quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Assim sim!!!...

Vencedor da Supertaça / Futsal
 
Benfica, 5  -  Modicus, 3
 
 





Vencedor da Supertaça / Andebol
 
Benfica, 29  -  Sporting, 26
 


Meio-jogo... e muitas preocupações!


Benfica, 3 - Nacional, 0
(3ª jornada da Liga 2012/2013)


Meio-jogo... e muitas preocupações!
Foi, mesmo, um meio-jogo, o que aconteceu no passado domingo, no Estádio da Luz...
Meio-jogo, porque o Benfica só existiu na 2ª parte...
Muitas preocupações, porque se repetiram insuficiências e fragilidades desde há muito identificadas...
 
No primeiro jogo sem poder contar com Carlos Martins, apareceu Witsel a fazer o lugar de trinco (?!?!) e Carlos Martins na posição que era de Witsel.
A equipa inicial foi, então, a seguinte: Artur; Maxi, Luisão, Garay e Melgarejo; Witsel, Silvio, Carlos Martins e Enzo Pérez; Cardozo e Rodrigo.
No banco ficaram Paulo Lopes, Miguel Vitor, Matic, Bruno César, Aimar, Nolito e Ola John.
Não deixou de causar surpresa que Witsel fosse deslocado para a frente da defesa, deixando o seu lugar a Carlos Martins, em detrimento da natural entrada de Matic para o lugar que era de Javi Garcia.
De qualquer forma, já estamos habituados a nunca acertar nas opções de Jorge Jesus...
 
E a continuada invenção de J. Jesus, bem como a persistência num esquema táctico que não tem dado resultado - em termos exibicionais, que não em resultados... por enquanto!!!... - voltou a reflectir-se na equipa.
Consequentemente, a primeira parte foi quase miserável, com a equipa a entrar muito mal no jogo, intranquila, a deixar o adversário jogar e a estar sempre muita passiva e lenta, tanto a atacar como a defender. A única excepção foi um remate de Salvio ao poste, perto da passagem do primeiro quarto de hora, na sequência da única jogada de ataque digna desse nome. De resto, houve muito de... nada. Mesmo nada!
 
 
O Nacional foi explorando as laterais da nossa zona defensiva, sempre muito despovoadas, pelo facto dos nossos laterais estarem posicionados muito à frente e envolvidos em iniciativas de ataque... que nunca resultaram! A consequência foi que fomos sendo, invariavelmente, apanhados em contra-pé e nos expusémos a inúmeras situações em que o prejuízo poderia ter sido maior. Contei uma boa meia dúzia de situações em que o adversário nos obrigou a trabalho redobrado, colocando em apuros a defesa e o guarda redes Artur, todas elas resultantes de perdas de bola na zona de transição e de construção ofensiva, e aproveitando o deficiente posicionamento, e o défice de unidades, do nosso sector mais recuado. Artur, Garay e Melgarejo tiveram, neste período da partida, importantes e oportunas intervenções, a negar literalmente o golo ao adversário.
Assusta-me o facto de J. Jesus não agir, quando toda a gente vê que a equipa está desequilibrada, defende com dificuldade e com poucas unidades, obriga os laterais a correrias constantes ao longo das suas alas - sem que daí resultem benefícios evidentes!... - e apresenta quase sempre desvantagem numérica e posicional na zona central do terreno. Será preciso um desastre para que J. Jesus corrija isso?!?!...
Até ao intervalo, com o Nacional a jogar à sua vontade, em contra-ataque, e a defender sempre com todas as unidades atrás da linha da bola, o melhor que o Benfica conseguiu foi um remate de Salvio, que saíu sobre a barra, e um cruzamento para a pequena área, ao qual o mesmo Salvio não conseguiu chegar por muito pouco, quando tinha pela frente apenas o guarda-redes madeirense.
À beira do intervalo, Carlos Martins saíu lesionado, entrando para o seu lugar Matic. Carlos Martins esteve sempre ausente do jogo, muito por acção do meio campo do Nacional, que povoou e controlou sempre a bola no miolo do terreno.
 
 
A segunda parte iniciou-se numa toada idêntica à da etapa inicial, com o Nacional a sair bem para o contra-ataque e criando perigo junto da nossa baliza.
A diferença foi que, à passagem do minuto 50, Maxi Pereira entrou na área, sobre a direita, desmarcado por Salvio, driblou um defesa e cruzou por alto para a pequena área, onde apareceu Cardozo a cabecear para o fundo da baliza.
E aos 56 minutos, Salvio, num momento de grande exuberância técnica, ficou com a bola junto ao quarto de círculo do lado esquerdo da defesa do Nacional e, desde aí, iniciou um autêntico bailado entre os defesas do Nacional, ganhou a linha de fundo e cruzou, por alto, para o interior da pequena área onde, à vontade, apareceu Rodrigo a dizer que sim à bola e a fazer o 2-0.
A partir daqui o Nacional quebrou um pouco, e o Benfica assentou o seu jogo, passando a desenvolver jogadas contínuas de perigo junto à area dos madeirenses, que não mais conseguiram estar ao nível da primeira parte.
Para isso muito contribuíu a acção de Matic, claramente mais capaz de equilibrar a equipa na rectaguarda do que o que tinha acontecido com Witsel.
Por volta do minuto 65, na sequência de uma boa jogada de ataque, Cardozo recebeu a bola perto da meia lua da grande área do Nacional e desmarcou Enzo Pérez, sobre a esquerda, com o argentino a aplicar um potente remate que levou a bola a rasar a barra da baliza do Nacional. Esteve perto o terceiro golo do Benfica...
Enzo Pérez saíu pouco depois, dando o seu lugar a Nolito, e cinco minutos depois foi Rodrigo a sair, para entrar Aimar. Enzo Pérez rendeu pouco durante a partida, embora tenha cumprido a sua missão, em termos posicionais. Nolito mexeu mais com a equipa, mas também está longe do fulgor que já exibiu...
Rodrigo, pelo seu lado, esteve bastante bem, quer a atacar, quer a defender, e, nesta altura, está de pedra e cal na equipa. Aimar exibiu a classe que se lhe reconhece, embora lhe falte claramente andamento para mais, fruto de ter estado parado e não ter tempo de jogo...
Apesar disso, na primeira vez que tocou na bola, Aimar desmarcou Nolito na esquerda do ataque, já dentro da área do Nacional, e criou muito perigo.
Até ao final do encontro, o Nacional foi tentando fazer pela vida, mas o jogo estava totalmente controlado pela nossa equipa.
Ao minuto 85, Nolito cabeceou com muito perigo, mas um defesa adversário ofereceu o corpo à bola e cortou para canto.
Aos 89 minutos, Cardozo bisou na partida, num remate rasteiro e muito bem colocado, desferido de fora da área, em zona frontal, depois do Tacuara ter recebido um  passe de Aimar e ter ajeitado o esférico para o seu pé esquerdo.
 
 
 
Foi uma vitória justa, e inequívoca, frente a um adversário que lutou sempre, e bem, mas que poderia ter sido construída mais cedo, na 1ª parte, se o escalonamento da equipa tivesse sido outro...
Individualmente, é justo destacar a grande eficácia técnico-táctica de Salvio, o bom jogo de Melgarejo, Matic, Rodrigo e Cardozo, e a raça de Maxi Pereira, bem como a abnegação dos centrais Luisão e Garay, tantas vezes sózinhos contra o mundo...
Vai ser sempre assim, Jorge Jesus?...

domingo, 2 de setembro de 2012

Amadorismo, apenas burrice, ou algo mais?...


 
O último dia da janela de transferências deixou-me prostrado. Completamente prostrado...
 
Depois de um defeso em que gastámos dinheiro em tudo o que parecia supérfluo, eis que fechamos esse período a vender o que nos era verdadeiramente essencial.
Absolutamente incrível!!!
 
Javi Garcia foi, sempre, nestes últimos tempos, um dos esteios da equipa. Um jogador que equilibrou o conjunto, minimizando as perdas impostas por um sistema táctico que penalizou sobremaneira o sector defensivo, num exercício de novo-riquismo, supostamente ofensivo, que, por regra, nem justificou a opção.
O trinco espanhol vinha sendo, portanto, peça essencial do sistema. Fez esse papel na quase totalidade dos jogos da equipa, não havendo alternância, nem alternativa consistente, nessa posição.
Javi Garcia era, então, imprescindível.
Javi Garcia, que tinha uma cláusula de rescisão de 30 milhões de euros, foi vendido por 20 milhões - portanto, por dois terços do valor obrigatório... - no último dia do mercado de transferências. Sem haver no plantel, ou na equipa B, quem o substitua, com um mínimo de garantia de qualidade e eficiência.
 
Depois de se ter investido cerca de 20 milhões em jogadores para ocupar posições em que já estávamos bem servidos (Salvio e Ola John...), de se ter descurado o reforço de posições mais carenciadas (pelo menos aparentemente...), de se ter emprestado jogadores que fizeram uma pré-época muito interessante (Mora, por exemplo...) e de, no último dia, se gastar mais quatro milhões de euros (mais a cedência, por empéstimo, de um dos reforços - Michel - garantidos no final da última época...) num ponta de lança - Lima - de 29 anos que poderia assinar a custo zero dentro de quatro meses, é imperioso questionar: amadorismo, apenas burrice, ou algo mais?...

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Vitória fácil... que não me descansa


Foi uma vitória fácil, robusta (5-0) e convincente, em Setúbal... mas que não me deixa descansado, quanto ao futuro.
Não porque tenhamos jogado desde o minuto 8 com mais um elemento (expulsão de Amoreirinha, por entrada violenta sobre Melgarejo, numa situação em que Jorge Sousa, inexplicavalmente, resolveu cumprir com o que manda a lei...), nem porque não tenhamos produzido o suficiente para justificar esse resultado, mas porque não vejo a equipa a ser tão consistente e esclarecida quanto se necessita...
 
Entrámos a jogar com o seguinte onze: Artur; Maxi Pereira, Luisão, Garay e Melgarejo; Javi Garcia, Witsel, Salvio e Enzo Pérez; Rodrigo e Cardozo.
No banco ficaram Paulo Lopes, Miguel Vitor, Carlos Martins, Aimar, Nolito, Bruno César e Saviola. Ola John fora convocado, mas ficou fora do banco. Gaitán nem foi convocado.
... Ou seja, J. Jesus insistiu nos dois avançados, num 4X4X2 que não tem dado resultados positivos, deixando a equipa fragilizada no miolo e, ao mesmo tempo, sem um 10 que paute devidamente o jogo. Claro que é ele o treinador, mas eu sou adepto e, acima de tudo, sou capaz de perceber quando as coisas não correm bem.
No domingo, mesmo depois de termos ficado em superioridade numérica e de, aos 13 minutos, termos inaugurado o marcador, viu-se um Setúbal (a jogar com dez!...) em superioridade no miolo do terreno e, por via disso, a ganhar alguns lances e a acercar-se com frequência - embora sem grande perigo... - da nossa baliza. É verdade que o melhor que conseguiu foi um remate de meia-distância que deu um pouco mais de trabalho a Artur e uma série de pontapés-de-canto sem resultados significativos (felizmente...), mas fica a inconsistência do nosso miolo defensivo, entregues a Javi Garcia e Witsel que, em inferioridade numérica naquela zona do terreno, não só tinham dificuldade em se opôr às acometidas do adversário, como não tinham espaço para construir e/ou lançar jogadas ofensivas.
É certo que Enzo Pérez, na esquerda, e Salvio, na direita, iam fletindo para o interior e libertando espaço para as subidas de Maxi Pereira e Melgarejo, mas a verdade é que o seu posicionamento não ajudava a que as jogadas pelas alas fluíssem facilmente, antes congestionando os espaços laterias. E claro que, se apanhados em contra-pé, os nossos laterais não tinham como recuperar e se opôr aos adversários, que apanhavam todo o corredor livre para progedirem. Sinceramente, não consigo entender a insistência num sistema que já provou que comporta demasiados riscos e não proporciona vantagens significativas. Mas isto sou eu, que até nem sou mestre da táctica...
 
 
A história do jogo, em especial depois do 2-0, foi quase a história dos golos que se foram acumulando, ficando outros mais por marcar...
Depois do 1-0, aos 13 minutos - que teve a especial participação de Melgarejo que, desmarcado na esquerda por Enzo Pérez, entrou pela esquerda e já dentro da grande área do Setúbal cruzou, com conta, peso e medida para o coração da área, onde apareceu Rodrigo a enpurrar para o fundo das redes sadinas... - o Benfica passou por um período de alguma permissividade defensiva, embora fosse insistindo no ataque.
Foi nesse período que se começou a evidenciar Salvio...
Aos 22 minutos fez uma jogada de belo recorte, que culminou com um forte remate, a proporcionar ao guardião setubalense uma apertada defesa para canto.
À passagem dos 30 minutos, Rodrigo entrou pela direita do nosso ataque e cruzou para a cabeça de Cardozo, que rematou à queima, para uma defesa de recurso do guarda-redes do Setúbal. A bola foi rechaçada sobre a direita do nosso ataque, onde apareceu Salvio a fazer a recarga, levando a bola para o fundo da baliza, apesar da oposição de um defesa do Vitória de Setúbal.
E no último minutos da primeira parte, Salvio (outra vez...) foi lançado pela direita, cruzou para o interior da grande área, onde apareceu Enzo Pérez a fazer o 3-0...
 A segunda parte iniciou-se em toada calma, com o adversário a dar mostras de não ter argumentos para inverter a situação. Apesar do domínio do Benfica, o jogo estava adormecido e pouco interessante.
Só aos 53 minutos surgiu um lance de mais entusiasmo, com um bom remate de Cardozo, e uma excelente defesa do guardião sadino para canto. Na sequência deste, e numa insistência de cruzamentos para a área do Setúbal, apareceu Rodrigo a rematar para o fundo das redes, embora parecesse estar em fora-de-jogo. Que Jorge Sousa desde logo se adiantou a assinalar, claro!...
Aos 56 minutos, saíram Javi Garcia e Cardozo, e entraram Carlos Martins e Nolito. Não percebi bem o que pretendia J. Jesus. Porém, o que é facto é que ficámos apenas com um homem na frente (Rodrigo) e povoámos mais o miolo do terreno, vendo-se, de imediato, os frutos dessa situação.
Logo de imediato, Melgarejo desce pela esquerda, cruza atrasado para o miolo da área do Setúbal, onde aparece Rodrigo a encostar e a meter a bola na baliza dos sadinos. Melgarejo, porém, terá deixado a bola ultrapassar a linha final e, por isso, não foi validado o golo...
Aos 65 minutos, saíu Enzo Pérez e entrou para o seu lugar Pablo Aimar.
E, na primeira vez que tocou na bola, Aimar, de cabeça, sobre a meia-lua da grande área do Setúbal, fez um passe atrasado para Nolito que, de primeira, rematou, enchendo o pé, fazendo a bola anichar-se no fundo da baliza do Vitória. Era o 4-0, que já se adivinhava há algum tempo.
 
 
Aos 68 minutos, foi mal assinalado um fora-de-jogo ao Rodrigo, que se desmarcava pela esquerda e cruzou para Witsel, estando este sozinho frente ao guarda-redes adversário, em boa posição para fazer o golo.
Aos 74 minutos Salvio desmarca-se e fica sozinho frente ao guarda-redes, que sai a fazer a mancha e evita o golo. Na recarga, Rodrigo, de cabeça, leva a bola a passar ligeiramente sobre o travessão da baliza sadina.
Aos 78 minutos, Carlos Martins desfere um soberbo remate de meia-distância, levando a bola a passar ligeiramente sobre a barra. Aliás, parece que o guarda-redes ainda desvia o esférico, mas não foi assinalado o respectivo pontapé-de-canto...
Aos 80 minutos, espectacular jogada de ataque, com a intervenção de Carlos Martins, Nolito e Aimar, com este a isolar Rodrigo, com um passe de primeira, e este, à saida do gaurdião adversário, a fazer-lhe um chapéu perfeito e a aumentar a vantagem para 5-0.
Dois minutos mais tarde, numa das poucas idas do Setúbal à nossa área, na sequência de um cruzamento da esquerda do ataque sadino, Luisão tenta o corte, com o pé direito, e a bola sai na direcção da nossa baliza. Artur, atento e com bons reflexos, salva o golo...
Aos 84 minutos, numa jogada envolvente sobre a esquerda do nosso ataque, aparece Melgarejo a cruzar para a cabeça de Salvio, que tenta colocar a bola ao poste mais distante. O guarda-redes do Setúbal estica-se todo, toca na bola e desvia-a ligeiramente, indo esta caprichosamente embater no poste e ficar à disposição de um defesa, que alivia de qualquer maneira, cedendo um canto.
Os últimos momentos de jogo decorreram com algum ritmo, com o Benfica a asfixiar o adversário, que já não conseguia sair das imediações da sua grande área. Surgiram, então, inúmeras jogadas que poderiam ter resultado em golo, mas este teimou em não voltar a aparecer...
 
Na retina fica a melhoria, significativa, registada após a mudança táctica operada a meio da segunda parte...
Só eu é que vi isso?
Ou J. Jesus também se apercebeu?...
 
 

domingo, 26 de agosto de 2012

¿Por qué no te callas, hombre?



Alguém tem de, definitivamente, calar Jorge Jesus!!!
(Alguém, entenda-se, é a direcção, claro...)
A função de um treinador é, unica e exclusivamente, treinar e orientar a equipa.
Tudo o mais, não é, pura e simplesmente, da sua conta!!!
Ainda para mais, quando J. Jesus abre a boca é só para dizer asneiras...
 
O site de A Bola noticia, este sábado, que J. Jesus declarou:
"Não vamos contratar um lateral esquerdo só por contratar. Se o alvo não for conseguido, temos soluções dentro do clube."
Com J. Jesus como treinador já se contrataram, especificamente para a lateral esquerda, Jorge Ribeiro, Fábio Faria, Carole, Emerson, Capdevilla e Luisinho. Além de nessa posição também já terem jogado César Peixoto, Jardel, Fábio Coentrão, Luís Martins e Melgarejo...
Das duas, uma: ou até aqui se andou a contratar só por contratar (uma vez que não se acertou em nenhuma das contratações), ou não se soube mesmo contratar...
 
¿Por qué no te callas, hombre?

domingo, 19 de agosto de 2012

Inaceitável!!!...


Benfica, 2 - braga, 2...
(Estádio da Luz, jornada 1 da Liga)

Inaceitável!!!
... Com um plantel riquíssimo - e caro, como nunca!... - recheado de muitas e variadas soluções, e escolhido ao gosto do treinador, é inaceitável o resultado desta noite, na Luz. Tal como é inaceitável a exibição!...

Contra um adversário que (parece-me bem...) se vai ver e desejar para andar, este ano, nos lugares da frente, fomos de uma qualidade e ineficácia confrangedoras. Nem mesmo quando ficámos a jogar contra 10 (expulsão do central Douglão, ao minuto 70) fomos capazes de fazer coisa que se visse.
Fomos, mais uma vez, medíocres...
Porra!!! Estamos a jogar em casa, com mais de 55 mil nas bancadas, gastámos mais de 20 milhões em reforços, deixámos no banco e/ou fora da convocatória gente como Carlos Martins, Gáitan, Aimar, Ola John, Enzo Pérez, Nolito, etc..., e não conseguimos vencer - ou, sequer, mandar no jogo!... - contra uma equipa que fez uma pré-época miserável, perdendo com adversários de ínfima dimensão futebolística!...
Temos um grupo que se mantém estável desde há vários anos, um treinador que vai para a 4ª época à frente da equipa, óptimas condições de trabalho... e não conseguimos ver resultados disso?!?...

O jogo foi todo muito embrulhado e complicativo...
Nunca fomos capazes de mandar no jogo. A equipa esteve confusa, precipitada e falhou lances em barda, tanto a defender como a atacar. O adversário jogou como quis, criou perigo e só não marcou porque foi incompetente...
Só perto da meia hora o jogo ficou mais equilibrado, embora nunca tenhamos criado perigo real. Pouco. Muito pouco... para tantos recursos!!!
Do adversário, porém, também não houve grande mérito, nem especial acerto. Na verdade, só estiveram realmente bem foi a simular e tentar cavar faltas e cartões aos jogadores do Benfica...
Neste particular, estiveram muito activos o rabeta do Mossoró (que nome do c......!!!) e o filho-de-puta do Rúben Amorim (que é atleta do Benfica e se diz benfiquista!!!...), que fez filmes até dizer chega e conseguiu mesmo arrancar um cartão ao Maxi. Nogento, no mínimo. No próximo ano, quando acabar a cedência ao braga e voltar ao Benfica, era encaminhado, de imediato, para a equipa B e, de preferência, para o banco!!!...
Logo no início da 2ª parte, aos 48 minutos, Salvio marcou, na sequência de um cruzamento da direita, de Rodrigo. Pensei que o mais difícil estava feito. Enganei-me.
Logo depois, aos 55 minutos, Melgarejo foi capaz de meter a cabeça onde podia ter posto os pés, para tentar desviar um cruzamento da direita da nossa defesa, e fez autogolo. Pouco depois, aos 62 minutos, Melgarejo acorre a um lance do seu lado da defesa, tem a bola controlada mas, sem que haja qualquer explicação, alivia a bola para a entrada da nossa grande área, onde um adversário aparece a recolhê-la e a metê-la na pequena área, para o rabeta do Mossoró contornar Artur e fazer o golo. Culpas para Melgarejo, obviamente, mas também para os centrais e para o guarda-redes. Aliás, Artur esteve particularmente mal em mais do que uma situação - numa delas, na primeira parte, meteu a bola num atacante adversário, estando este praticamente isolado... - e não acrescentou rigorosamente nada à equipa, não tendo nenhuma acção especialmente meritória.
J. Jesus, à sua maneira, também ajudou à festa. Substituíu Bruno César por Nolito (64 min.), e Salvio e Rodrigo por Enzo Pérez e Aimar (68 min.). Como é habitual, as substituições não produziram quaisquer resultados. Aliás, tem mesmo que se estranhar que, com a equipa a perder, o treinador tire um avançado jovem e fisicamente possante, para colocar um jogador que praticamente não fez pré-época e tem estado lesionado. A saída de Salvio também pareceu ser de cabo-de-esquadra, até porque este estava a ser um dos melhores da equipa...
Contudo, o empate apareceu ao minuto 70, por Cardozo, na conversão de uma grande penalidade, a castigar mão de Douglão. O central foi expulso, mas esse facto não foi minimamente aproveitado.
O futebol do Benfica andou sempre muito a rondar a mediocridade, sem progressão nem eficácia, fosse a atacar, fosse a defender.
Ao minuto 82, a bola foi mandada em arco, da esquerda do nosso ataque, para a pequena área do braga, tendo Cardozo saltado com o guarda-redes adversário. A verdade é que não houve contacto faltoso, mas o guarda-redes não agarrou a bola, que escapou para o corpo de um defesa e entrou na baliza. Artur Soares Dias não teve qualquer dificuldade em marcar falta ao atacante, claro...
O que mais me lixa é ouvir J. Jesus dizer, no fim da partida, que tinha gostado da arbitragem! Foda-se!!! Cala-te, c......!!! Não queres criticar, não critiques. Mas não elogies. Ainda por cima, a arbitragem foi, naturalmente, tendenciosa...


Por falar em J. Jesus, quero registar que, às 19:48 horas, quando foi conhecida a equipa inicial (Artur, Maxi, Luisão, Garay, Melgarejo, Javi Garcia, Witsel, Salvio, Bruno César, Rodrigo e Cardozo) eu fiquei com a firme certeza que vamos continuar a ter um treinador que inventa demais, que continua a ser desmesuradamente casmurro, e que os défices da equipa só vão ser corrigidos quando ele... for substituído!!!
Quando da divulgação da equipa não pude deixar de (certamente como muitos benfiquistas...) me perguntar: E Carlos Martins? Nem ele, nem Aimar? E Enzo Pérez? Nem ele, nem Gaitán, nem Nolito?...
Prevejo que vamos andar a época toda a bater no Melgarejo. Como foi com Emerson, no ano passado. Mas a realidade é que temos dois laterais com muitas deficiências a defender, obrigados a fazer toda a sua ala sem que isso represente qualquer mais-valia prática e, ao mesmo tempo, deixando, na prática, as tarefas defensivas entregues a dois centrais que derivam para as laterais e ao trinco (habitualmente Javi Garcia). Este esquema não resultou, ou, pelo menos, não resultou ainda. Nem me parece que resulte nunca...
Se a crença e o firme propósito de defender as nossas idéias são uma virtude que deve ser preservada, a casmurrice e a ortodoxia excessiva, e não recompensada, são atitudes de comprovada burrice!!!...

Estamos no 1º jogo oficial. Eu sei.
Mas tenho a certeza que este ano vamos voltar a fazer uma época miserável... e a não ganhar nada. Pelo menos com J. Jesus...

sábado, 18 de agosto de 2012

Registo para memória futura...




Nos últimos dias, muitos foram os que se deliciaram a opinar acerca do episódio de Dusseldorf, que envolveu Luisão e o actor-árbitro alemão...

Foram especialmente incisivas as intervenções dos jornaleiros (sem ofensa para os verdadeiros...) avençados dos me(r)dia, da comunicação social mafiosa, bem como de adeptos convenientemente desmemorados e de algumas figurinhas (que se julgam) de referência dos adversários mais directos, desde dirigentes a jogadores.
O chefe da camorra da Palermo portuguesa, entre bufas e sonhados espasmos amorosos por brasileiras menores de idade, também se atreveu, embora a medo, de qualificar de vergonha o episódio do jogo com o Fortuna Dusseldorf.
... Como se aquele pedaço de merda putrefacta pudesse falar de vergonha sem fazer a própria mãe corar de vergonha...

Hoje, na inauguração da Casa do Benfica da Batalha, Luís Filipe Vieira teve ocasião de, para registo e memória futura, deixar um recado à altura, que reproduzo abaixo, socorrendo-me da notícia inserta na versão on-line de um jornal desportivo:
«Para aqueles que falaram de vergonha, é bom que façam um pequeno exercício de memória. Vergonha é ser condenado por corrupção desportiva. Vergonha para o país foi saber-se que houve quem corrompesse árbitros com prostitutas e outros esquemas. Vergonha foi todos sabermos o que se passou, quando e como se passou, mas a justiça portuguesa ter preferido ignorar os factos. Vergonha é recordar a imagem de árbitros como José Pratas e outros a fugirem de campo de jogadores e adeptos. Vergonha é agredir jornalistas por terem opinião. Vergonha é intimidar pessoas do próprio Clube apenas porque pensam de forma diferente. Vergonha é ameaçar ou agredir jogadores apenas porque estes não querem renovar ou ser emprestados. Vergonha é ter ordenados em atraso e fazer de conta que não se passa nada! Vergonha é saber que algumas pessoas gozam de total impunidade em Portugal».


Parece-me que estou a imaginar alguns benfiquistas - daqueles que se fartaram de lamentar que a atitude de Luisão foi uma vergonha e que o Benfica estava desgraçado por causa dele... - a pedir a demissão de LFV por ter tido a ousadia de colocar em risco o bom nome do Benfica...