - muito comum quando jogamos no norte!... - e um filho da puta de apito (Duarte Gomes) que voltou a fazer vista grossa a uma falta grosseira (carga pelas costas, e fora de tempo...) de um defesa moreirense, dentro da sua grande área, sobre Bruno César. E este ainda viu a cartolina amarela, supostamente por simulação...
Só com sangue se resolve esta situação!!!...
 
 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Parca vitória, pobre futebol...



Vitória tangencial (1-0) e muito sofrida, em Vila do Conde, ao início da noite do passado domingo...
 
Um resultado que nos deu três pontos, é verdade, mas que voltou a confirmar as deficiências do nosso actual futebol. E esse facto deixa-me bastante apreensivo para o futuro mais imediato, onde nos espera uma série de jogos de alguma dificuldade e de grande importância para a definição da nossa época desportiva. A começar com a eliminatória da Taça de Portugal, já na próxima 6ª feira, e compreendendo, também, as duas últimas jornadas da Champions e os compromissos imediatos do campeonato, que podem ser complicados... se não jogarmos um futebol diferente. Para melhor, obviamente!
 
No jogo do passado domingo, voltámos a jogar um futebol lento, muito pouco flanqueado, com perdas de bola exasperantes e absolutamente inadmissíveis, tanto na saída para o ataque, como no último terço do terreno, junto da área adversária.
Sálvio, Ola John, Enzo Perez, e até mesmo Lima, perderam, em conjunto, incontáveis lances na transição para o ataque, por insistirem em jogadas individuais e complicarem o que teria de ser feito de forma fácil e colectiva. Sálvio, então, fez-me desesperar continuamente, tantas e tão evitáveis foram as situações em que não fez o que devia. E foi assim durante toda a partida, começando logo nos primeiros minutos de jogo. Um autêntico desespero!!!
É verdade que a equipa parecia querer tomar conta do jogo, mas jogava sempre de forma pouco consistente, sem grande objectividade e com baixa intensidade competitiva.
O primeiro remate com algum perigo só apareceu depois de cumprido o primeiro quarto de hora, por intermédio de Lima, que fez a bola passar perto do poste de Oblak. Perto dos 25 minutos, Cardozo rematou cruzado, à entrada da área, e a bola foi embater no poste direito da baliza dos vilacondenses. Por essa altura, a qualidade de jogo era, então, um pouco melhor. Matic, ainda antes da meia hora, teve uma boa oportunidade, cabeceando na zona central da grande área, de cima para baixo, mas permitiu a defesa de Oblak. Um pouco antes do minuto 40 da 1ª parte, Cardozo recebeu bem um centro de Matic e, à meia volta, rematou forte, de pé esquerdo, para Oblak voltar a negar o golo. E uns minutos depois, Ola John, sobre a esquerda do nosso ataque, rematou forte e cruzado, para mais uma boa defesa de Oblak. Entretanto, já no período de compensação da 1ª parte, Sálvio faz um lançamento lateral longo, Jardel cabeceou para trás e, na pequena área, apareceu Lima a rematar, decidido, para o fundo das redes do Rio Ave.
O intervalo chegou pouco depois, com o resultado a favorecer-nos.
A 2ª parte trouxe um Rio Ave mais atrevido e, também, um Benfica ainda menos esclarecido e eficaz. Foi do Rio Ave a primeira ocasião de perigo, com Garay a falhar a intervenção, na pequena área, e João Tomás a fazer o mesmo, em frente a Artur. Foi preciso esperar para lá dos primeiros 10 minutos da etapa complementar para ver um remate do Benfica, com Cardozo a chutar fraco e para as mãos de Oblak. Á passagem do minuto 60, uma boa jogada do nosso ataque, resultou num remate perigoso de Cardozo, que levou a bola a passar a rasar o poste da baliza vilacondense. E quase que por aí se ficou o nosso futebol, com muitas jogadas confusas e inconsequentes, e mais um ou outro remate à baliza adversária, sem qualquer perigo.
Valeu, globalmente, a nossa organização defensiva, que nos foi pondo a salvo das investidas adversárias, mau grado uma ou outra falha, em especial junto às linhas laterais, que nos causaram algum sobressalto.
 
 
Individualmente, destaque para a exibição de Cardozo e Lima, sempre muito lutadores, e de Ola John, na frente de ataque.
Matic esteve pendular e foi resolvendo alguns problemas defensivos e, a espaços, ajudando no ataque. Enzo Perez esteve bastante abaixo do nível que já mostrou, o mesmo acontecendo com Bruno César, que o substituíu à meia hora da primeira parte, por lesão do argentino. Também Gaitán, que rendeu Sálvio pouco depois do minuto 60, fez um jogo muito pobre, à semelhança do substituído Sálvio.
Na defesa, Jardel esteve bem, tal como Garay que, contudo, falhou algumas vezes, uma das quais poderia ter dado a João Tomás o golo do Rio Ave. Na esquerda, Melgarejo esteve regular, mas perdeu alguns lances, em especial na 2ª parte. À direita jogou André Almeida e, depois dos 83 minutos, Miguel Vitor, tendo aquele ocupado um lugar no meio campo, quando Lima foi substituído. André Almeida esteve relativamente certo a defender, mas foi muito pouco incisivo na manobra ofensiva. Miguel Vitor, por seu turno, não teve exibição que mereça elogios, tendo até algumas falhas que poderiam ter tido consequências diferentes. O seu lugar não é na lateral direita, decididamente. Alguém poderá explicar isso a Jorge Jesus?...
Por fim, Artur. Artur esteve impecável... embora não me agrade nada vê-lo andar longe da sua área de acção.
 
Os momentos finais da partida trouxeram alguns sobressaltos defensivos. Em suma, como em tantos outros jogos, pusémo-nos a jeito e... acabámos com o credo na boca!
Decididamente, o Benfica tem que jogar muito mais do que o que tem feito, e resolver os jogos em tempo útil, para se precaver de surpresas desagradáveis. É que, como costuma dizer a vox populi brasileira, "um dia a casa cai"...

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Vitória, mas...


 
... mas com uma exibição embrulhada, muito pouco homogénea, com falta de consistência, bastantes desperdícios e muitos equívocos e desacertos.
Para a história, vai ficar o resultado de 2-0 frente aos russos do Spartak de Moscovo. Não vão perdurar na memória, nem na generalidade dos registos, as incidências reais da partida. E ainda bem, porque o jogo não nos pode deixar muito orgulhosos do que a equipa (não) fez...
 
A primeira parte foi bastante fraca, com o Benfica a revelar sempre muita falta de objectividade e muito pouca eficácia, nomeadamente nas tarefas ofensivas. Pouca criatividade, um futebol muito lateralizado e um ritmo que permitia ao adversário arrumar-se bem em campo e tentar o contra-ataque, a juntar a jogadores pouco esclarecidos e complicativos, nomeadamente os alas, Sálvio e Ola John, justificaram o nulo ao intervalo.
Também Rodrigo, na frente de ataque, esteve particularmente desinspirado, enquanto Enzo Pérez andou quase sempre desaparecido do jogo.
Além disso, não faltaram as (já habituais...) decisões da arbitragem em prejuízo do Benfica, por parte de um árbitro fraco - o alemão (...dassssseeee!!!) Floren Mayer - que esteve (muito) mal auxiliado pelos árbitros assistentes e pelos árbitros de baliza. Logo aos 2 minutos de jogo, Garay é escandalosamente puxado pela camisola, quando tentava cabecear uma bola na área adversária; toda a gente viu essa acção, menos o árbitro. E aos 36 minutos, Lima, desmarcado em profundidade, foi empurrado pelas costas, bem dentro da grande área russa, com o árbitro a nada assinalar, e com o auxiliar e o árbitro de baliza daquele lado a fecharem os olhos à evidência. Pelo meio ainda houve uns fora-de-jogo mal tirados, facto do qual também os russos se podem queixar. O mais penalizador, porém, foi um fora-de-jogo (mal) assinalado a Rodrigo, já no final da 1ª parte, em que o jogador ficaria em situação bastante vantajosa.
A etapa inicial ficou, também, marcada por um considerável número de remates à baliza dos russos, quase todos executados de forma deficiente e sem direcção, bem como pelo total - repito, total... - desaproveitamento das situações de bola parada (cantos, livres, lançamentos laterais...).
(Para piorar as coisas, os coxos [tecnicamente falando...] do Celtic estavam a vencer o Barcelona por 1-0...)
 
 
O jogo estava a chamar por Cardozo, e Jorge Jesus fez o que qualquer mortal faria: tirou Rodrigo e meteu Cardozo.
Alguns jogadores vieram, também, transfigurados para a 2ª parte. Um deles foi Ola John, que se passou a colar mais à linha e a partir decidido no um-contra-um. Sálvio também regressou menos complicativo, embora tenha sido, globalmente, um dos menos esclarecidos e produtivos dos nossos jogadores.
Mas o homem do jogo foi mesmo Cardozo. Marcou um golo de grande classe, aos 51 minutos, desmarcando-se e recebendo, de pé direito, um passe a rasgar a defesa, de Ola Jonh, e rematando de imediato, do bico da pequena área, para o fundo da baliza dos russos. O árbitro, incrivelmente, anulou o golo, por suposto fora-de-jogo...
Mas aos 56 minutos Cardozo havia, mesmo, de marcar, de cabeça, na pequena área, com um remate como mandam as regras, de cima para baixo, após assistência de Melgarejo, desmarcado por Ola Jonh.
E aos 69 minutos voltou a marcar, de pé esquerdo, a rematar de primeira, na zona frontal da baliza, após assistência, da esquerda, de... Ola John!
Cardozo veio, realmente, revolucionar o jogo de ataque da equipa, beneficiando bastante da companhia de Lima que, muito mais móvel, arrasta consigo a defesa adversária.
E foi, ainda, Cardozo que, depois de receber um passe, de costas para a baliza russa, depois de se ter voltado, driblado o seu marcador directo e ter entrado na área adversária, foi rasteirado, por tràs, quando ia isolado para a baliza e se preparava para rematar. O árbitro assinalou o penalty (como não podia deixar de fazer...) e expulsou o central russo. Cardozo marcou o penalty... e acertou na trave! Foi pena. Cardozo não o merecia...
A jogar contra dez, e a vencer por 2-0, o jogo estava praticamente decidido.
Então, o nosso futebol voltou a decair, e a equipa voltou a cometer erros e a jogar sem grande acutilância. Mesmo assim, foram surgindo algumas situações de perigo, com os remates a saírem perto, mas sempre ao lado. A situação mais escandalosa foi uma perdida de Cardozo quando, descaído sobre a meia-direita, só com o guardião Rebrov pela frente, rematou rasteiro para o poste mais distante, e a bola, caprichosamente, saíu ligeiramente ao lado.
 
Das prestações individuais, devem referir-se Cardozo, sem dúvida, e Ola John, pela 2ª parte que fez. A defesa esteve bem e, como habitualmente, Melgarejo e Maxi Pereira apoiaram bem o ataque. Lima esteve, como tem acontecido, muito lutador e pautou a sua acção por uma grande mobilidade na frente de ataque. André Almeida esteve sempre muito activo, e Enzo Pérez, na 2ª parte, conferiu alguma consistência e qualidade ao nosso jogo interior. Artur esteve muito seguro, e fez três boas defesas, na sequência de contra-ataques russos, em alturas chave do jogo.
Rodrigo e, em especial, Sálvio, estiveram bastante aquém do que a equipa necessitava. Sálvio foi especialmente irritante, porque nunca decidiu bem as jogadas, foi sempre complicativo, perdulário, e esteve inúmeras vezes ausente do seu posicionamento, permitindo a ocorrência de situações de perigo para a equipa. Bruno César, que rendeu Lima aos 74 minutos, e André Gomes, que substituíu Maxi Pereira aos 82 minutos, não trouzeram nada de novo ao jogo, tendo estado abaixo do que se esperava.
 
 
A nós próprios, ficámos a dever mais dois ou três golos.
O árbitro alemão, Mark Floren Mayer (um nome a lembrar...), ficou-nos a dever um golo, já marcado, e... dois penaltys!
 
(O pior da noite foi a derrota do Barcelona em Glasgow, por 2-1, contra um adversário que joga um futebol apenas físico e que, em minha opinião, é a pior equipa do grupo. O que aconteceu nos dois jogos que disputaram com o Barcelona, não foi sorte; foi, objectivamente, um inaceitável abuso da felicidade própria e do extremo azar dos catalães!...
De qualquer forma, esses jogos provaram que todos os resultados são possíveis. Quando se joga com garra e entrega total... que é uma coisa que não se pode dizer dos jogos que já disputámos nesta edição da Champions!)

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Correspondam!!!...


 
Amanhã... há noite europeia na Luz.
 
Num grupo aparentemente acessível, com o Celtic e o Spartak de Moscovo, além do (teoricamente) inacessível Barcelona, a prestação do Benfica tem sido má demais...
Um empate em Glasgow, frente a uma equipa que é, realmente, muito pobre e limitada, em termos técnicos, foi um mau início de competição.
Mau início que teve prolongamento na jornada seguinte, em casa, onde a derrota com o Barcelona aconteceu muito por omissão nossa.
Por último, na viagem a Moscovo, mais uma miserável exibição, sem garra e sem chama, que se saldou por mais uma derrota, pela diferença mínima, face a uma equipa que jogou com muito pulmão para compensar o seu notório défice técnico.
 
Nesta edição da Champions, nunca jogámos como devíamos, à Benfica...
Será diferente amanhã?
Correspondam, s.f.f.!!!
A camisola que vestem não merece outra coisa que não seja uma entrega total. E os sócios e adeptos merecem, no mínimo, que joguem com a mesma intensidade com que eles próprios vivem o Benfica...

domingo, 4 de novembro de 2012

Foram uns calões!!!...

 
Vitória (3-0) sobre o Guimarães, na Luz...
Aparentemente, um bom resultado.
Contudo, a verdade é que os jogadores não fizeram um jogo à Benfica. Pelo contrário: jogaram sempre a passo, muitas vezes para trás, complicaram o que era simples, e nem sequer se pode dizer que tenham tido grande oposição do adversário.
O Guimarães esteve sempre muito encolhido no seu meio-campo, não criou perigo algum - à execpção de um remate, a meio da primeira parte, que Artur defendeu muito bem... - e defendeu sempre com todos atrás da linha da bola, colocando o autocarro à frente da baliza.
Mesmo por isso, impunha-se que a equipa jogasse rápido, que fosse criativa e empenhada, objectiva e eficaz. Porém, foi tudo menos isso!!!
Foram precisos 37 minutos para marcar um golo a uma defesa fraquinha (embora numerosa...), muito fraquinha, mesmo. E só voltámos a marcar, de penalty, no reinício da segunda parte, também por Cardozo.
Lima marcou aos 67 minutos, e por aí ficámos.
 
 
 
Pelo meio, uma exibição que me irritou profundamente, com vários jogadores a terem uma atitude que me envergonha enquanto benfiquista, porque não suaram a camisola, jogaram sempre a passo - devagar, devagarinho e parados... - e não respeitaram os sócios, nem os mais de 30.000 que estiveram no estádio.
Destaques pela positiva, apenas para Cardozo e Lima, pelos golos que marcaram, e para Ola John, porque foi empenhado e assistiu para dois dos três golos.
 
 
 
A defesa cumpriu, globalmente, embora o adversário tenha sido praticamente inofensivo. Prova disso é o facto de apenas terem feito 4 remates em toda a partida, a culminar 12 jogadas de ataque. Ainda assim, Luisinho foi o elemento mais fraco, tendo comprometido por duas ou três vezes, a meio da primeira parte. (Jorge Jesus tem uma quota parte de responsabilidade, pelo incentivo que foram as suas palavras no final do jogo anterior, em Barcelos...)
Pela negativa, destaque maior para Salvio, que me fez desesperar, tal foi a baixa intensidade com que se entregou ao jogo, a nula objectividade e a extrema complicação com que nos brindou, sempre que a bola lhe chegou aos pés. Também Carlos Martins, e depois André Gomes, estiveram a um nível miserável. No caso de André Gomes, a chamada à equipa principal está claramente a fazer-lhe mal. Esteve perdulário, infantilmente altivo e soberbo, e foi displicente vezes sem conta, daí resultando uma enormidade de perdas de bola e a morte de muitas jogadas. Agravou a paupérrima exibição com uma falta desnecessária a meio-campo (entrada, dura, de pé em riste, que culminou com uma pisadela no pé do adversário...), na sequência da qual o árbitro lhe mostrou, prontamente, o cartão vermelho. Se não lhe derem nas orelhas, urgentemente, vai-se perder como jogador...
Nem sequer o facto de poderem continuar no primeiro lugar da classificação, embora com o mesmo número de pontos, se marcassem mais um golo (para fazerem o desempate por goal-average), os fez correr mais um pouco...
Calões do c.....!!!
O Benfica exige mais do que o que deram...
Haja vergonha!!!...
 
PS - O boi preto fez o que pôde, como é habitual. Deixou por marcar dois penaltys que, em outros recintos, seriam de imediato marcados. Não expulsou o defesa que puxou Salvio no lance em que se viu obrigado a marcar o penalty, logo a abrir a segunda parte. E expulsou, com um excesso de zelo evidente, André Gomes. Os do costume devem ficar-lhe agradecidos...

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Ai, Jesus...


É urgente!
É, mesmo, uma prioridade alguém ter uma conversa com Jorge Jesus, para evitar que nos fragilize, nos envergonhe e se cubra de ridículo...
 
Jorge Jesus tem uma maneira de ser e de estar muito sui generis. E, quanto a isso, pouco se pode fazer...
Jorge Jesus tem idéias e convicções que não são partilhadas pelas pessoas que reconhecem algum mérito ao senso-comum. E, quanto a isso, só se poderá fazer alguma coisa quando se tiver de considerar a renovação do seu contrato, ou a dispensa dos seus serviços...
 
Mas, Jorge Jesus tem cometido imprudências e erros, e proferido afirmações, que nos prejudicam claramente, nos enfraquecem e nos expõem - a nós e a ele, claro!... - ao ridículo. E, quanto a isso, temos a obrigação de agir de imediato...
 
Jorge Jesus, no passado sábado, no flash-interview que se seguiu ao final do jogo com o Gil Vicente, e depois também na conferência de imprensa, disse - sem que ninguém lhe tivesse perguntado expressamente... - referindo-se a Ola John e a Luisinho, qualquer coisa parecida com isto: "Servem para aqui, mas não servem para a Champions. Eu não me iludo."
Eu fiquei absolutamente siderado!!! Porra!!! Que desmesurada idiotice...
Mesmo que Jesus pensasse efectivamente isso, não tinha o direito de o referir em público. O impacto que isso terá nos atletas será, logicamente, devastador. O prejuízo que causa ao Benfica, diminuindo publicamente o valor de dois dos seus activos, é brutal. E o ridiculo a que nos expõe, e a ele próprio, é confrangedor. É que a contratação de um e outro jogador foram, logicamente, avalizadas por si. No caso de Ola John, inclusivé, sabe-se que J. Jesus o terá desafiado, no final do encontro Benfica com a sua anterior equipa (o Twente), a juntar-se ao balneário da Luz...
Porra!!! Não percebo...
Jorge Jesus é treinador do Benfica. E, por isso, tem de ser apoiado e protegido. E ajudado, claro!...
Por isso mesmo, alguém tem de por mão nisto. E tem de ser já, antes que algo de mais abstruso venha por aí abaixo...
 
PS - Já agora, digam-lhe para se referir ao holandês pelo seu verdadeiro nome: Ola John, e não... Alan John!!!...

Bom resultado... em meio jogo!


O jogo tinha tudo para ser complicado...
O nosso futebol vinha dando provas de estar bem abaixo do necessário; a equipa estava desfalcada de unidades habitualmente titulares; o adversário tinha a segunda melhor defesa do campeonato (mesmo melhor que a nossa...) e ainda não tinha perdido em sua casa; Jorge Jesus tinha voltado a inventar (trocando Melgarejo por Luisinho, colocando Ola John de início, colocando André Gomes no miolo, no lugar de Enzo Pérez, e este sobre a ala esquerda); e... jogávamos com o equipamento alternativo.
Mas, como se sabe, a lógica não quer nada com o futebol!
 
O jogo começou como têm começado os últimos, ou seja, com o adversário a procurar logo a nossa baliza. Ainda antes de esgotado o primeiro minuto, o Gil Vicente rematou à nossa baliza.
Mas, na resposta, Enzo Pérez foi pelo corredor direito abaixo até que, próximo da área adversária, endossou a bola a Maxi Pereira que, na linha, de imediato, cruzou para a pequena área, onde apareceu Lima, vindo de tràs, a meter a cabeça à bola e a fazer o primeiro golo. Ainda não se tinha esgotado o segundo minuto de jogo. Começar melhor era impossível...
A equipa ensaiou, então, algumas jogadas de bom recorte, sempre focada na baliza adversária. Apesar de tudo, subsistiram algumas imprecisões de passe, sobretudo a meio-campo e, a espaços, vinha ao de cima alguma inconsistência no controle do jogo, que não resultaram em jogadas de perigo porque o adversário também não se encontrava no jogo.
À passagem da meia hora, numa jogada de belo recorte, sobre a esquerda do nosso ataque, envolvendo Luisinho, Enzo Pérez e Lima, este foi à linha final, depois de receber um passe de Enzo Pérez que rasgou a defesa gilista, e cruzou atrasado para o miolo da área, onde apareceu Luisinho, vindo de trás, a encostar o pé esquerdo e a fazer a bola entrar pela segunda vez na baliza dos de Barcelos. Um golo português, na Liga, cerca de dezasseis (!!!) meses depois de um outro português - Nuno Gomes - ter marcado pela última vez um golo luso pela nossa equipa.
 
 
Com o Gil Vicente completamente subjugado, André Gomes ainda fez, no período de compensação da primeira parte, o terceiro golo, num lance de insistência, frente à baliza adversária, depois de um remate de Enzo Pérez que o guradião gilista defendeu, com dificuldade, para a frente. Depois de uma primeira tentativa de André Gomes, de novo rechaçada pelo guarda-redes adversário, o miúdo, por entre guardião e defesas adversários, enviou mesmo a bola para o fundo das redes.
 
 
 
Bom... e o jogo terminou aí...
Sim. Porque, na 2ª parte, voltámos a ver algo parecido com o que foram os últimos jogos. Ou quase...
A equipa limitou-se a controlar, deixou o adversário jogar à vontade, e passou a ir lá à frente apenas esporadicamente.
Numa dessas vezes, Lima poderia ter feito o 4º golo quando, à passagem do minuto 60, foi isolado por Enzo Pérez, ficou na cara do guardião adversário, mas permitiu-lhe a defesa.
Nessa 2ª parte, nem sequer faltou o cunho de Jorge Jesus quando, sem que nada o justificasse, resolveu tirar Matic - o nosso único recuperador de bolas do meio-campo... - para meter Bruno César. Não sei o que queria fazer, mas que conseguiu fragilizar-nos, no miolo, sem dúvida que o conseguiu!... Inacreditável!!!
Acresce que Bruno César não trouxe nada de novo à equipa, o que não surpreende, atendendo à actual forma do jogador...
Daí até final, saíu Lima (aos 75 min.) para a entrada de Rodrigo e, aos 83 min. foi a vez de André Almeida render Cardozo.
Pelo meio, aos 70 minutos, Enzo Pérez foi precipitado e travou, em falta, um adversário que se esgueirava pelo lado direito da nossa defesa, em direcçao à baliza. O árbitro mostrou-lhe o segundo cartão amarelo e, consequentemente, o vermelho. Ficámos a jogar com dez, e isso ainda nos fez encolher mais...
 
O que é curioso é que o jogador que arrancou os dois amarelos a Enzo Pérez, e que aos 20 min. da 1ª parte também já tinha arrancado um a Matic, de nome Pio - que de pio não tem, realmente, nada... - deveria ter visto por duas vezes a cartolina amarela, logo no início da partida, por faltas muito duras - claramente para amarelo!... - cometidas sobre Lima e Enzo Pérez, respectivamente aos 5 e 12 minutos de jogo.
Claro que Vasco Santos, depois de ter sido visto a jantar na noite anterior (6ª feira) num restaurante do Porto, com um destacado dirigente do clube da fruta, cumpriu até onde lhe foi possível o seu papel. Só não pôde deixar de anular um golo ao Gil Vicente, pouco depois do minuto 70, porque este foi marcado com a mão por um jogador dos de Barcelos, num lance que mesmo um cego teria necessáriamente de ver, de tão evidente que foi...
 
No Benfica - que apenas jogou, verdadeiramente, na 1ª parte... - destaco a exibição de Lima, que tem sido um ponta-de-lança à maneira antiga, tem marcado, e tem dado a marcar, tem jogado e tem feito jogar, e me parecer ter sido um belíssimo reforço para a nossa equipa.
Também Enzo Pérez esteve quase sempre bem, construindo e levando a equipa para a frente, embora tenha estado menos certo a defender.
André Gomes esteve bem, mas ainda tem de melhorar muito para poder entrar, de caras, nas contas da equipa. Parece-me que se deslumbrou um pouco, em especial depois do golo e, em consequência disso, perdeu lances que não podia ter perdido, alguns dos quais poderiam ter resultado em maior prejuízo.
Ola John começou a partida muito trapalhão, algo inseguro, mas foi melhorando ao longo do jogo. De tal forma que, depois do meio da primeira parte, raramente perdeu um lance no um-contra-um, e nunca se escondeu no jogo, contribuindo para uma boa dinâmica de ataque. Na segunda parte, como o resto da equipa, baixou de rendimento.
 
 
Matic fez um jogo esforçado e competente, marcando sempre bem os adversários e dobrando os colegas, quer à esquerda, quer à direita. Perdeu alguns lances, mas globalmente esteve bem. Foi substituído não sei porquê...
A defesa esteve quase sempre bem, marcando em cima. No apoio ao ataque, Maxi Pereira e Luisinho destacaram-se. Os centrais, nem por isso. Quando se trata de sair a jogar, qualquer um deles sente dificuldades, optando muitas vezes por passes em profundidade, que resultam pouco. Em relação a Luisinho, esteve também muito bem a defender, e foi rápido a sair para o ataque. Uma bela exibição, que não merecia as palavras infelizes de Jorge Jesus, no flash interview, repetidas depois na conferência de imprensa ("Para aqui chegam. Para a Champions, não. Não me iludo...", disse, mais ou menos assim, referindo-se a Luisinho e Ola John...).
Artur também esteve seguro, mas tem de ser mais prudente em certos lances, onde não se justifica correr riscos... e que podem resultar em grave prejuízo.
Cardozo, bem como os suplentes utilizados (Bruno César, Rodrigo e André Almeida), estiveram abaixo do resto da equipa, e muito abaixo do que eles próprios podem render...
 
Em suma, um bom resultado... em meio jogo!
Um resultado melhor do que a exibição, na globalidade. Para felicidade nossa...