quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Rodrigo Mora: empréstimo, porquê?...
Não compreendo este novo empréstimo de Rodrigo Mora...
O jogador fez uma pré-época de muito bom nível.
Na pré-época, rendeu mais que Saviola, por exemplo. E no ano passado, fez uma boa época, na Argentina, com golos e boas exibições.
Quanto a mim, seria uma excelente alternativa para o nosso ataque. Móvel, rápido, com bom sentido de baliza e de processos práticos e directos, é mais maduro do que o Nélson Oliveira e do que o próprio Rodrigo, e mais eficaz que Saviola ou Kardec.
Com Nélson Oliveira emprestado (e bem, quanto a mim...), com Saviola a mostrar-se cada vez menos opção, Kardec a não confirmar o que se esperaria dele, e Rodrigo a dar mostrar de alguma imaturidade (fruto da sua juventude...) e muita irregularidade, Mora parecia-me o elemento certo para ser a alternativa no ataque...
Não percebo esta opção de Jorge Jesus, em especial depois das belíssimas indicações desta pré-época, com boas exibições e vários golos marcados nos jogos e, até, um hat-trick (Gil Vicente)...
sábado, 11 de agosto de 2012
Benfica B - mais sofrimento...
Começou hoje a 2ª liga, onde vai competir a equipa B.
Esta tarde, na Luz, recebemos o braga B (sim, com letra minúscula, para dar a devida dimensão desse clubezeco porco, à semelhança do vizinho mais a sul...).
Recebemos... e não vencemos. Emapte a 2, que me sabe (como sempre que não se ganha...) a derrota.
A equipa alinhou com: Mika; João Cancelo, Carole, Fábio Cardoso (J. Mário, aos 84 m.) e Luís Martins; Hélder Costa (André Gomes, aos 72 m.), André Almeida, Luciano (C. Costa, aos 72 m.) e Ivan Cavaleiro; Miguel Rosa e Djaniny.
Marcador: 0-1 (37 m., Aníbal); 1-1 (38 m., Luís Martins); 1-2 (63 m., Luciano, na própria baliza); 2-2 (91 m., André Gomes)
Existe alguma qualidade na equipa, mas o resultado é muito insípido.
No fundo, a equipa não joga como equipa. E uma equipa não é o somatório das suas partes.
Prevalece a qualidade individual e a atitude de alguns atletas, mas é evidente uma qualidade global e uma atitude colectiva muito aquém do exigível.
O primeiro golo do braga B foi apontado na sequência de um livre, marcado para o miolo da grande área, onde apareceu sózinho, sem marcação nem oposição, um jogador adversário. Falta de qualidade e atitude colectiva, claro está...
O segundo golo do adversário (autogolo de Luciano) surge de um cruzamento da esquerda da nossa defesa, onde a bola foi colocada num contra-golpe, com o nosso lateral avançado, sem que tenha havido a necessária compensação. Falta de qualidade e atitude colectiva, como se vê...
Os nossos golos (ambos de belo efeito...) surgiram de remates de ressaca, na sequência de acções de ataque falhadas. Qualidade e atitude individual, obviamente...
Sinceramente, para mim, que respiro cada uma das incidências do Benfica, a equipa B vai ser um adicional de sofrimento...
Fica a possibilidade de vir a valer a pena, fazendo despontar, eventualmente, jovens como Ivan Cavaleiro, Miguel Rosa, Hélder Costa, André Gomes ou Luís Martins.
A ver vamos...
PS - O boi de preto, Marco "Semilha" Ferreira, está-se a treinar para quando tiver de apitar jogos da primeira equipa do Benfica: apitou a tudo que pudesse ser contra o Benfica... e evitou apitar tudo o que fosse a favor!...
Que grande merda!!!...
Que grande merda, sem dúvida!!!
Ou melhor, que grandes merdas, no plural...
Grande merda, o jogo; ou, mais propriamente, o jogo que (não) fizémos...
Grande merda, o árbitro, durante todo o tempo em que esteve a pé...
Grande merda, o episódio que antecedeu o fim do encontro, aos 39 minutos da primeira parte...
O jogo com o Fortuna de Dusseldorf, já por si, não prenunciava nada de bom. Porque se trata de uma equipa alemã, porque não tem valor reconhecido nem história significativa, porque tem um historial social e desportivo algo truculento e titubeante, enfim... se não fosse por outras coisas, seria, pelo menos, porque eu detesto profundamente os alemães!
Apresentámos uma equipa que não lembraria a ninguém... a não ser a J. Jesus.
Para último teste de pré-época, devo dizer que fiquei bastente preocupado com a equipa inicial: Artur; Maxi, Luisão, Garay e Melgarejo; Javi Garcia; Enzo Pérez, Carlos Martins e Ola John; Saviola e Cardozo.
Se, na defesa, não haverá muita volta a dar (incluindo Javi à frente desta...), já no meio campo e no ataque seria de esperar algo diferente do que o que foi apresentado. Enzo Pérez?!? Ola John?!? Saviola?!?...
Se for esta a equipa base, a nossa luta pela liderança vai ser muito curta...
E Witsel? Já está no Real Madrid? Então porque não jogou? Salvio veio para ser suplente? Ou não precisa de minutos? Bruno César? Nolito? Rodrigo?...
Aos 20 minutos de jogo, já me tinha saturado de ver tanta monotonia e mediocridade. Jogava-se a passo e falhavam-se passes em barda. Ola John, aos 23 min., falhou o endosso a Carlos Martins, a 5 metros dele, metendo a bola nos pés de um alemão, que nem sequer o estava a pressionar!!!...
O Benfica era invariavelmente apanhado em contra-pé, na sequência de erros técnicos, e atitudinais, individuais e colectivos.
Por essa altura, Saviola (tem quase 31 anos!...), à saída da nossa grande área, teve o desplante de tentar fintar um adversário e, como seria de esperar, perdeu a bola. Este lançou-a para o flanco direito do seu ataque, de onde saíu cruzamento para a nossa pequena área, onde apareceu, à vontade, um adversário a tentar marcar, de calcanhar. Por sorte, falhou uma conclusão que até era fácil...
Pouco depois foi Maxi Pereira a criar uma situação de apuro, perdendo a bola para um alemão que, de imediato, lançou em profundidade. Artur teve que sair da área, para salvar, a pontapé...
O mesmo Artur, aos 30 minutos, defendeu, para cima, um excelente remate de Voronin, sobre a direita da nossa defesa, onde teve tempo e espaço para tudo.
O Benfica limitava-se a ver jogar. Não percebo o que quer J. Jesus. Percebe-se que espera que Maxi Pereira e Melgarejo subam nas alas. E eles sobem. Só que não têm acção, porque a bola não lhes chega aos pés. Como Javi Garcia descia para o centro da defesa, abrindo Luisão na direita e Garay na esquerda, ficava o miolo entregue apenas a C. Martins, sem o mínimo de hipóteses de suster os adversários, permitindo-lhes jogar à vontade. Pérez e Ola John não estavam em lado nenhum, Cardozo estava plantado lá na frente e Saviola não sabia onde havia de estar...
Era isto, apenas isto, o Benfica desta tarde, em Dusseldorf.
A única nota positiva foi um cabeceamento de Garay, na sequência de um livre de C. Martins, com a bola a passar muito perto do poste esquerdo da baliza alemã.
Aos 37 min., Javi Garcia entra em falta sobre um adversário. O árbitro, supostamente por palavras, mostra o cartão amarelo. Uso a expressão supostamente, porque a falta não era, nem pouco mais ou menos, para cartão. No minuto 39, de novo Javi entra a uma bola endossada a um adversário, impele a bola em sentido contrário àquele em que ela vinha (portanto, claramente, joga na bola...), mas acaba por derrubar o adversário, na sequência da jogada, porque entrou pelas suas costas. O árbitro, sem que nada o jutificasse, leva a mão ao bolso e tira o cartão amarelo, aparentemente para o exibir ao espanhol.
Maxi Pereira e Carlos Martins, que estão por perto, dirigem-se ao árbitro alemão, contestando o que parece que seria a sua opção. Este empurra Maxi com o cotovelo e, entretanto, Luisão vem em sua direcção, colocando-se à frente de Maxi e C. Martins, opondo o seu peito à marcha do árbitro. Este, num movimento absolutamente inaudito, projecta os seus braços na direcção de Luisão e, acto contínuo, naturalmente, cai de costas no relvado, ficando, aparentemente, inanimado. Digo aparentemente, porque deu toda a sensação que estava a simular...
O desmaio dura muito pouco tempo: não mais de um minuto. Levanta-se e, de imediato, rodeando-se dos seus auxiliares, dirige-se para as cabines... de onde nunca mais saíu.
Passados cerca de 15 minutos, o treinador do Fortuna Dusseldorf regressou ao campo, com a indicação de que não haveria mais jogo, porque o árbitro se recusava a continuar a apitar.
Já tenho muitos anos de futebol, e de vida. Mas nunca vi nada parecido com isto!!!...
O Benfica regressou aos balneários, num clima de grande incredulidade.
Apesar de não haver qualquer justificação para o teatro que o árbitro alemão fez, vamos a ver se o incidente não origina nenhum dissabor.
As coisas já estão suficientemente más, por si só. Não precisamos de mais nada, obrigado...
O que mais chateia é que fico com a sensação de que podíamos ter evitado esta situação...
PS - Este árbitro, num jogo do CRAC, mesmo num dos tempos mais recentes - não era preciso ser no tempo do João Pinto, do André e do Paulinho Santos... - não aguentava 5 minutos em campo. Ou, então, tinha que fazer previamente um estágio com o José Pratas e treinar muito atletismo...
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Na linha do que é habitual...
O jogo de hoje, com a equipa campeã italiana, a Juventus, disputado em Genéve, foi na linha do que tem sido habitual...
Habitual nesta fase preparatória da época. E habitual, também, relativamente aos últimos tempos do nosso futebol.
Por isso me custa muito engolir esta ideia de que a equipa está a crescer.
Não está nada! Está estagnada, isso sim, sem apresentar melhorias significativas, em nenhum dos sectores.
Realmente, a equipa defende miseravelmente, seja contra o Gil Vicente, seja contra a equipa dos amigos do Figo, contra o PSV ou a Juventus. Tanto faz!!!
E, no ataque, não se vê nenhum acréscimo de qualidade ou eficácia, por mais extremos, avançados ou médios que se comprem!!!
Depois do jogo desta tarde, fiquei ainda mais preocupado com o futuro imediato do nosso futebol...
A Juventus apresentou-se na sua máxima força, ou quase - ao contrário do que teimavam em dizer uns quantos antis, preocupados com o que o Benfica pudesse fazer de bom... - apresentando de início cinco titulares da selecção italiana, de entre os quais o enorme Andrea Pilro, para mim o melhor playmaker do último Europeu.
Do nosso lado, surpreendeu-me a titularidade de Gaitán e Enzo Pérez, nas alas, bem como o facto do ataque ser entregue a Michel.
A primeira parte foi monótona, muito por culpa do espartilho táctico dos italianos, mas também pela falta de criatividade e velocidade do nosso jogo ofensivo. A Juventus pouco incomodou o nosso sector defensivo, embora apresentasse um meio-campo de cinco elementos, muito consistente e esclarecido.
Sem fazermos um bom jogo - longe disso... - ainda conseguimos criar uma ou outra situação e, como tem sido hábito, malbaratámos os lances de bola parada de que dispusémos - fossem livres ou cantos...- sem que deles tivéssemos tirado qualquer vantagem. Pelo contrário: esses lances eram facilmente transformados em jogadas de contra-ataque adversário, deixando-nos em posição de apuro.
De assinalar a lesão de Gaitán, logo aos cinco minutos de jogo, que obrigou à entrada de Bruno César para o seu lugar. A propósito, parece-me que Gaitán vai ter uma época miserável, um pouco à semelhança da anterior. É um jogador mandrião, desmotivado, que se esconde muito durante o jogo e aparece apenas a espaços, e a quem as coisas saem muito inconstantes, seja em termos de quantidade, seja de qualidade. Por isso, em minha opinião, nesta altura está a mais na equipa. Só espero que J. Jesus tenha o discernimento suficiente de lhe dar os minutos de banco que se impõem...
A segunda parte foi um pouco melhor, de um lado e de outro. O jogo recomeçou, praticamente, com um penalty a favor da Juventus. O nosso meio campo perdeu uma (mais uma, de muitas!!!...) bolas na saída para o ataque, e o miolo italiano meteu-a na frente de ataque, no ponta-de-lança. Artur saíu e falhou o pontapé na bola e Maxi Pereira não resistiu a dar um ligeiro toque nas costas do avançado italiano (que também estava a ser estorvado por um dos nossos centrais...) e este deixou-se cair. Penalty, por sinal muito mal marcado, e Artur a conseguir, sem grande esforço, defender, redimindo-se, de certa forma, do erro cometido.
Depois deste lance, e agora com Cardozo, Mora e Nolito em campo (entraram para os lugares de Michel, ao intervalo, e Carlos Martins e Nolito, aos 56 minutos), o Benfica passou a ser mais acutilante e, aos poucos, foi encostando a Juventus às cordas.
Mora podia ter marcado, naquela que foi a melhor oportunidade de todo o encontro, depois de uma boa jogada - individual, na sua parte final... - sobre o flanco esquerdo do nosso ataque, que culminou com um remate efectuado já sobre a linha de pequena área adversária.
Quase aos setenta minutos, entrou Ola John para o lugar de Bruno César e, dez minutos depois, foi a vez de entrar Luisinho para o lugar de Melgarejo. Se Cardozo e Mora estiveram relativamente bem, Nolito e Luisinho estiveram apenas medianos - este, até, acabou por comprometer no lance que deu o empate à Juventus, no último minuto do prolongamento, embora tivesse estado bem no cruzamento que deu o golo, de cabeça, a Cardozo... - e Ola John esteve bastante abaixo do aceitável. É verdade que é novo, precisa de se adaptar ao nosso futebol e às suas exigências, mas começo a achar que, por oito milhões de euros, tem que se render muito mais do que aquilo que se tem visto. Durante o jogo de hoje, dei por mim a pensar se ali não haverá muito de Djaló e, mesmo, de Balboa...
O nosso golo surgiu num cabeceamento irrepreensível de Cardozo, de cima para baixo, como mandam as regras, que apareceu ao segundo poste a corresponder a um cruzamento de Luisinho, na esquerda do nosso atque. Aos 88 minutos, o resultado tinha, necessariamente, de estar feito!!!...
Contudo, aos 92 minutos, ou seja, no último minutos do tempo de compensação dado pelo árbitro, eis que o ala direito da Juventus cruza para a nossa área, depois de passar com alguma facilidade e sem ser perturbado pelo Luisinho, e, ao segundo poste, sozinho, com Maxi Pereira a ficar-se nas covas, apareceu a encostar o pé um atacante italiano (Krasic).
Não é possível ser-se campeão, ou ganhar o que quer que seja, com este tipo de postura e de desatenção...
Mais do que triste, estou mesmo é muito preocupado.
E a época ainda não começou...
domingo, 29 de julho de 2012
Vitórias gordas... e preocupantes!!!
Ontem e hoje, vitórias gordas... e preocupantes!!!
Pode parecer um contrassenso, mas é bastante compreensível...
27Julho2012
Ao fim da tarde de ontem, na Luz, disputou-se mais uma edição da Eusébio Cup.
Desta vez, o adversário foi o Real Madrid, campeão espanhol em título. O resultado, foi à antiga: 5 a 2!!! E até podiam ter sido mais...
O jogo começou bem. Logo ao terceiro minuto, Carlos Martins marcou um livre sobre a direita do nosso ataque, na projecção da linha limite da grande área do Real. Javi Garcia acorreu à bola, sobre a zona central da área e, de cabeça, com um gesto perfeito, rodou a cabeça e marcou um golgo de belo efeito. Depois, veio o habitual período de brindes ao adversário e Callejón, aos 18 e 20 minutos, deu a volta ao marcador. Erros inaceitáveis do sector defensivo, sobre a nossa esquerda e na zona dos centrais, permitiram o golo adversário, mesmo quando éramos nós a dominar o jogo...
Porém, pouco tempo depois, Carlos Martins (outra vez...) bateu mais um livre, outra vez do lado direito do nosso ataque, e apareceu agora Witsel a cabecear, à entrada da pequena área, para o fundo da baliza do Real, repondo alguma justiça no marcador. E com esse resultado se chegou ao intervalo. Registo, ainda, para um falhanço escandaloso de Cardozo, ao minuto 31, em zona frontal à baliza e só com o guarda-redes pela frente, depois de um centro com conta, peso e medida, de Melgarejo.
No início da segunda parte, Enzo Perez apareceu no lugar de Nolito, e desfez o empate, num golo magistral, aos 53 minutos. Aos 58 minutos, Carlos Martins fez o 4-2 com um golo não menos espectacular, num remate de primeira, depois de um centro atrasado de Witsel, sobre a direita do nosso ataque. E aos 85 minutos, Enzo Perez fechou a contagem, com um chapéu sobre o guarda-redes do Real Madrid, após um passe de Kardec, feito já dentro da grande área, sobre a direita do nosso ataque.
O Real apresentou algumas ausências, em especial no sector recuado. Contudo, alinharam de início, de entre outros, Granero, Lass Diara, Kaká, Di Maria, Callejón e Higuain. E, mais tarde, jogaram ainda, Fábio Coentrão, Alex, Benzema e Morata, a estrela ascencional merengue...
Pelo Benfica, alinharam, de início, Artur, Maxi, Luisão, Garay, Melgarejo, Javi García, Witsel, Gaitán, Carlos Martins, Nolito e Cardozo. Ao intervalo, entraram Enzo Perez (saíu Nolito), Kardec (saíu Cardozo) e Ola John (saíu Gaitán) e, no decorrer da 2ª parte, Bruno César (para o lugar de Carlos Martins), Saviola (saindo Witsel) e, mesmo no final do jogo, Michel (por troca com Kardec) e Luisinho (rendendo Melgarejo).
Destaques, pela positiva, para Carlos Martins - encheu o campo, marcou um golo e deu dois a marcar... - Witsel - fez o emapte a 2-2 e esteve sempre em todo o campo, a defender e a atacar - Enzo Perez - marcou dois golos e revelou argumentos técncios e níveis motivacionais mais próximos do que se espera dele... - e Maxi Pereira, pelas razões de sempre: raça, garra e disponibilidade total.
Pela negativa, destaco a reiterada e preocupante incapacidade para defender, a gritante falta de agressividade nas acções defensivas, a grande facilidade e constância com que se cometem falhas incríveis na transição ofensiva, de que resultam contra-ataques mortíferos e, em consonância com isso, o enorme défice de recuperação defensiva. Não se pode admitir que os defesas deixem, por inúmeras vezes, a bola nos pés dos adversários, apenas porque pretenderam inventar um passe impossível, ou arriscar uma jogada individual dispensável ou um passe desnecessário. E ontem, no jogo com o Real Madrid, como já acontecera com o PSV Eindhoven, essas situações multiplicaram-se!...
28Julho2012
Hoje, em Barcelos, com o Gil Vicente, disputámos o Troféu Crédito Agrícola.
Os gilistas faziam a apresentação aos sócios e, como é habitual, disputavam o referido troféu. Estivémos presentes pela primeira vez e, embora apresentando uma equipa com jogadores que habitualmente não são titulares, acabámos por vencer por... 2-5!!! Como ontem.
O Gil Vicente começou o jogo a pressionar. Porém, nesse período o Benfica foi eficaz e consistente e, nas saídas para o ataque, causou sempre grande perigo. Aos 13 minutos, Mora correspondeu, de cabeça, a um centro de Luisinho, e inaugurou o marcador. Dois minutos depois, Mora apontou um livre e Miguel Vitor apareceu na área a desviar, de cabeça, para o fundo das redes gilistas. Aos 21 minutos, Enzo Perez desmarcou Mora, que apareceu em velocidade a ganhar aos centrais de Barcelos e, com o guarda-resdes a tentar fazer a mancha, atirou rasteiro, para o poste mais distante, fazendo o 3-0. E aos 30 minutos fez o hat-trick, encostando o pé num centro da esquerda, de Luisinho.
Ao minuto 40, o árbitro de Braga, Cosme Machado, teve a sua primeira - e única!... - oportunidade para fazer golo, e não a desperdiçou! De facto, na sequência de uma disputa de bola entre Miguel Vitor e um atacante do Gil Vicente, Miguel Vitor fez falta sobre o gilista, fora da área, sobre a esquerda, e este foi atirar-se uns metros mais à frente, caindo sobre o limite da grande área. Cosme Machado, claro, marcou penalty! Afinal, estes jogos são de preparação, ou não? Então, ele está, de facto, a preparar-se para a próxima época. Enfim, o costume...
Ao intervalo, entraram Ola John, Kardec e Michel, para os lugares de Hugo Vieira, Mora e Nélson Oliveira. A equipa perdeu fulgor atacante, muito pela ausência de Mora, mas também pelas actuações menos conseguidas de Ola John e Kardec.
Depois, como já é habitual, abrimos o período de ofertas, e deixámos o Gil Vicente jogar à sua vontade. Pelo meio, permitimos que fizesse o 2-4, na sequência de um cruzamento feito sobre a direita da nossa defesa, aparecendo solto, sem marcação, nas costas de Jardel e com Luisinho apenas a assistir, um gilista a rematar de cabeça... quase ao nível do relvado(!!!) , para o fundo das nossas redes.
Aos 67 minutos, Bruno César apontou um livre, com o guarda-redes anfitrião a sacudir, com dificuldade, para a frente, aparecendo Michel a fazer a recarga, atirando para o fundo das redes e fixando o resultado final em 5-2.
O Benfica alinhou com Paulo Lopes, João Cancelo, Miguel Vítor, Jardel, Luisinho, Roderick, Enzo Peréz, Bruno César, Mora, Hugo Vieira, Nélson Oliveira. Jogaram, também, como já foi referido, Ola John, Kardec e Michel, e, ainda, Mika (saíu Paulo Lopes), André Almeida e André Gomes, que renderam, ao mesmo tempo, Enzo Perez e Bruno César.
Neste jogo, destaco, pela positiva, Rodrigo Mora, não só pelo hat-trick que consumou em apenas 45 minutos, mas também pela boa exibição global que realizou. Destaque, ainda, para a boa estreia de João Cancelo na lateral direita da defesa, e para as actuações agradáveis de Enzo Perez e Bruno César. Destaque, por fim, para o facto do Benfica ter acabado o jogo com sete portugueses - seis deles formados no Benfica... - e com uma equipa muito próxima dos sub-21.
Pela negativa, tal como nos últimos jogos, a incapacidade global para defender com um mínimo de qualidade, e a facilidade com que se cometem erros inadmissíveis a este nível.
Por isso o título deste post: Vitórias gordas... e preocupantes!!!
PS - Ontem, a jogar com o equipamento alternativo, vencemos o Real Madrid. Não está mal!... Mas eu continuo a não gostar de ver aquele arranjo e conjunto cromático...
domingo, 22 de julho de 2012
... E voltámos a ter "misérias"!!!
Depois de uma vitória (5-1) no jogo de angariação de apoios para as vítimas da fome, disputado na Luz, em que teve por opositor uma equipa denominada por qualquer coisa parecida com "Os amigos de Figo e o resto do mundo" (?), formada por antigas estrelas do futebol, o Benfica partiu para a Polónia, para participar no torneio Wroclaw Polish Masters, que reuniu o Atlético de Bilbau, o PSV Eindhoven e o campeão polaco, o Slask Wroclaw.
E, então, depois do regresso do futebol - que anunciei alegremente no anterior post... - eis que regressam, também, e em abundância, as "misérias" que nos têm sido comuns nos últimos tempos...
Já no jogo de ontem - vitória por 2-4 sobre o Slask Wroclaw - depois de uma exibição apenas agradável e de uma vantagem de 2 a 0, eis que a equipa faz o reload e se coloca ao nível dos piores desempenhos do passado recente, falhando passes e comentendo erros (técnicos, tácticos e de postura, individual e colectiva...) em barda e, em três minutos, sofre dois golos de uma equipa que só com muita boa vontade se pode considerar de valor mediano.
Valeram, depois, a maior qualidade dos nossos atletas e a mediania do adversário, para se recuperar a liderança no marcador e o direito a jogar a final do torneio.
(Para ser mais correcto, o que nos valeu, mesmo, foi um atleta chamado Carlos Martins, que narcou um golo e fez duas assistências para outros tantos, e que, no ano passado, foi emprestado ao Granada... porque, supostamente, não cabia no plantel...)
Hoje, perante uma equipa que nos é, naturalmente, inferior - embora o PSV Eindhoven seja, como é natural, mais forte que o campeão polaco... - o jogo foi muito menos conseguido e, ao contrário do de ontem, nunca fomos claramente superiores ao adversário. Embora tivéssemos essa obrigação!!!
Valeu, mais uma vez, Carlos Martins, que marcou, num remate frontal e de fora da área, aos 35 minutos da primeira parte, fazendo o 1-0...
O intervalo trouxe um futebol ainda mais pobre e menos dominador e, com naturalidade, o adversário empatou a partida. Pouco depois fez o 2-1 e, mais tarde, Maxi Pereira viu o 2º amarelo e foi expulso e o PSV fez o 3-1. E não fez mais dois ou três golos porque os seus avançados foram perdulários...
Pior do que o resultado foi a exibição, com os jogadores a arrastarem-se pelo campo sem saber o que fazer, sem conseguirem ganhar a bola e, quando a tiveram, a fazer dela o que não deviam...
Enfim, mais do mesmo, em relação ao passado recente e de má memória...
Fico com sensação fortíssima de dejá vu, e vislumbro um péssimo prenúncio para o futuro...
Para agravar a situação, temos de levar com as habituais desculpas esfarrapadas, de dirigentes, técnicos e comentadores amigos.
Que estes jogos são para dar minutos aos atletas e que o resultado não é importante (... então porque diabo é que os nossos adversários se dão tanto ao trabalho de vencer os jogos e levar os troféus consigo?...), que as experiências têm de ser feitas antes do início da competição oficial, que estes jogos servem para os atletas se conhecerem melhor, que estas partidas servem para fazer crescer a equipa... enfim, um nunca mais acabar de justificações e desculpas que só aceita quem queira ser enganado. Então, os treinos servem para quê? E as contratações são feitas sem prever o seu enquadramento futuro? E a equipa está a conhecer-se agora, ou a maioria do grupo já vem de anos anteriores?...
Se é para fazer o que vimos ontem e hoje, o melhor será jogarem à porta fechada! Pelo menos não causam desalento aos adeptos, não desmoralizam a equipa nem dão trunfos morais aos adversários...
Não perdemos nada. Ainda. Mas que este estado de coisas ajuda a perder, lá isso ajuda...
PS - Em minha opinião, o equipamento alternativo é, mesmo, feio, e não tem nada a ver com a génese do manto sagrado. E quando o usamos as coisas nunca correm bem...
terça-feira, 17 de julho de 2012
Voltámos a ter futebol!!!...
Voltámos a ter futebol!!!...
(Entretanto, houve para aí uns jogos de futebol, mas como não foram do Benfica, foi como se não tivessem ocorrido.
Já agora, parabéns à Espanha pela renovação do título europeu...)
Mesmo sem futebol, o Benfica esteve sempre presente. No coração e na alma...
O defeso futebolístico trouxe alegrias (hóquei, futsal, basquetebol, atletismo...), mas também alguns amargos de boca (andebol, voleibol...).
Os benfiquistas só se conformam com a vitória, pelo que não posso dizer que o intermezzo futebolístico tenha sido realmente bom...
Estive fora de portas desde meados de Maio - viajei logo após a última jornada da Liga (vitória por 1-3, em Setúbal) - e só regressei no início da semana passada.
Ainda pensei em retardar o regresso, para acompanhar o estágio da equipa em Evian, mas isso acabou por não ser viável.
Mas, perto ou longe, a ligação ao Benfica é sempre extrema...
Estes primeiros dias de preparação deixaram-me com uma sensação de alguma intanquilidade.
Tenho de confessar que, globalmente, estou satisfeito com o rendimento da equipa e dos atletas. Isto, apesar de ainda persistirem erros e posturas que não podem ocorrer, não só individual, mas também coletivamente.
Em simultâneo, noto algum adormecimento e passividade face à definição do plantel, bem como em relação a aspectos extra-desportivos que necessitam - como sente a generalidade dos benfiquistas - de ser clarificados e cuidados, para que não condicionem a verdade desportiva e tornem inúteis o empenho e a dedicação de todos - atletas, técnicos, dirigentes, sócios e adeptos - à causa benfiquista.
Ao futebol (até agora) jogado, não se pode deixar de dar nota positiva.
As vitórias sobre o Marselha (2-0) e o RH Hamm (3-0), do Luxemburgo (uma equipa muito bem estruturada, apesar de, supostamente, amadora...), e mesmo o empate desta noite com o Lille, têm de se considerar resultados positivos. Tal como as exibições, mau grado alguns erros e posturas, individuais e colectivas, que não são admissíveis. Alguns continuam a inventar, a persistir em jogar à Maradona e a fazer (e falhar!...) passes dispensáveis... e que resultam em desfavor do colectivo. E outros continuam a ser bastante eloquentes relativamente à contrariedade com que estão (ou continuam...) no plantel. Não acredito que esses atletas tenham problemas físicos ou que estejam fatigados logo no início da época!!!
E, atenção, não se podem aceitar birras e atitudes para forçar a saída ou o empréstimo. A única postura sadia e consistente é exigir que correspondam como profissionais que são... até porque são (muito bem) pagos para jogarem futebol. Disciplina e mão-de-ferro são condições imprescindíveis ao sucesso. Empréstimos para a Argentina, Brasil... ou mesmo para Braga (agora já não é possível...) não podem, nunca, ser solução. Pelo contrário: são soluções perniciosas.
Mãos à obra, pessoal.
Eu vou fazer a minha parte...
Subscrever:
Mensagens (Atom)